Capítulo 10

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Amália

Eu dormi chorando, e tranquei a porta do quarto.

Não queria ver ninguém, jamais.

Eu estava novamente no castelo, novamente sob a montanha.

— Não acredito que deixou ela sair por cima.

Eu me virei, encarando a fêmea, dona da voz forte e elegante, da grã-rainha.

— Mãe. -sussurrei.

Ela sorriu, abrindo seus braços, sentada no grande trono.

— Oi, minha pequena matadora. -sorriu.

Eu corri em sua direção, me jogando na mesma, chorando.

— Shh, estou aqui agora. -ela disse, acariciando meus cabelos.

— Mãe, está doendo, está tudo difícil. -murmurei chorando.

— Eu sei. —suspirou— e você tem escolhas, mas preferiu escolher as erradas.

Eu a encarei.

— Como deixou a vadia daquela ex humana te pôr por baixo? —questionou séria— deixou ela te rebaixar e deixar mais lisa do que o próprio chão. -rosnou.

— Eu...

— Eu nada, Amália. Eu não te criei para ser fraca. —ela disse firme— eu não dei a luz a um ser fraco, eu não treinei uma fraca, eu dei a luz ao ser mais forte dos mundos.

Eu a encarei.

— Você é uma máquina de guerra. —ela disse— você é feita de puro poder, você não pode jamais baixar a cabeça, a ninguém, nem mesmo ao trouxa do seu pai que só sabe latir para a puta da esposa dele! -disparou.

Eu funguei e ela ergueu meu queixo.

— Nem mesmo a mim deve baixar a cabeça. —ela disse firme— nem mesmo a mim, e se algum dia baixar eu terei certeza de que você foi derrotada.

— Mas mãe...

— Sem mas, dá próxima vez que aquela vadia me denegrir, te humilhar e você ficar calada, eu juro que retorno a vida a destruo aquela porra de mundo para ver onde mais aquela ex humana de quinta vai esbanjar o título de grã-senhora, nem no inferno ela o fará, porque ele é o meu domínio. -falou furiosa.

— Sim, mãe. -falei baixando o olhar.

— Olhe para mim. -um comando firme.

Eu obedeci.

— Você é filha de dois seres poderosos, haja como tal, não deixe ninguém te tirar do topo, você treinou para ser uma lâmina a qual você e apenas você poderá empunhar, então lute. -falou.

Ela está certa.

Eu assenti.

Ela tocou o meu rosto.

— Está na hora de acordar, pequena.

Ela beijou a minha testa, e tudo não passou de luz.

Eu abri meus olhos, piscando.

— Mãe?? -ofeguei, me erguendo na cama.

Nada, estava apenas eu naquele quarto, a luz prata da lua atravessando as janelas assim como o vento.

Eu suspirei.

Eu senti uma mão em meus cabelos e disparei o olhar para o grão-senhor que ali estava.

— Como se sente? -perguntou.

Eu tirei sua mão de perto de mim.

— Bem. -respondi.

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⏰ Última atualização: Dec 08, 2021 ⏰

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