— Para onde iremos? — pergunto já dentro do carro.
— Nem adianta tentar arrancar essa informação dele, já tentei e não tive sucesso. — Emily responde do banco de trás, sem deixar a animação de lado. Essa aí ama uma surpresa.
— Não custa nada tentar, não é? — olho para trás e dou uma piscadinha cumplice para minha cunhada.
— Podem até tentar, mas eu não me rendo facilmente. — Roy responde com os olhos fitos na pista.
— Tem certeza? Posso ser bem persuasiva... — levo a mão até seu cabelo, fazendo leves carícias.
— Assim é jogo sujo. Não vale, Clara! — comenta com um sorriso nascendo nos lábios.
— O que acha, Em? Devo ser mais malvada? — Pergunto em um falso sussurro para a garotinha atrás de nós.
— Dê o seu melhor, Clarinha! — ergue positivamente o polegar direito.
— Você quem manda, pequena! — dito isso, aproximo o meu rosto com o do Roy, porém não é preciso fazer muita coisa, visto que ele não se sente confortável com certas demonstrações de afeto diante de sua irmã. E neste momento, esse está sendo o seu pondo fraco.
— Tudo bem! Só darei uma dica, e isso será o suficiente.
— Por enquanto! — Emily responde.
— Piquenique. — diz apenas.
— OBA! EU AMO PIQUENIQUES! — a mais nova comemora a descoberta. Eu abro apenas um sorriso lateral.
— Isso me traz boas lembranças. — Roy pisca para mim. Continuo o cafuné em seu cabelo, fazendo-o relaxar ainda mais.
O restante do percurso é feito ao som de Hillsong e muitas gargalhadas da parte de Emily, tamanha era a felicidade da minha pequena. Em poucos minutos chegamos ao Champ de Mars, para a nossa felicidade.
— Um piquenique na torre Torre Eiffel! — exclamo.
— Eu sei que não é algo muito original, mas pensei que iriam gostar. — Roy comenta ao estacionar o carro.
— Será maravilhoso! — digo acariciando sua bochecha.
— Sim! Será perfeito, Ro! — minha cunhada bate palminhas.
Emily e eu o ajudamos a descarregar as coisas do carro. Ele nos guia até uma área próxima às árvores, um pouco mais afastada das outras pessoas. Organizamos todas as delícias preparadas por Roy e Dul na toalha quadriculada vermelha.
— Louvado seja Deus! — brada Roy deitando-se na toalha com os braços debaixo da cabeça — Estar reunido com as mulheres da minha vida, desfrutar do ar livre, interagir com a natureza e, é claro, comer! — diz pegando algumas uvas sem caroço e enfiando na boca — Isso não tem preço!
Emily e eu trocamos olhares e começamos a rir.
— O que fez com o meu irmão? — a pequena coloca a mão na testa do homem deitado, e o mesmo a prende em seus braços. Emily começa a gritar e gargalhar, chamando atenção alheia — ROOOO! ESTOU... COM FALTA... DE... AAAAR — Roy a solta, colocando-a sentada ao seu lado — Faz tempo que não te via assim!
Acaricio as madeixas loiras da minha cunhada, que pega uma tira de cenoura e se aproxima de mim.
— Isso é tão francês! — digo para ninguém específico.
— O quê? — os dois perguntam ao mesmo tempo.
— Piquenique no gramado, aos pés da torre mais famosa do mundo... Só faltou o duelo de baguetes.
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𝗗𝗮 𝗩𝗮𝗿𝗮𝗻𝗱𝗮 | Em Paris [Livro 2]
Lãng mạnApós dizer "sim" à vontade de Deus e ser surpreendida por Sua bondade e misericórdia, mais uma vez, Ana Clara Bianchi passará por um novo processo de mudança. Novidades e desafios aguardam a jovem em Paris. No entanto, ela não imagina que esta nova...