.badmouth.

.think before, jeno-ssi.

Jeno tinha seu rosto contra a porta áspera daquela cabine imunda, enxergando estrelas enquanto sentia as presas afiadas do lobo atrás de si perfurando seu pescoço suado.

Não raciocinava direito e nem sequer se lembrava de seu nome. Naquele instante dava mais importância a pura sensação de deleite que lhe dominava.

Bendita hora que se prestou a enaltecer lobos na presença de vampiros esfomeados. Não era sua culpa, nunca imaginou que uma fantasia de halloween fosse levá-lo a foder radicalmente com um vampiro rancoroso, que jurava de pés juntos fazê-lo desmaiar de tanto lhe foder.

— Eu passaria a noite toda aqui, príncipe. Deveria ser mais cuidadoso ao falar mal de alguém. — Donghyuck sussurrou ao pé do ouvido do outro, enquanto usava seus dedos longos para estocar o buraquinho já dolorido de Jeno. Estavam ali há algum tempo e Hyuck não demonstrava um pingo de cansaço. Mas também seria uma vergonha se o fizesse, não poderia dar moleza a um mero humano que ousou falar besteiras sobre sua espécie. Além de que deveria admitir que aquele humano em específico tinha um sangue açucarado em tal intensidade que chegava a fazê-lo ensandecer. Era divino e reunia todas as qualidades concebíveis, parecendo lapidado perfeitamente para si. — Me diga que você quer mais fundo, docinho.

Movimentava seus dígitos apressadamente naquele estreito espaço tão caloroso e um tanto úmido. Não poupava esforços em separar seus dedos e alargar mais o cuzinho alheio. 

Não havia nada no mundo que pagasse aquilo. Os gemidos penados de Jeno, eram atendidos pelos ouvidos sensíveis de Hyuck como uma bela harmonia. Observá-lo agarrar os cabelos como se quisesse extraí-los da cabeça, mesmo quando nem ao menos havia começado o que pretendia fazer quando convidou Jeno para apenas uma "ficada", era simplesmente formidável.

— Você está sendo um bom garoto aguentando tudo até agora. — Ele segredou ao usar a mão livre e calejada para envolver novamente o pau, já sensível pelo orgasmo anterior, e voltar a masturbá-lo sem muita paciência, depositando uma força significativa ao passar o dedão pela glande dolorida, à medida que socava seus dígitos sem parar no buraquinho do Lee, acertando por muitas das vezes sua próstata. — Mas não acho que vá durar muito.

Dito e feito.

Jeno gozou. Inesperadamente mais do que da primeira vez, e tremendo fortemente desabou sobre as pernas, até então, cobertas de Donghyuck, que sorria satisfeito com seu trabalho.

Diante de toda a firmeza de Haechan, Jeno se sentia totalmente miúdo, amolecido e quase inconsciente. Nunca havia ficado tão cansado e sensível daquela forma, que embora dolorosa era extremamente maravilhosa.

— Eu não posso imaginar nada tão delicioso quanto essa sua expressão, Jeno-ssi — Ele riu do Lee enquanto virava o corpo deste com uma facilidade de outro universo, fazendo-o ficar de frente para si, ao mesmo tempo em que o destroçava somente com o olhar.

Envolveu a cintura do Lee em suas mãos grandes, apertando como se pudesse simplesmente deixar o molde delas ali. Sorriu largo ao ver o encaixe perfeito das partes, ignorando um Jeno completamente arruinado em sua frente. Usou uma das mãos para agarrar com força o queixo do menor, analisando com deslumbre os lábios marcados por várias tentativas de conter os gemidos sofridos.

Uniu os lábios aos do outro num beijo afoito, carregado por si só, já que Jeno se portava como se ao menos estivesse acordado. Agarrou as bandas fartas e macias do garoto, que se contraiu em resposta. Lee Jeno era perfeito. 

Afastando-se do outro, Donghyuck o retirou de cima de seu colo com extrema agilidade, ganhando um choro como protesto. Riu soprado e o posicionou sentando sobre a tampa do vaso em que estava antes; agarrou novamente o pau lânguido e desta vez o abrigou em sua boca sem pressa. 

Estava tentando ir na boa, devagar, mas falhou. Não se agradava com coisas lentas, mas continuou o processo. Chupando o caralho como se fosse um mero pirulito de morango, acariciando com a língua a glande arroxeada. Acolhendo boa parte da extensão semi ereta em sua boca, e usando as mãos para masturbar o que não cabia. 

Sentia-se sensível ao escutar os sons quase inaudíveis que Jeno produzia enquanto o mesmo se retorcia diante das sensações que retornavam para avisá-lo que gozaria logo. Estava, de toda maneira, entregue a Donghyuck, que não pretendia o libertar tão cedo. Havia uma contração involuntária dos músculos do assoalho pélvico, das pernas e até dos braços. Um reflexo corporal, como se Jeno levasse pequenos choques em algumas partes do corpo.

A respiração se tornava novamente mais acelerada e ofegante.

O Lee pendeu a cabeça para trás ao que sentiu a glande inchada ser sugada com força e as pequenas presas do outro raspando perigosamente no local. Um aperto e mais algumas lambidas, e lá estava Jeno conduzido a uma espécie de transe. A entrada se contraindo rapidamente como se um choque elétrico percorresse todo o seu corpo. 

Donghyuck o largou após lamber os lábios e só então sentiu algo úmido em suas calças. Abaixou o olhar e logo percebeu uma grande mancha no jeans que trajava. Estava tão mergulhado em sua própria bolha, que sequer sentiu quando gozou escutando os gemidos encantadores de Jeno.

— Sabe Jeno… Isso não foi o que eu realmente queria fazer com você — Ele se levantou com calma enquanto pegava as peças do outro que estavam largadas pelo chão. — Se você não fosse tão sensível quanto o restante dos humanos, eu adoraria te alargar como se fosse um elástico inútil — Depositou um selar leve na testa alheia e se prestou a ajudá-lo a vestir as roupas novamente, usando todo o cuidado que não possuía em seus toques — Mas você é muito precioso para isso. — Sorriu e então o pegou nos braços. Deu um chute bruto na porta da cabine, como se não fosse nada, e caminhou com Jeno já dormindo até um dos quartos daquela casa gigantesca.

Em nenhuma condição imaginaria que um papo bobo sobre lobos e vampiros o levaria àquilo. Aceitaria plenamente o fato de ter amado aquele ser humano tão único e gracioso — tanto que não o deixaria dormir sozinho de forma alguma. Faria o possível, a partir daquele instante, para ter Jeno como seu.