Choices, baby - Satoru Gojo e Toji Fushiguro × reader [+18]

Frio, Gojo e chá

Angèle

- Que merda é essa? por que vocês estão aparecendo tanto? o que são vocês?

Em pânico, fui ao canto do meu quarto e fiquei ali, estremecida. Eles nunca haviam me feito chorar, mas hoje... eu desejei sumir. Senti uma brisa nas minhas pernas, e eu não estava mais no meu quarto. Como aquilo havia acontecido?

Me encontrei assustada, num lugar que parecia ser uma escola de gente rica, religiosa e problemática... rii com os meus pensamentos, mas ainda estava desesperada. Parece mais um templo budista...

Algum impulso esquisito de sobrevivência - ou talvez suicida - me fez gritar um "tem alguém aí?? Eu preciso de ajuda."

Um homem de cabelos brancos apareceu lá, ele usava uma venda nos olhos (que me fez pensar que ele era cego, admito) - definitivamente era uma escola de gente rica problemática - Suas vestes pareciam caras, ele era alto, musculoso e bonito.

- Me desculpe o incômodo, por gentileza, poderia me informar onde eu estou?

- Garotinha, o que houve? Como entrou aqui? - ele perguntou, acho que nunca vou decidir se gostei ou não do "garotinha".

- Não me jogue num hospital psiquiátrico, por favor - eu falei, parecia mais desesperada do que o normal. Eele riu. deve ser um idiota... - mas eu tive uma crise de pânico por causa das alucinações e... desejei sumir do meu quarto e vim parar aqui.

- Você tem alguém pra quem eu possa ligar? - ele perguntou. Eu não iria dar o número da Aiko, não quero preocupa-la, e levando em consideração o horário, ela deve estar trabalhando.

- Não. Sou só eu... e eu não quero preocupar Aiko - Sussurrei a última parte.

- Entendo... Por que você tem esses cortes nos seus braços? - essa pergunta realmente me pegou de surpresa

- são cicatrizes de infância, acho que caí de bicicleta, relaxa - só aí que eu me dei conta, eu estava de camiseta, short de pijama de ursinhos, no meio do nada, com um rico problemático em potencial - COMO DIABOS VOCÊ TÁ VENDO MEU BRAÇO, SENDO QUE VOCÊ USA ESSA COISA NOS OLHOS??? Eu pensei que você fosse cego, ou sei lá - Ele é mágico? - Você é uma criatura mística, tipo uma fada? UM MAGO??? - ele riu da última parte.

- Eu te explico lá dentro, se você quiser entrar, claro. - ele tinha uma expressão gentil e uma voz... uma voz que era fofa e ao mesmo tempo sexy.

- Vou aceitar... só porque estou congelando. - ele pareceu preocupado, parecia procurar uma solução.

- Tudo bem mesmo se eu entrar? - Ele assentiu. Depois de adentrarmos aquele local, ele me jogou seu casaco, fiquei sem reação. Não necessariamente jogou, ele só o colocou em cima de mim. Foi uma típica cena romântica de filmes dos anos 1980. Parte de mim gostaria de aceitar, mas não podia... Eu sequer o conheço. Quando o tirei das minhas costas, ele parou minha mão

- Espero que não esteja pensando em tirar... eu ficaria muito chateado. - ele disse a última parte com um tom dramático, tom esse que me deixou um pouco constrangida, confesso. - Vem comigo - ele voltou a ser radiante, cada palavra que saía da sua boca soava alegre. Era fofo.

Entramos numa sala grande, era como um refeitório... Eu sabia que aqui era uma escola de gente rica, mas caramba...

- Isso é uma escola, né?! O que ela ensina? - esse lugar... está tão quentinho... É o lugar, ou o casaco?

- Jujutsu. - eu o encarei, meu rosto transparecia confusão. - Digamos que é uma arte marcial. Agora, vamos falar sobre as suas alucinações.

- Como assim? - Eu só ficava mais confusa a cada palavra que saia da boca desse homem... mas eu sentia que podia confiar nele. - tá bom, já vou avisando que isso vai ser estranho. - ele me olhou como quem queria dizer "prossiga". - Eu vejo algumas coisas desde criança. São como monstros, só piorou com o tempo. Antes, eu via as criaturas no escuro, quando eu fechava os olhos, era mais como... como minha imaginação. Mas conforme o tempo foi passando, elas ficaram mais nítidas e bizarras. Algumas tem vários olhos e são distorcidas... Tem tantas formas bizarras que são indescritíveis. tem lugares onde eu encontro paz, mas tem lugares onde elas aparecem a todo instante. - ele me ouviu atentamente.