Capítulo 42| Mathilde

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'Common love isn't for us
We created something phenomenal
Don't you agree? Don't you agree?
You got me feeling diamond-rich
Nothing on this planet compares to it
Don't you agree? Don't you agree?'

- Physical, Dua Lipa

Quinta-feira, 11 de janeiro

Tento afastar-me do moreno, sentindo-me demasiado inebriada pelo seu perfume amadeirado. Contudo, Ian já havia perdido qualquer resquício de controlo que restava no seu corpo.

- Às vezes pergunto-me se prestas atenção ao que eu digo ou se a tua mente está demasiado ocupada com coisas aleatórias para isso. - provoco-o.

- Não são coisas aleatórias, morena. - ele ergue o meu corpo. - Não posso negar que é difícil concentrar-me, porque não consigo olhar para ti sem que a minha mente faça uma longa viagem.

- Podemos ter um diálogo sério? - tento ser resistente.

- Sério? - ele ri. - Eu absorvi tudo o que disseste. Conheceste os meus pais, e embora não tenha corrido perfeitamente bem, também tenho o direito de conhecer os teus. Vou fazer os possíveis para causar uma boa impressão.

- Apenas quero que sejas tu próprio. - reforço. - Eles vão gostar de ti.

- Claro que vão, eu faço a princesa deles feliz. - brinca.

- Engraçadinho. - reviro os olhos e afasto-me.

- Vem cá! - ele prende o meu braço, rindo.

Fico de frente para ele, com os braços cruzados e uma expressão contrariada. Ian deposita um beijo rápido nos meus lábios e abraça-me.

- Eu amo-te. - sussurra.

- Eu sei. - respondo.

- Mathilde, eu amo-te. - insiste.

- Eu sei. - não seguro o sorriso divertido que se apodera do meu rosto.

- Não te faças de desentendida. - encara-me, esperando que eu retribua.

- Ian... - empurro-o, mas ele mantém-se firme no mesmo lugar.

- Eu amo-te. - volta a repetir.

- Eu também te amo. - a minha voz é quase inaudível.

O moreno pressiona o meu corpo contra a parede e eu cruzo as pernas em volta da sua cintura, segurando-me firmemente nos seus ombros. A sua respiração pesada entra em contacto direto com a minha pele exposta e sinto um arrepio percorrer a minha coluna.

- Eu quero ouvir, morena. - a sua voz grave envia uma vibração diretamente para o meu útero, que se agita.

A minha respiração desregula-se, mostrando o quão afetada estou pela nossa proximidade. Não importa quanto tempo passe, Ian sempre terá o poder de me fazer fraquejar.

Os seus dedos percorrem a minha perna numa carícia lenta e bastante provocativa. Quando ele se aproxima demasiado da minha intimidade, eu arfo em expectativa, incapaz de formular qualquer palavra.

- Porque é que eu tenho a certeza de que estás molhada para mim? - a sua voz torna-se leve. - Mas, se não me amas, não poderei fazer nada em relação a isso.

Reviro os olhos, remexendo-me no seu colo. Não estou disposta a implorar pela sua atenção.

- Eu amo-te, Ian. - admito, olhando no fundo dos seus olhos. - Eu amo-te mais do que qualquer outra coisa neste mundo.

- Não percebo a hesitação. Custa assim tanto dizê-lo? - questiona.

- Já o disse imensas vezes. - reflito. - Não sei, às vezes penso que de um dia para o outro tudo pode mudar.

Não me deixesOnde histórias criam vida. Descubra agora