金 ≀ théâtre et art " woosan

Você está lindo...muito lindo.

Já era noite e eu estava me arrumando para o tal "jantar" que Suho me convidou, não sei como ele irá fazer isso, espero que ocorra tudo bem. Arrumo meus cabelos para ficarem apresentáveis e passo pouco de perfume leve para noite. Pego o celular na ponta da cama e vejo que ainda são seis e cinquenta e cinco da tarde. Me sento na cama e penso se realmente quero jantar com ele, eu gostaria de ficar nessa casa mesmo e ficar descansando.

Suho está andando estranho ultimamente, nessas semanas anteriores ele era um amor de pessoa, ele era atencioso, sempre amava animais e nunca forçou nem um a nada que não queira, desde que pregou os olhos em San, ele está agindo com fúria e ódio, sempre me segue quando estou com San, parece que ele tem medo de que ele faça algo comigo.

Escuto batidas na porta, só pode ser o Suho. Passo um gloss de morango em meus lábios, arrumo meu cabelo novamente e coloco meu celular no bolso.

— Woo? — escuto a voz de San no lado de fora do quarto.

Abro a porta e o vejo todo descabelado, só de bermuda e seus olhos estavam presos em mim, acho que me arrumei demais.

— Woo... você está...muito- — o interrompo.

— Estou feio? Me arrumei demais? — indago com um pouco de desespero.

— Não, você está lindo... muito lindo. — elogia me olhando de baixo pra cima.

— Obrigado, Sannie. — agradeço com um pouco de timidez.

— Irá sair? — perguntou se sentando em minha cama.

— Sim, irei ver a cachoeira. — respondo olhando as horas, faltava um minuto para Suho chegar.

— De noite?

— Sim, Suho me convidou para ver a cachoeira que ele encontrou aqui no sítio.

— Ah. Entendo. Posso te esperar aqui? Seonghwa e Yeosang meio que dominaram meu quarto. — indagou com um semblante triste.

— Pode, é rápido, só irei conhecer a cachoeira e volto, ok?

— Ok...

Ouço batidas na porta novamente, prendendo nossa atenção na porta de madeira.

— Já vou, tchau Sannie. — vou até ele e beijo sua bochecha geladinha rapidamente e acabo deixando um pouco de gloss nele.

San estava sem reação, ele me encara com os olhos um pouco arregalados e vejo suas bochechas terem coloração avermelhada, acho que ele ficou surpreso pois é a primeira vez que beijo sua bochecha.

— Tchau, Woo. — ele sussurra me vendo sair do local.

Assim que fecho a porta, dou de cara com Suho, ele estava bem arrumado, estava com seus cabelos bem alinhados com gel, seus olhos estavam com sombra e suas vestimentas eram as mesmas no dia que nos conhecemos.

— Olá, Suho. — o cumprimento.

— Olá, Woogie. Você está lindo. — ele sorri para mim e me guia pra fora da casa.

Lá fora estava escuro, só havia algumas luzes fracas das lâmpadas no lado de fora, Suho pega uma lanterna para iluminar todo nosso caminho até a cachoeira, ele segura minha mão e me guia até lá, estávamos nos afastando do sítio cada vez mais e ouço o som das águas se aproximarem, sinto a lembrança invadir meus olhos.

A lembrança de escutar a cachoeira e ver Choi San atuando naquela pedra, fazendo que seus espectadores sejam a natureza, as flores, a própria cachoeira, as árvores, os peixes. Aquela cena foi uma das melhores que eu já vi. Sem perceber, acabo sorrindo e suspirando quando relembro tudo isso.

— Chegamos, Woogie. — Suho me tira das belas lembranças que estavam rondando suavemente em mim.

Olho para a cachoeira, ela era bem maior que a lembrança a iluminação da água iluminava as árvores e algumas pedras, para acompanhar a iluminação, havia velas perto da cachoeira, uma grande toalha estava na superfície terrestre e havia vários pratos que provavelmente Suho preparou.

Me sento quase na ponta da toalha e Suho senta na outra ponta, começando a servir o alimento, era lasanha mista. Começo a comer pois eu não havia comido nada, não queria ficar de barriga cheia no jantar e estragar tudo.

— É seu prato favorito? — Suho indaga rindo minimamente.

— Mais ou menos, eu estou com fome. — respondo depois de engolir um pedaço da lasanha.

Comemos tudo calmamente junto com a sobremesa, tudo estava ótimo, Suho sabe cozinhar muito bem, vou até a beirada do rio, tiro meus sapatos e coloco meus pés lá dentro. Suho senta próximo a mim mas não coloca os pés na água.

— Suho, por que você não tenta fazer um curso de culinária? Você cozinha tão bem. — indago sem olhar para ele.

— Não sei, nunca me interessei fazer curso, dependo dos meus pais para economia.

— Você sabe que seus pais não irão durar para sempre, já deve ir se mexendo não acha? — pergunto ainda não olhando para o mesmo.

— Por enquanto ainda estou pensando nisso. — ele corta o assunto.

— Woo, você gosta do San?

Olho para ele assustado.

— P-por que a pergunta? — acabo gaguejando. Droga.

— Nada não, eu acho que você não gosta dele. — ele começa a rir. — Quem iria se interessar por um homem desses? Tão feio, tão intrometido e arrogante.

— Não fale assim dele, você não o conhece direito, então você não tem direito de opinar sobre ele, Suho. — digo irritado.

— Já o conhecendo por quase um dia, já dá pra saber que ele é não é uma pessoa bem apresentável, ele não tem classe.

Me levanto já irritado com esse assunto, se eu soubesse que ele iria falar isso eu nem tinha vindo.

— Escuta aqui, o único sem classe é você por não ter consideração com ele, você deveria o respeitar ao invés de falar mal dele pelas costas e principalmente na minha frente, se você continuar com esse tipo de opinião com o meu porto seguro, irei cortar meus laços com você. — pego meus sapatos e saio dali rapidamente.

Escuto chamados de Suho cada vez mais altos, mas eu queria me afastar cada vez mais deles, eu não sabia que rumo eu estava indo, eu só queria voltar para casa. Estava tão escuro, os sons de alguns animais estavam ecoando, a lua não estava sendo vista, pois as nuvens tamparam sua beleza, meu medo só crescia e sigo sem rumo cada vez mais.

Enquanto eu caminhava com muito cuidado para não tropeçar em um galho, as lembranças da nossa discussão, eu acho inadmissível as palavras de Suho contra San, ele nem o conhece e já vem falar muitas calúnias, isso só aumenta minha decepção por ele, lembrando das minhas últimas palavras antes de sair do local. Eu chamei o San de meu porto seguro...e não me arrependo, mas eu queria meu porto seguro agora para me tirar daqui.

Minhas pernas estão cansadas de caminhar, estou ficando tonto e o frio só aumentava, eu estava com frio e com fome novamente, eu só queria o San aí meu lado me abraçando e dizer que tudo está bem, foi só um sonho.

Sinto meus joelhos desabarem no chão e acabo caindo, sinto algo queimar em meu rosto, acho que eu me cortei em um dos galhos, minha visão está turva e não consigo enxergar mais nada.

Eu realmente havia apagado

— lorealfull.