Nosso Amor Confuso

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Outros títulos: Uma paixão confusaPor: Foxy

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Outros títulos: Uma paixão confusa
Por: Foxy

Eles entraram no cômodo vazio, o clima estava frio — o que era de se esperar para uma tarde de inverno —, tudo o que ecoava la dentro era o som das respirações de Stela e Dylan, além do barulho que as gotas pesadas de chuva faziam ao bater no chão e na janela. O clima e a situação estavam perfeitos para…

— Que filme você vai querer, Stela? — Perguntou Dylan enquanto configurava a televisão do quarto.

— Qualquer um que não me faça chorar. — Respondeu Stela docemente após se sentar na beira da cama de Dylan.

— Assim voce não facilita nada, você chora ate com comédia. — Ele riu.

— Não tenho culpa de você ser tão insensível, Dylan. — Stela cruzou os braços em forma de protesto.

— Era só um urso de pelúcia — Falou ele, relembrando o último filme que viram. —, a garota ia acabar perdendo e depois iria achar outra coisa pra se lembrar do irmão, era previsível.

A garota resmungou algo que Dylan não conseguiu entender e revirou os olhos, o que o fez rir novamente.
Poucos segundos depois, Dylan havia selecionado um filme qualquer da Netflix e se sentado ao lado de Stela tranquilamente. Meia hora se passou antes de ambos os jovens decidirem mudar de posição para se acomodarem melhor.

Agora, se encontram abraçados e encostados na cabeceira da cama com as luzes apagadas, janelas fechadas e a luz da televisão como única fonte de luz do ambiente. Um momento de filme.

Stela se moveu lentamente até se apoiar no peito de Dylan de forma confortável; Dylan, por sua vez, a envolveu em seus braços de um jeito carinhoso.

A garota sentiu um frio na barriga, quase de imediato, conseguia ouvir  cada batimento cardíaco acelerado de Dylan e não pôde evitar de sorrir discretamente com os seus olhos fechados. Stela pensava, por alguns poucos segundos, se aquilo seria por sua causa.

"Bobagem" Pensou.

Dylan, por outro lado, pensava no motivo de querer tanto aquela garota, mesmo que eles não tenham tanto em comum quanto se espera de alguém. Ainda assim, ela tinha algo. Talvez fosse alguma coisa escondida naqueles momentos inocentes de amizade que, nem mesmo Dylan conseguisse explicar, talvez fosse algo tão grandioso que não coubesse em simples palavras. Algo que ele vê apenas entre os dois.

Era como se, dentro dele, algum tipo de sentimento sadomasoquista crescesse e o fizesse querer provocá-la mais. Dylan já não queria mais apenas amizade, queria mais.

Queria acordar todas as manhãs ouvindo a voz sonolenta e manhosa da garota em seu ouvido, queria poder fazer carinho e beijar sua boca, queria ser seu único e melhor, queria fazer dela sua única e melhor.

Queria a chance de amá-la como ninguém jamais amou.

Seria estranho se ambos pensassem na possibilidade de acabarem se beijando em meio a uma briga boba, mesmo assim, por que esses dois ansiavam por essa chance?

Por que Stela já não pensava antes de agir?

E por que Dylan, sabendo disso, se concentrava ainda mais em não perder o controle perto de sua amiga?

Em que confusão esses dois se meteram com essa paixão secreta tão ardente?

"Imbecil" — Stela pensava.

"Marrenta" — Dylan dizia para si mesmo.

"Então por que amar alguém assim?" — Ambos se perguntavam.

— Eu odeio amar você!

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