c a p í t u l o - 7

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— Anjos? — Edith perguntou

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— Anjos? — Edith perguntou. Não conseguiu formar uma frase inteira com o nervosismo que se apoderou de seu corpo.

— Sim, imagino a confusão, a sua pergunta seria se anjos existem? — indagou Lilayh, ela achava engraçado a menina ter dúvidas sobre a existência de anjos sendo o que era.

Edith assentiu com a cabeça. Lilayh pensava por onde começaria a explicar, afinal os anjos não são algo tão simples da mente humana compreender.

— Nós, anjos, existimos, e estamos espalhados pelo mundo, principalmente nos locais onde o mal se propaga com maior facilidade. Fazemos o que Ele nos pede e nos guia. Estamos em todo o lugar, junto com todas as pessoas nas mais diversas situações, seguindo o que Ele ordena.

— Então, você é um anjo? — Edith não deixou de perguntar, mesmo vendo a beleza etérea da mulher.

— Sou, sou uma serafim, mas isso já se trataria de hierarquia celestial — respondeu ela, com delicadeza.

— Eu sei um pouco sobre isso.

— Tenho certeza que sabe — ela falou, instigando levemente a curiosidade da menina.

Edith ficou olhando para ela, tentando imaginar como seriam suas asas. Se elas seriam grandes ou pequenas, de qual cor e formato. Ela estava adentrando em um mundo novo e desconhecido, como se houvesse saído de um livro, e deixar a criatividade e imaginação ao seu lado a ajudava a superar. Pensou por alguns instantes no que poderia perguntar.

— O que ele era? — perguntou Edith — O monstro que me atacou.

— Um demônio. Das mais altas classes — respondeu Lilayh.

— Um demônio? — Edith perguntou, meio incrédula. Então balançou a cabeça com um sorrisinho, estava na frente de anjos, por que não falar de demônios, então?

— Chama-se Abbadon, entretanto, você lutou contra o que chamamos de avatar.

— Ele me disse seu nome... espera, avatar? Como assim? — Outra dúvida surgiu em Edith.

— Avatares são corpos humanos que foram preparados para serem possuídos, corpos que se entregam para a escuridão, seres pactuados com próprio mal em pessoa. É impossível para um demônio se materializar sem força suficiente na Terra, por isso, usam de pessoas más.

— Então eu realmente matei uma pessoa? — O peito de Edith se apertou.

— Não era mais uma pessoa, sua alma havia sido destruída, além de que, se o humano decide compactuar, não há mais volta — respondeu Lilayh. — Depois que a alma é destruída, não existe mais céu ou inferno, não existe limbo, apenas o nada.

— E por que esse Abbadon me atacou? O que atacou minha mãe?

Edith parou, tentando absorver o que lhe foi falado. Ela nunca imaginou que fazia tais coisas. Ela nem acreditava muito em pactos com os seres infernais, mas depois do que acabou de ouvir, e do que viu, ela acreditava.

Asas & Dentes | CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora