Vida Nova

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Lá se vai mais um dia na avenida Angélica, a noite chegou, as pessoas estavam retornando para as suas casas depois do trabalho enquanto o armazém do Afonso ainda estava aberto, Afonso estava com os pensamentos longe e um sorriso estampado no seu rosto Virgulino entra ali e disse:
- Boa noite Afonso!
- Boa noite Virgulino!
- Posso saber a que se deve esse sorriso meu amigo? Por um acaso teve haver com aquela visita da dona Lola?
- Tem sim meu amigo! Eu beijei dona Lola!
- Meu amigo que bom então vocês estão juntos? - Não nós não estamos juntos esse é o problema depois do beijo eu lhe pedi desculpas e ela saiu daqui como se estivesse chateada.
- Afonso que ideia é essa de pedir desculpas, você devia falar dos seus sentimentos para ela.
- Eu devia ter ido com calma, falar com ela com jeito e não ter a beijado dessa forma. O que ela deve estar pensando?
- O amigo trate de se acalmar! Respira fundo, mande um bilhete para ela ai eu entrego para Genu e ela leva para dona Lola.
- Você está certo meu amigo. Então assim Afonso fez escreveu um bilhete para dona Lola dizendo:
Dona Lola eu gostaria muito que conversa-se mós sobre o que aconteceu está tarde aqui no armazém se a senhora quiser falar comigo me encontre aqui no armazém hoje às 20h
Ass.: Afonso
Ao terminar de escrever o bilhete Afonso entregou o papel na mão de Vírgulino, ele correu até em casa sem dar maiores esclarecimentos pediu para Genu:
- Genu por favor corre até a casa da Dona Lola e entregue isso para ela.
- Virgulino o que está acontecendo?
- Depois eu explico. Agora vai lá!

Genu foi correndo até a casa de Lola quando chegou lá disse:
- Lola me pediram pra te entregar isso amiga!
- Espera Genu que te pediu pra me entregar isso?
- Eu tenho que ir Lola depois nos falamos.
Lola então resolve ler o bilhete ao ler o bilhete ela fica na dúvida se irá ou não encontrar com seu Afonso. Só faltavam 30 minutos para a hora marcada com Afonso Lola ainda estava na dúvida se iria ou não.
Do outro lado da rua Afonso estava ansioso pensando: "Será que ela vem? Deus por favor faça ela vir!" Ele começou a se ajeitar, arrumou uma mesa num cantinho e pegou uma linda flor a colocando no centro da mesa. De tanto relutar se iria ou não ao encontro de Afonso, Lola respirou fundo e vai em direção ao armazém dele.

Quando Afonso ver ela chegando corre para recebê-la e diz:
- Dona Lola que bom que veio eu estava achando que não viria.
- Nem eu mesma sabia se iria vim!
- Bem vamos nos sentar ali! Afonso e Lola se sentam de frente um pro outro e ficam se olhando por alguns minutos sem saber o que dizer até que Afonso toma coragem e diz:
- Dona Lola eu não deveria ter pedido desculpas pelo beijo até porque não me arrependi. Só o que me arrependo é de não ter falado dos meus sentimentos antes de tê-la beijado!
- Sentimentos?
- Sentimentos que eu sempre tive pela senhora! Eu me dei conta quando nos perdemos as pessoas que amamos, ou melhor que assim que Shirley não era mulher que eu achei que amava.
- O senhor nunca amou a dona Shirley?
- Não eu sempre amei a senhora só que nunca me dei conta disso só quando nos aproximamos depois que a senhora ficou viúva e eu me separei de Shirley.
- Seu Afonso eu não sei o que dizer!
- Diga se a senhora sente algo por mim!
- Eu? Seu Afonso acho melhor ir embora.

Lola ficou apavorada só de ouvir aquelas palavras e nem sabia como agir naquele momento ela saiu correndo dali e nem percebeu que estava vindo naquela direção o bonde. O barulho do bonde chamou a atenção do português, que já vai correndo atrás de Lola, o bonde vai se aproximando dela que faz o quitandeiro ir até sua direção.

Afonso corre até Lola e a puxa bem na hora que o bonde ia passando e a salva a deixando com o corpo colado ao seu eles ficam se olhando por algum tempo e novamente se beijam mais dessa vez é um beijo que contém aflição medo.
Afonso como era um homem respeitador, interrompe o beijo deles, olhou para Lola e disse:
- Dona Lola eu a acompanho até em casa, depois desse susto nada melhor que uma água com açúcar.
- Sim o senhor tem razão vamos. Assim que chegam na casa de Lola vão direto beber um copo de água quando chegam na cozinha encontram com Alfredo que diz:
- O que aconteceu com vocês dois?
- Sua mãe ia sendo atropelada pelo bonde!
- Meu Deus! Minha mãe a senhora se machucou?
Alfredo dava um abraço confortante na mãe, que olhava discretamente para Afonso e ele estava quase saindo da cozinha indo em direção a porta Lola o chama:
- Seu Afonso! Por favor espere!

- Precisa de alguma coisa dona Lola?
- Alfredo meu filho me deixe conversar um pouco com o seu Afonso!
- Claro mãe!
- Seu Afonso eu gostaria de lhe agradecer pelo o senhor ter me salvado.
- Imagine dona Lola eu teria me jogado na frente daquele bonde se fosse preciso.
- Não diga isso. Eu não me perdoaria que algo de ruim te acontecesse seu Afonso. Afonso disse:
- Eu só quero que saiba que a senhora é muito importante para mim e não pôs...
O português iria terminar a frase mas Carlos e os outros filhos de Eleonora entram na cozinha para saber como ela estava:
- Mãe! O Alfredo nos contou que aconteceu! Graças a Deus foi só um susto né seu Afonso?
- Sim! Vou indo! Até mais ver!
No dia seguinte Virgulino e Afonso estavam conversando sobre o ocorrido da noite passada e Virgulino disse:
- Então quer dizer que você ainda não conseguiu se declarar vamos dizer assim totalmente para a Dona Lola!
- Não quando eu iria falar os filhos dela apareceram

- Vão a ver outras oportunidades meu amigo. Mais se quer uma ideia vá ver ela hoje em dia ela provavelmente vai estar sozinha pois os filhos estarão trabalhando!
- Você está certo meu amigo vou falar com dona Lola ainda hoje!

Genu aproveitou que o marido tinha saído foi logo para casa da amiga Eleonora vai logo querendo saber tudo do dia anterior:
- Primeiro Lola quero saber o que te aconteceu pela manhã você parecia muito inquieta depois da visita do seu Afonso.
- Ai Genu eu não tenho mais idade pra viver isso tipo de coisa sou viúva.
- Você e seu Afonso fizeram alguma coisa errada? - Pergunta Genu com os olhos arregalados.
- Pelo amor de Deus não! Genu não está certo sou uma mulher viúva e tenho 4 filhos.
- Minha amiga não adianta tapar o sol com a peneira, está na cara que você o ama e ele você.
- Nós não podíamos ter nos beijado daquela forma eu não devo.
- Como assim Lola não tem nada de errado em beijar, você é viúva e ele solteiro. Você merece ser feliz minha amiga.
- Ele salvou minha vida! Por pouco o bonde me pega.
- Jesus amado! Ele a ama Lola de uma chance a vocês.
- Você acha Genu?
- Eu não acho eu tenho certeza!

Assim que Genu saiu Afonso entrou e disse:
- Dona Lola será que nós podemos conversar?
- Claro seu Afonso entre!
- E.... Por tudo que aconteceu ontem nos não conseguimos terminar a nossa conversa. Será que nós poderíamos terminar agora?
- Sim seu Afonso.
- Eu estive pensando desde ontem o que houve entre a gente está muito claro que tenho sentimentos pela senhora. A senhora e uma mulher admiravel, de valor e eu a amo dona Lola. Se a senhora não sente o mesmo eu prometo não insistir e continuamos a nossa amizade.
- Seu Afonso uma coisa que minha irmã Clotilde e Genu me disseram, eu mereço ser feliz novamente quando estou ao seu lado me sinto bem, leve como há muito tempo não sentia eu sinto o mesmo pelo senhor. Eu o amo seu Afonso.
Nisso Afonso pegou na mão de Lola a beijando e disse:
- Por favor não quero obriga-la a fazer nada que não queira, se quiser eu dou um tempo para pensar melhor.
- Seu Afonso eu o quero ao meu lado.

O portugues aproximou-se do rosto da doceira a respiração ficou acelerada a mão dele segurou o rosto dela encostando os seus lábios nos dela e ambos se beijaram apaixonadamente.
Quando param o beijo por falta de ar Afonso diz:
- Dona Lola aceitaria namorar comigo?
- Sim seu Afonso eu tenho que dar uma chance a mim mesma.
- Dona Lola a chance que a senhora está dando é a nós dois.
- Eu não posso negar que sinto muito medo que pode acontecer quando eu e o senhor falarmos aos meus filhos que estamos juntos seu Afonso.
- Não tem porque ter medo dona Lola eu tenho as melhores intenções e vou fazê-la feliz prometo.
Afonso ficando de frente para a doceira se ajoelhou aos seus pés dela disse:
- A partir de hoje e daqui por diante eu irei cuidar da senhora e vai ser amada.
Lola rapidamente deu um beijo em Afonso e ele se despediu dela voltando para o armazém.

O Sincronismo do Nosso OlharOnde histórias criam vida. Descubra agora