Capítulo 4

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Amália

Eu acordei, nos lençóis macios , vendo o Sol nascer.

Eu dormi no quarto de Helion?

Puxei pela memória.

Não, ele me deu um quarto gigante e um armário cheio de roupas lindas.

Eu caí na cama de novo.

Tenho um sugar daddy.

Eu me ergui, indo ao banheiro com uma muda de roupas, afundando na água da banheira.

Há quanto tempo eu não tomava um banho? Uma lavagem de nada no córrego não contava.

Eu suspirei, esfregando meu corpo com sais e óleos perfumados.

Saí daquela banheira cheirando a lavanda e rosas.

Pus um conjunto de calça e blusa nas cores da corte diurna.

Helion lembrou que eu gostava mais de usar esse tipo de roupa do que vestidos.

Vestidos são bons, bonitos, mas em uma situação de morte eles atrapalham muito.

Não que eu não consiga matar um exército usando um, e de salto.

Pus sandálias e caminhei para fora do quarto, me perdendo na imensidão de corredores, todos os lugare feitos e bem desenhados no gesso, com detalhes magníficos.

Eu suspirei encantada, chegando até grandes portas abertas, dando de cara com uma sala de jantar, havia janelas de vidro por todos os lados, grandes para que o Sol entrasse por todo o castelo.

Helion me esperava, sentado na grande mesa.

—  Bom dia. -surgiu em minha frente.

— Bom dia. -sorri de lado.

Ele me estendeu a mão e eu a aceitei.

— Como dormiu? -questionou, puxando a cadeira para mim.

— Bem, melhor do que em muito tempo. -falei.

Ele sorriu.

— Fico contente com isso, Mali. -me chamou pelo o apelido.

Eu encarei comida surgir em um prato.

— Helion, queria pedir sua ajuda para algo. -falei pondo o suco no copo.

— Diga. -ele incentivou, comendo um pedaço de bolo.

— Eu quero encontrar o meu pai. -falei.

Ele se engasgou.

— Como?

Eu tomei um gole do suco e o encarei.

— Quero encontrar o meu pai. -repeti.

— Assim? Sem mais nem menos? -me encarou, se recompondo.

Eu assenti.

— Quero saber de algumas coisas. -falei.

— Acho que demorará para o encontrarmos. -ele disse.

— Mas eu sei quem ele é e onde está. -falei.

Ele me encarou, com as sobrancelhas erguidas.

— Então será muito mais fácil, me diga, quem foi o ser que fez essa coisa linda? -apontou para mim.

Eu suspirei.

— Rhysand, grão-senhor da corte norturna. -falei.

Ele se engasgou de novo, arregalando os olhos.

Corte De Almas PerdidasOnde histórias criam vida. Descubra agora