When everything goes back to "normal" (Jake Wheeler x Devon Evans)

Capítulo Único

Recomendo que NÃO se prendam aos acontecimentos judiciais IMPROVÁVEIS que criei para que eles ficassem juntos nessa fanfic doida!

Feliz Natal e Feliz Leitura 🎄📖🥰

(｡♡‿♡｡)

Em um cruel dia frio de inverno, após alguns minutos procurando o namorado pela casa, Devon o encontra em seu bagunçado e intimidador ateliê.

— Não acha que está esquecendo de algo, Jay? - indagou de modo sussurrado bem próximo ao ouvido do outro, tentando chamar a atenção dele a qual estava focada em uma nova escultura sinistra feita com restos de bonecas antigas.

— Hã? De quê? - se desconcentrou do que fazia e olhou para o parceiro assustadamente, mas não deixando de o admirar no belo pijama que ainda trajava.

— Há quase um mês você disse que me levaria para um encontro oficial depois que todo aquele pesadelo acabasse e hoje lembrei que isso ainda não aconteceu. - fez um beicinho dengoso com os lábios, tentando não demonstrar o resquício de frustração que sentia.

— Ah, droga... realmente esqueci. - colocou a mão no rosto consternado. - Estávamos tão ocupados com nossa adoção pela prefeita, a emancipação, todo o luto e principalmente o medo de sair de casa que acabei esquecendo de pensar em algo especial para você... me perdoe, amor.

— Estar com você é sempre especial, Jake. O que me preocupa é lhe ver tão imerso em coisas que ainda nos deixam bem tristes. - sorriu afetuoso, secando as lágrimas silenciosas do amado. - Não me importaria se ficássemos em casa, o importante é termos um momento só para gente, sem nossos problemas para atrapalhar.

O garoto de cabelos ondulados assentiu ainda emocionado, logo largando o que tinha em mãos e abraçando o outro de maneira necessitada e carente.

— Me perdoe por demorar... é que eu havia dito que teríamos um "encontro oficial" quando tudo voltasse ao normal, mas acredito que isso nunca acontecerá. - desabafou melancólico, começando a chorar mais intensamente.

— Compreendo, Jake... e é por isso que estou aqui para podermos nos adaptar a esse "novo normal" juntos, ok? - sentiu o parceiro assentir e apertar ainda mais o abraço. - E eu perdoo se você aceitar sair um pouquinho dessa bolha da realidade e mergulhar em uma mais romântica comigo...

— R-romântica? - sorriu surpreso em meio as lagrimas ao mesmo tempo que era tirado lentamente daquele cômodo um tanto sombrio e levado ao quarto do casal.

— É que lançou um filme LGBT+ romântico de natal no streaming e pensei em ver com você, amor. - Devon sorriu fofamente, sentando na cama e fazendo o companheiro fazer o mesmo. - E também acho melhor darmos um tempinho dos filmes de terror, principalmente os que se assemelham a histórias com brinquedos ou bonecos assassinos.

— Concordo definitivamente com isso. - riu nervosamente, logo roubando um selinho do namorado que sorriu o puxando para poder retribuir o gesto da melhor forma possível no momento.

Após longos minutos de beijos apaixonados, amassos sob os lençóis e sorrisos bobos, decidem se encolher em meio às cobertas quentinhas e começar a assistir ao filme "Um crush para o Natal".
Durante o longa inteiro houve risinhos de identificação e suspiros de satisfação. Por fim, se perceberam apaixonados por outro casal gay.

— Suponho que vomitarei arco-íris de tão fofo que isso foi. - confessou Jake, estando abraçado ao namorado de um jeito grudento e que ambos gostavam muito.

— Por um momento fiquei com medo de sugerir algo romântico de natal e você querer terminar comigo. - brincou, mexendo nos cachinhos definidos do namorado.

— Confesso que comecei vendo o filme achando clichê demais e saí todo romântico querendo ter um filho pet com você. - riu do que havia dito, mas gostando da reação alheia.

— Então poderíamos adotar um cãozinho, que tal?

— Que tal um gato? O Chucky matou o meu há meses e ainda não superei. - suspirou visivelmente frustrado, logo se arrependendo disso. - Desculpe por sempre voltar ao assunto, Devy.

— Tudo bem, amor. Podemos ter um gatinho e chamá-lo de Jevon... - sugestionou timidamente, acariciando delicadamente a bochecha rosada do outro garoto.

— E-eu amei a ideia. - respondeu sem graça, sorrindo até sentir os músculos da face começarem a doer.

E assim passaram o resto da tarde conversando e planejando sobre o futuro que poderiam ter juntos se todo aquele inferno que Chucky criou realmente tivesse se extinguido.