O branco exorbitante da neve chama grande atenção, observo cada particulazinha se ajuntar ao monte, enquanto também visualizo alguns cantores passando pela calçada. O bairro está bem movimentado.
Da janela do quarto, eu consigo capturar todo o mundo lá fora. Confesso que gostaria de participar da brincadeiras das crianças que estão no parque a frente da residência. Elas parecem tão felizes, porém, não são minhas amiguinhas, então certamente me recusariam na diversão.
A clavícula desce em denuncia do mal estar e do nervosismo. Hoje é natal, hoje é o grande dia, e eu não tenho argumentos para negar.
Pulo do assento da abertura e vou diretamente aos meus materiais escolares guardados na mochila. Deslizo o zíper e retiro o caderno, na intenção de arrancar uma folha.
Mamãe disse que é para me escrever algum pedido para o papai Noel, e esse ano eu resolvi ser meio ousada. Copio o desejo e o guardo dentro de um livro.
Ouço o barulho de carro e rapidamente volto a janela, a fim de capturar o trasporte sendo estacionado.
Abro a janela mesmo com a brisa fria agredindo o rosto juntamente a neve, mas isso não importa quando o propósito é ver o Dylan. Analiso a cabeleleira loira da senhora Alice e logo após os fios pretos do garoto que faz as batidas do meu coração disparar.
— Estou aqui! — grito, acenando a mão enquanto espero eles me notarem.
Dylan é tão rápido quanto a sua mãe, os dois me encaram e acenam de volta.
— Emma! Esta frio! — recruta a mulher de cabelos curtos de coloração loira.
Sorrio largo a medida que me aprofundo mais naqueles olhos castanhos do garoto, sem ouvir direito a tia.
Uma garota de 10 anos não deveria se apaixonar. Gosto de imaginar que sou a princesa presa no topo do castelo e Dylan veio aqui para me salvar.
Saio do quarto em passos rápidos, e no instante que desço as escadas correndo, mamãe reclama alto, então, eu paro. Ela atende a campainha, dando passagem para os convidados da noite.
— Oi, Lia — diz senhora Alice , à puxando para um abraço.
— Por favor, sinta-se em casa! — mamãe fala.
— Falando assim nem parece que estou aqui quase todos os dias! — responde a mulher, fazendo ambas gargalharem. — Aliás, diz a Emma para nos cumprimentar aqui dentro.
— Abriu a janela de novo, Emma? — não respondo, e uno a boca igualmente a uma linha reta. — Já disse a ela para não ser tão teimosa, avisei várias vezes sobre os resfriados — a mesma não demonstra bom gosto com a notícia.
— Crianças são assim mesmo — comenta titia enquanto segui a meu rumo. — Agora eu quero um abraço.
— Ta bom senhora fofoqueira — sussurro, preenchendo os seus braços abertos.
— Ah! — ela gargalha.
Me afasto da mulher quando vejo o seu filho se aproximar.
— Olá, Emma — ele mostra os dentes.
"As suas covinhas são maravilhosas, Dylan" digo mentalmente.
— Olá, Dylan — respondo totalemente intimidada.
— Crianças, venham terminar de enfeitar a árvore.
— Vamos lá? — questiona, arqueando as sombrancelhas.
— Sim... — respondo, sentindo as bochechas queimarem.
[...]
Após o jantar, Dylan me chamou para seguirmos ao parquinho perto de casa, e eu aceitei. Aliás, tenho planos para hoje.
O garoto segura a minha mão quando olha de um lado a outro, na intenção de ver se alguma carro estava vindo. Atravessamos a rua e ao chegarmo
— Que desejo você quer realizar quando crescer, Emma?
— Pintar o cabelo — nos sentamos num banquinho que os pais ficam supervisionando os filhos.
Estamos sozinhos no local, e acho um pouco estranho, pois instantes atrás o bairro se encontrava movimentado.
— Por que? — a pergunta é realizado por ele.
— Não gosto muito do ruivo — nego.
— Mas ele é lindo — cresce os olhos.
— E você? — questiono curiosa, mudando de assunto.
— Não sei.
— O que pediu para o papai Noel?
— Você acredita no Papai Noel? — ele sorri
— Acredito — aceno a cabeça diversas vezes.
— Então, onde ele mora?
— No Polo Norte, ué? Ele só vem quando nós estivermos dormindo. — dou de ombros.
— Cadê o seu cachecol?
— Esta no meu quarto, queria vim logo com você para cá.
— Você é muito teimosa, Emma! — ele reclama.
— Até você acha isso? — interrogo.
O garoto tira o seu cachecol e ò faz orbitar o meu pescoço.
— Sim, as vezes você é! — o garoto de olhos castanhos claros confirma.
— Obrigada!
Penso no meu pedido e peço forte ao papai Noel que ele me dê coragem para realizar o desejo. Respiro profundamente e o dou um selinho no garoto, imediatamente, sem dar chances dele perceber a intenção do ato.
— O que você acabou de fazer? — pergunta num tom de indignação, e o meu corpo paralisa. — Não faça mais isso, Emma!
— Desculpa Dylan, eu achei que... — fico sem reação.
— Não é isso! Somos irmãos, não confunde as coisas.
Me levanto depressa e saio correndo, ò deixando para trás.
Nossas mães são melhores amigas, e nós crescemos juntos. Estava me gostando de Dylan pelas suas atitudes, achando que era recíproco, porém, pelo visto, ele age assim somente por que se considera um irmão.
♡♡♡
Antes que me perguntem, sim! Vai ter capítulo de Apaixonada por um felinquente hoje! Kkkk
Espero que tenham gostado. Coitada da Emma, né gente? Vcs ja tiveram um crush na infância?
Esse vai ser um livrinho, por causa das minhas ferias hahah.
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Não Somos Irmãos
Teen FictionEmma, aos 10 anos de idade, nutre sentimentos pelo filho da melhor amiga de sua mãe. Porém, o mesmo a rejeita na época, por considera-la uma irmã. Eles crescem no meio de muitas brigas e confusões, até que Emma começa a sair e conhecer outros garot...