A noite sem fim Capitulo 1 A imaginação

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Chego em casa,desesperado,ofegante,mais um dia de trabalho havia se passado.
Arremesso minha bolsa cheia de pesos no sofá,e me deito um pouco pra relaxar e mandar embora aquele cansasso da zona urbana que me deixara assim,fico dez minutos ali,jogado até que meus olhos automaticamente se fecham.
Quando já era tarde da noite acordo do meu profundo cochilo,e olho meu relógio como de costume para ver o quanto cochilei,indicavam exatamente,quarenta minutos de cochilo,estava com muita fome,mas fui ao banheiro tomar um banho super-quente,com o frio lá fora,nada melhor que um banho a ser tomado a melhor alternativa a ser seguida.
Termino o banho quente,pronto a se colidir com o frio,desço,ligo a Tv,para não se sentir sozinho,vou em direção à cozinha.Abro a geladeira em busca de algo que saciasse minha terrivel fome,e encontro um bolo coberto de chocolate com algumas cerejas como decoração,não pensei duas vezes,tirei ele da geladeira e coloquei sobre a mesa afim de corta-lo para dar a primeira bocanhada naquele delicioso bolo.Assim que o comi senti uma pequena tontura e deitei em meu sofá.Fico ali,vendo o noticiário,nada de bom,somente roubos,corrupção,desastres naturais,era o principal assunto daquele jornal.Desapontado desligo a televisão,e pego o meu celular que estava sobre a mesa de centro coberta por revistas para checar meus emails,fui presenteado apenas por mensagens banais que não levavam a nada.
Intediado,fecho meus olhos,sinto tudo girando,até que caio no sono.
Desperto, pensando que já eram 3:00 da madrugada,verifico á hora em meu relógio,e segundo ele eram 20:00,penso comigo:
"Como assim,20:00 horas, essa foi a hora em que cheguei aqui!"
Penso que o relógio está atrasado,ou havia quebrado durante minhas mexidas no sofá,mas acabo lembrando,assim que havia despertado daquele longo cochilo eu olhei no relógio para ver o quanto tinha dormido e estava indicando 22:40.
Começo a ficar assustado,até que o telefone toca:
-Alô?!
Perguntei amedrontado.
Ouço ninguém na linha,apenas alguns chiados,que me impediam de ouvir a outra pessoa.
Até que escuto um grito de pânico no telefone,e o jógo longe,mas o pego de volta, e o coloco no gancho .
Naquele momento entrei em estado de pânico quando tocou novamente meu medo me paralisou e não púde atender,quando se passaram cinco segundos o telefone parou
A porta dos fundos se abre,achei que tivera abrido com o vento,mas foi quando olhei pela janela a floresta,não emitia nenhum sinal de vento,e fui correndo fechar a porta,peguei as chaves que se encontravam no local de fechadura e viro-a para esquerda e a tranco.
Subo depressa para o meu quarto e me tranco ali,fico em pé a frente da porta de bloqueio do meu quarto,derepente vejo a maçaneta se mexer bruscamente,pensei.
"Oque está havendo!"
Quando imaginei isso,fui tecnicamente transportado para uma floresta sinistra.Lá vejo uma escuridão além dos limites que fiquei com uma tontura que não pude resistir e cai sentado á um tronco de uma árvore que havia sido cortada.
Fiquei ali tentando discernir aonde eu estivera,e misteriosamente uma mulher com vestido branco aparece.
-Quem é você?!
Pergunto sem ter um local especifico para olhar.
Minha pergunta ficou oca,e não obteve resposta por alguns segundos.
-Sou Abbadon,aquela que seduz e depois mata!
Fiquei meio que assustado pois já tinha ouvido essa frase num filme que gostava muito.
Ela começou a se aproximar mas não dei o que ela queria.
Depois de tanto tentar me seduzir aquela estranha mulher foi embora dizendo:
-Hoje a noite vai ser longa!
Nas extremidades daquela floresta avistei ela desaparecer.
Mergulhado naquele pânico falei comigo mesmo:
-Eu tenho que dar o fora deste lugar!
Quando eu virei para pegar a estrada que dava acesso a saída, fui recebido com um lago muito fundo, era composto de sangue, e avistei uma pessoa dentro dele,e quis ajudá-la,quando eu pulei pra salvar aquela vida,fui outra vez transportado e apareci em meu sofá.
Já estava com a televisão ligada,e com uma pessoa deitada assistindo o noticiário, vi que era eu,e fiquei mais assustado.Tentei toca-lo mas nao consegui,minha mão o atravessou,quando ele olhou pra minha face vi que não era ele,os olhos daquela figura obscura e sem personalidade eram pretos,e lembrei dum filme que havia assitido semana passada que continha os mesmos olhos.Aquela criatura falou a mim:
-Acha que pode fugir da sua própria imaginação?
Perguntou a figura se levantando lentamente.
-Como assim,o que está acontecendo aqui?!
Perguntei eufôrico pela resposta
-Você está viajando nos seus medos,e aquilo que você mais pensa,é usado contra você.Todos os filmes que você assisti está sendo jogado a você!
Aquele bolo estava repleto de gostos que faziam voce lembrar de algo como filmes de terror,e coisas que faziam você se arrepiar.Fizemos você viajar e foi um sucesso,você dormindo ajudou nossa infiltração entramos em sua casa e injetamos algo naquele bolo,e você está ai agora,preso na própria imaginação!
Ele começou a dar gargalhadas de arrepiar que pensei em violentá-lo mas quando fechei minha mão preparando-a para dar um murro crucial em seu rosto ele sumiu como uma fumaça ao vento.
A porta da frente se abriu,era minha mãe que havia morrido á vinte anos atrás quando era criança,ela olhou em meu rosto e deu um pequeno sorriso de orgulho dizendo:
-Meu filho,pare de pensar!Pois isso aliviará o campo de sua imaginação e os monstros que te perturbam desaparecerão!
Quando ela falou isso pude ver algo em cima dela,como um monstro a controlando.Gritei e o monstro foi embora,e fui para o canto da porta e fiquei ali e dormi.
Quando vi o amanhecer fiquei feliz,pois aquela noite longa nada tinha me agradado,olhei afora e observei pessoas se locomovendo e fiquei mais tranquilo...Mas quando vi aquilo meu sossego foi tomado por um medo crucial...
Avistei,a porta do porão aberta com um tremendo escuro,pensei duas vezes antes de entrar ali,mas quando entrei fui recebido com um grande e fundo buraco vermelho tomado por fogo,engoli minha sáliva como sinal de pânico e lembrei da minha réplica maldita dizendo:
"Você não pode fugir da sua própria imaginação"
Então naquele momento não pude ter medo,saltei do alto em que estava e cai naquele grande buraco negro com fogo.Apareci em outro lugar,era como se fosse uma estação de trem só que sem trem,pude ver uma quantidade infinita de plataformas á frente.
Tudo permaneçia em siléncio,sentei num dos bancos que se encontravam ali esperando o que podera vir,dava-se para escutar o vento batendo em meu rosto,e os papéis voando.
Ao longe,escutei um barulho como de algo sendo arrastado,corri o mais rápido que pôde,mas enrosquei-me numa das pontas de ferro que estavam ali,me atrasei com aquilo,realizei a segunda tentativa e consegui, corri feito um atleta,percebi uma luz ao destino na qual estava correndo,e fui correndo mais rápido, era como se aquele corredor fosse infinito e não houvesse um fim especifico,pude ouvir o barulho que antes pudera ouvir mais perto,fiquei em pânico,pude perceber que não estava sozinho naquele local escuro,havia alguém ao meu lado dizendo:
-Vem até aqui!!
Subi numa das escadas que ali se encontravam,e dei minha mão para que me puxassem para cima,aquele barulho não se pode ouvir mais,achei que ele tivesse ido embora,olhei ao lado e perguntei:
-Onde é que estam...
Aquelas pessoas que haviam me ajudado a se esconder havia se desintegrado com o vento.
O que eu mais precisava naquela hora,era de uma de ajuda e de como sair daquela plataforma chamada "mente".
Desçi aquelas escadas com cautela,e passei pelos trilhos e fui andando depressa,a frente consegui ver um senhor de idade deitado em meio a cobertores,era um morador de rua perguntei a ele:
-Onde é que fica a saída por favor?!
Perguntei olhando para o grande corredor.
-Não há saída meu caro,a ultima vez que entrei aqui não pude mais sair!
Enquanto ele falava,mais eu ficava aterrorizado.
-Primeiro deu um problema no tempo e agora estou aqui!
Falo á ele tentando o explicar.
-Ai meu Deus,isso também aconteceu comigo,eu havia acabado de chegar do meu trabalho,super cansado deitei no sofá cochilei por um tempo,e depois acordei e olhei ao meu relógio! O seu foi assim também?
Perguntou ele assustado.
-O meu foi exatamente assim.
-Quando nós entramos na nossa mente vemos coisas que não queriamos ver,eles envenenaram o bolo?
-SIM COMO SABE?
Perguntei alto.
-Por que foi assim comigo!
-Como faço para sair daqui?Estou neste lugar á dias!
-Só pare de pensar e obtiverá uma resposta concreta.
-Muito obrigado viu!
Assim que sai correndo pude ouvir o velho falar:
"Que Deus nos ajude"
Andei mais uma légua,e finalmente consegui sair.Quando me deparei com aquela cena quase infarto,estava totalmente destruida,apartamentos tombados,carros queimados,vitrines de lojas sujas com sangue!carros parados por toda parte como se tivesse acontecido um congestionamento extremo.

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