verão, tentativas e Lee Haechan.

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Parado no final do corredor, Huang Renjun encarava logo à frente no altar o caixão aberto. Seus punhos mantinham-se fechados, tremendo, enquanto as lágrimas tentavam a todo custo serem contidas.

Renjun sempre se forçou a ser forte. Nunca chorava na frente das pessoas, nunca demonstrava que estava chateado com algo. Havia controvérsias, já que era um ômega; e ômegas deveriam ser sensíveis e emotivos.

Seu pai estava sentado na primeira fileira de cadeiras com o seu irmão mais novo no colo, o ninando e tentando a si próprio se acalmar. Mal percebeu que seu filho mais velho também precisava de si.

Renjun as vazes se sentia sozinho. Era muito jovem para lidar com esse tipo de coisa. Era muito difícil.

Com os sentimentos quase transbordando para fora do seu corpo, Renjun correu até sair completamente da igreja, parando na calçada.

Estava chovendo, uma tempestade com direito a ventania e trovões.

Deixou que aquela chuva levasse embora toda a sua tristeza e angustia. Tinha que ser forte por Chenle, por seu pai e por si mesmo.

Tentou secar as lágrimas, mas elas não paravam de cair. Maldito ômega, ele pensou. Mas não era culpa do seu gênero secundário. Como qualquer outra pessoa, Renjun também sentia, também chorava, também sofria.

Deitou-se no chão, de barriga para cima, completamente encharcado. Os pingos da chuva caiam sobre sua face, fazendo-o semicerrar os olhos. As nuvens estavam tão escuras, tão pesadas.

Assim como Renjun.

"Você não deveria estar na chuva." - ouviu alguém dizer.

Em um piscar de olhos, um garoto de cabelo escuro e olhos redondos entrou no seu campo de visão. Por mais que ele usasse uma capa de chuva, o garoto também segurava um guarda-chuva amarelo. E, Renjun sempre gostou muito de amarelo.

"Perdão?" - inclinou o rosto para o lado.

"Eu disse que você não deveria estar na chuva." - o coreano do garoto era embolado, fazia Renjun sentir vontade de rir. - "Ainda mais deitado no meio da calçada, pode ficar doente."

"A minha mãe morreu."

Renjun assistiu a feição do garoto mudar para uma triste.

"Sinto muito." - o garoto estendeu a mão. - "Levanta."

Renjun segurou a mão do jovem alfa e se levantou do chão frio.

"Meu nome é Mark Lee, e o seu?" - Mark se aproximou mais para proteger o baixinho da chuva com o seu guarda-chuva amarelo.

"Por que quer saber?" - o chinês franziu o cenho.

"Porque quero cuidar de você."

...🌂

"Fica quieto, Chenle-ah!" - Renjun pediu pela décima vez, tentando amarrar o lenço no pescoço do caçula.

"É branco!" - o mais jovem cruzou os braços e depositou um biquinho nos lábios.

"Só temos branco." - sorriu quando terminou de ajeitar o menor, se afastando minimamente para observa-lo melhor. - "Você está uma graça."

"Mas eu queria azul." - Chenle continuou emburrado, fazendo o irmão mais velho revirar os olhos.

"Ouça, Chenle." - segurou os ombros do irmãozinho. - "Você é um ômega agora, precisa ser cuidadoso com o que vai fazer ou dizer, e por tudo o que é mais sagrado, não tire esse lenço por nada." - ditou, olhando no fundo dos olhos do garoto.

O Garoto do Guarda-Chuva Amarelo [MARKREN] Onde histórias criam vida. Descubra agora