Capítulo 24 - Cristopher

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Saio ainda desnorteado com o que aconteceu na casa de Ricardo. Aquela aproximação me despertou alguma coisa boa, sem contar que eu novamente fiquei excitado com o corpo dela tão perto do meu.
Eu não sou nenhum tarado para agarrá-la a força, mas confesso que eu queria ter aproveitado um pouco mais.

_Eu preciso retificar essa situação. - Passo a mão na cabeça e espanto os pensamentos sobre esse episódio

Entro em meu carro e dirijo, afastando os pensamentos à respeito dela.
Isso é impossível, é claro que eu só estou sem sexo há algum tempo e com certeza é por isso que eu estou assim, ela é mulher, mas não me causa nada.
Nada, nada além de repulsa e eu provaria isso. Colocaria um ponto final nessas paranóias sem noção. Pego o meu telefone e disco um número, já fazia tempos que eu não ligava para ela mas parece que agora é necessário.

_Olá Cristopher. - Sua voz suave soou do outro lado da linha

_Como vai, Carolina? - Ouço sua risadinha

_Eu estou bem. Quanto tempo você não me liga, já estava com saudades... - Ironiza me fazendo rir

Eu e Carolina nos conhecemos há alguns anos. Ela é uma velha conhecida da Família Magalhães. Nos conhecemos em uma festa na casa de sua família e de primeira ela me encantou. Tem uma postura exemplar, é inteligente e ainda por cima é muito bonita. Começamos a nos encontrar casualmente, sem compromisso e isso é um ponto forte nela. Não fica grudada e não temos cobranças. Quando der vontade é isso mesmo e cada um segue sua vida sem encher o saco do outro. Ela não é alguém que me desperte o interesse de me relacionar, mas é uma boa foda.

_Eu te vejo hoje à noite? - Ela dá uma risadinha e eu desligo

Começo a trabalhar para que as horas passassem mais rápido. Quando olho no relógio eram quase seis horas, então organizo os documentos e volto para casa. Tomo um banho e me arrumo. Desço até o meu carro e dirijo até a sua casa. Quando estaciono, ela estava me esperando no portão, elegante como sempre. Seus cabelos estavam soltos e os fios castanhos voavam a medida que o vento batia em seu rosto. Desço do carro e caminho até ela, beijo a sua mão, a cumprimentando e pude sentir o seu perfume exalando.

_Sempre tão linda... - Ela me olha sedutora

_E você sempre tão galanteador. - Nos dirigimos ao meu carro

A levo ao restaurante e nós jantamos em um ambiente agradável e uma conversa bastante relaxante.
Por alguns instantes, eu deixo os pensamentos ruins e tudo que estava tirando a minha paz de lado.
A Carolina é uma boa moça, me distrai e me proporciona bons momentos. Fazia tempos que eu não a chamava para sair pois estava focado demais no trabalho, mas a situação já estava crítica.
Para chegar ao ponto de ter uma ereção por aquela menina, com certeza é porquê eu já estava péssimo, e para essas emergências, eu ligava para quem poderia me ajudar. Carolina não é só um par de coxas e um belo rosto, a sua companhia também era bastante agradável, mas sem dúvidas vê-la nua em meus braços era algo bem melhor. Então encerro logo a conversa, pago a conta e dirijo até o seu apartamento.

Eu não levo mulheres para a minha casa, por motivos bastante pessoais. É o meu espaço e eu não gosto que ninguém o invada. No caminho ela foi me acariciando, dando um spoiler do que iria acontecer, mas eu dirigi sem desviar os olhos da rua, em hipótese nenhuma eu quero levar multa. Entramos no seu condomínio no leblon e subimos de elevador até chegar em seu andar. Ela abre a porta e eu a encosto na parede, segurando os seus cabelos, fechando a porta em seguida.
Ela fecha os olhos e eu me aproximo para beijá-la, mas assim que ia para tomar a iniciativa eu começo a sentir um embrulho diferente, até que...

Não, isso não é possível. Isso não está acontecendo agora...

_O que aconteceu? - Ela abre os olhos

O outro lado do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora