Capítulo Único

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Notas Iniciais:

Olá, meus pupilos!

Aviso desde já que essa não é uma fanfic Larry. 

Não passa de um amontoado de pensamentos e anseios e o Louis nessa fanfic nada mais é do que eu mesma.

Se ainda assim quiserem ler, espero que gostem.

Boa leitura.

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Em 99% do tempo eu fantasio sobre a minha morte.

Minha mãe choraria, isto é um fato. Meus amigos ficariam tristes. Talvez. Não posso dizer com certeza. Mas, uma coisa tenho certa: com o tempo, todos superariam. Eu seria esquecido.

E isso me assusta.

Meu nome é Louis Tomlinson e em 16 anos eu não fiz nada mais do que gastar o oxigênio do planeta. Eu nunca fiz nada surpreendente. Sou apenas mais um nesse formigueiro que é a humanidade.

E isso me assusta.

Eu sou mesquinho e morro de inveja de quem, ao contrário de mim mesmo, consegue fazer algo notório nessa curta vida que nos foi dada.

Penso nisso enquanto vejo meu melhor amigo, Niall Horan, comemorar o 95 que ele tirou no teste de história.

Niall não é apenas inteligente, ele também é engraçado, divertido e bonito. Todos gostam dele.

Por um momento, mesmo que eu tente evitar, sinto inveja dele. Do meu melhor amigo.

Patético, eu sei.

Em contrapartida, vejo meu outro amigo, Zayn Malik, rasgar seu teste e jogar os cem pedacinhos na lixeira da sala de aula. Com certeza era mais uma nota vermelha para a sua coleção.

Então eu volto a encarar o meu teste sobre a mesa.

60.

Na média. Exatamente o necessário para ser aprovado e despercebido.

Eu estou na média. E sei que isso não diz respeito apenas ao meu teste de história.

Hoje eu não tenho vontade de ficar. Eu arrumo minhas coisas e saio, porque sei que sou tão invisível que isso não me trará problemas futuros. Os professores ainda perguntam o meu nome todos os dias. Mesmo que já seja outubro.

Niall percebe. Ele sempre percebe. E talvez ele seja o único.

Posso notar seu olhar chateado e penso que ele talvez ficasse triste se eu morresse hoje. E logo lembro que levaria pouco mais que alguns meses para que ele superasse isso.

Ele iria ficar bem.

Eu nem lembro como cheguei em casa. Vim o caminho todo pensando em mil coisas e em coisa nenhuma, com Radiohead no volume máximo nos fones de ouvido.

Vasculho a geladeira até encontrar uma garrafa de vinho que meu padrasto mantém lá. Ele não sabe, mas eu venho bebendo de seus vinhos há anos. Eu sempre completo com água para ele não notar. Ou ele sabe, eu não ligo.

Hoje não quero preencher nada com água. Porque se eu não vou estar aqui amanhã para levar uma bronca, eu posso beber tudo, não é mesmo?

Com isso mente, pego a garrafa com algum nome chique em francês no rótulo e subo para o meu quarto.

Ligo o laptop e coloco The Best Of para tocar, meu álbum favorito do Radiohead. Então, bebendo um largo gole do vinho caro de Dan, eu sigo para minha parte favorita da casa. Talvez seja meu lugar favorito no mundo todo.

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