Onde tudo começa

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      - Não aguento mais essa porra! Não aguento mais! - August gritou para mim na cozinha de sua casa enquanto jogava a garrafa de uísque quase totalmente vazia no chão, perto o suficiente de mim para que eu sentisse cacos de vidro caírem aos meus pés.
      - August, por favor, só estou tentando te ajudar, por favor, me escute, só dessa vez, por favor. - supliquei para August.
      - Já chega dessa merda, Angelina! Você vem aqui e fala comigo como se eu fosse a droga de uma criança! Eu não vou parar de beber porque você não gosta do cheiro do álcool.
       - Não é sobre o cheiro do álcool, August. É sobre o que o álcool está fazendo com o nosso relacionamento. Por favor August, você está muito alterado por causa da bebida!
        - Alterado?! - August gritou vermelho de ódio, jogou o copo de uísque com intenção de acertar minha cabeça, mas estava tão bêbado que acertou minha coxa, me fazendo sangrar através da meia calça branca que eu usava.
         Um minuto de silêncio, ambos olhávamos para minha coxa sangrando, August sem nenhum reação, e eu não sabia o que sentir primeiro, se sentia tristeza por ter sido atacada por meu próprio namorado, se sentia toda aquela dor pontuda que vinha da minha minha coxa ou se sentia meu coração se apertar por ter acabado de descobrir que estava sendo traída pelo meu namorado que me jogou um copo de uísque.
          - Angelina. - August disse me fazendo olhar para ele.
          - Angelina, isso não vai dar certo - senti outra dor, mais uma pontada no coração, que aumentava mais a cada palavra dita por ele. - Angelina, precisamos terminar. - Não aguentei, desabei em lágrimas, não sou o tipo de pessoa que chora na frente dos outros, mas já não dava pra segurar. - Angelina, não chore, nós já não temos mais jeito.
            - É claro que temos! Podemos daea um jeito nisso August! Nós estamos juntos há 2 anos, você quer jogar todo esse tempo fora? Não vamos fazer isso, August. Podemos dar certo. Eu vou parar de pedir pra você parar de beber, prometo, vou ser uma namorar melhor.
            - Angelina. Estou com a Addison agora. - Pronto, mais uma pontada no coração. - Não queria que as coisas fossem desse jeito, mas não dá mais, eu a amo, Angelina. Vou ficar com Addison. Esse é o nosso fim Angelina.
            Não consegui sentir nenhum tipo de reação, não consegui sentir ódio por August ter me traído, só peguei minha bolsa e fui mancando até a garagem de August onde estava meu carro e dirigi até minha casa, sem derramar uma lágrima. Quando cheguei fui direto para meu quarto e deitei a cabeça nos 6 travesseiros que tinha em minha cama, e aí sim, chorei até soluçar.

Sol de MalibuOnde histórias criam vida. Descubra agora