Capítulo 61 - Aline

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Eu estava vivendo os meus melhores dias desde que fui pedida em namoro. O nosso relacionamento estava cada dia melhor, Pedro não tinha dado nenhum sinal de vida.
Eu havia conseguido um emprego em uma lanchonete perto de casa.
O vovô e Anne estavam bem e eu cuidava da minha alimentação, juntamente com o tratamento. Eu havia começado semana passada, mas ainda não tive coragem de contar ao Cristopher.

Como eu estava sem sentir nenhum sintoma e o tratamento corria tranquilamente, então provavelmente eu estaria logo curada e ele nem precisaria saber. Eu sei que a transparência é sempre necessária, mas quando eu estiver curada, eu o contaria e ele não precisaria se preocupar. Acabo de limpar a mesa e me sento. A lanchonete estava vazia então eu poderia descansar. Pego o celular e ligo para a minha família para ter notícias.
Graças a Deus eles estavam muito bem, com o dinheiro que tenho mandado eles têm vivido dignamente e a saúde do vovô estava estável. Encerro a chamada, e vejo uma ligação perdida. Provavelmente estava ocupado, então retorno a ligação.

_Olá princesa! - Ele atende no segundo toque

_Oi meu amor, tudo bem?

_Não. - Ouço o seu suspiro do outro lado da linha - Eu perdi três contratos só essa semana.

Desde que fomos vistos em público, as nossas vidas não são as mesmas. Ele têm perdido clientes e de certa forma era culpa minha. E eu que vivia no anonimato, agora recebia olhares indiscretos de algumas pessoas. Não as daqui da lanchonete, pelo contrário, eles me tratavam muito bem.

_Eu sinto muito.

_As coisas não estão nada fáceis. - Suspiro entristecida - Mas eu não te liguei para deixá-la triste e sim para te convidar para sairmos à tarde. Eu estou com saudades.

_Mas nós nos vimos ontem. - Sorrio com a lembrança

_Parece até que é pecado sentir saudades.

_Eu estou brincando, é claro que eu aceito.

_Você quer que eu vá buscá-la?

_Aceito! - Sorrio animada

_Até mais, beijos! - Se despede e desliga

Volto a limpar as mesas e aos poucos apareceram alguns clientes. Era eu e outras duas garçonetes, então o trabalho não nos sobrecarregava muito. No fim do expediente, eu troco a roupa e aguardo do lado de fora o meu namorado.
Olho para a aliança e meu Deus...
Meu namorado!
Eu estava namorando, e com um homem que até tempo atrás eu detestava. Mal vejo a hora de contar para o vovô, ele com certeza ficará muito feliz. Isso se ele não se lembrar de que foi o próprio quem comprou suas terras. Sou tirada de meus pensamentos com a imagem dele em minha frente. Eu estava tão distraída que nem percebi a sua presença.

_Olá meu amor. - Ele se senta ao meu lado

_Oi. - O abraço - Eu sei como está sendo difícil para você e eu sinto muito.

_Eu vou conseguir passar por isso. Não se preocupe. - Ele acaricia os meus cabelos

_Eu sei que vai. Você é forte!

_Vamos? - Ele estende a sua mão

_Onde vamos? Eu posso saber?

_É um lugar incrível.

Ele tira a gravata para ficar mais confortável e começa a dirigir até o local em uma conversa agradável.
Era uma cachoeira enorme e magnífica. Ele pega o cesto no porta malas do carro e nós caminhamos rumo à aquele paraíso.

_Pelo seu sorriso, eu acredito que tenha gostado do lugar.

_Sempre quis estar em um paraíso como este.

O outro lado do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora