• 4 - Me ensina

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▪︎ Ponto de vista do Wilhelm ▪︎

- Isso é sério? - Perguntei já sentindo que estava prestes a infartar.

- E por que não seria?

O choque com a resposta foi tão grande que caí da cama, mas logo em seguida juntei forças para tatear a mesa de cabeceira em busca do meu celular - afinal, estava escuro - pegá-lo, e me levantar.

- Pode me dar alguns minutos rapidinho? Preciso ir no banheiro.

- Wille, você acabou de voltar de lá.

- É que eu vou assoar o nariz - O que eu realmente ia fazer era surtar, mas ele não precisava saber disso.

- Tá bom, eu te espero.

Me tranquei dentro do banheiro e abri o contato do Erik, meu irmão, ele sempre tinha uma solução para tudo.

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Mais tarde eu teria tempo de me resolver com ele

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Mais tarde eu teria tempo de me resolver com ele.

Respirei fundo, abri a porta e parei no meio do quarto ao olhar para Simon.

- Você demorou - Quando volto, a luz do abajur está ligada e o garoto me encara sentado na beira da cama, sem camisa e apenas com a cueca que vestiu na minha frente mais cedo.

- Olha só, eu preciso te contar uma coisa - Tentei evitar olhar para ele - Mas você precisa me prometer que não vai rir da minha cara.

- Não prometo nada, mas fala aí.

- Eu... Nunca beijei ninguém.

O cacheado deixou escapar uma risadinha, seguida de um "Eu já imaginava".

- Loirinho, seguinte: você quer mesmo me beijar? Porque se for uma vontade sua eu posso te ensinar agora mesmo.

Digo que sim? Digo que não?

- Me ensina - Bem direto, eu poderia ter ficado um tempo fingindo pensar só para ferir o ego dele. Seria engraçado.

- Certo, senta aqui no meu colo então.

Acho que pulamos algumas etapas do processo - ou melhor, todas - começando a pensar se estou mesmo em um quarto ou em um cabaré.

- Pensei que você ia me ensinar a beijar e não a fazer outras coisas.

- Por enquanto só isso, mas essa é a próxima lição.

Me aproximei dele e sentei em seu colo, com uma perna de cada lado do seu corpo, completamente perdido sobre o que deveria fazer.

Ele passou seus braços pelas minhas costas para que eu não caísse e colocou minhas mãos no seu tórax.

- Wille, você tá bem com isso? Porque você tá suando muito.

- Tá de boa - Talvez eu estivesse quase morrendo ali, mas precisava fingir controle - Eu só tô meio nervoso porque você é muito bonito.

- Sou, né? Eu também acho.

Nota mental: Nunca elogiar ele de novo.

- Mas você tem certeza de que quer continuar? Porque... - Antes que ele pudesse terminar a frase, tomei coragem coloquei minhas mãos no seu rosto, o puxando para um beijo.

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▪︎Ponto de vista do Simon ▪︎

Ele beijava bem para quem nunca havia feito isso antes. De vez em quando eu precisava dar uma dica ou outra, mas no geral tinha sido muito bom.

Não sei por quanto tempo fizemos isso, mas não demorou muito para que eu mostrasse sinais de que começava a ficar excitado.

Forcei a parada do beijo, abrindo meus olhos e continuando a segurar em seus cabelos.

- Preciso que você saia de cima de mim, agora.

- Mesmo? Mas tá tão bom. - Ele agora me olhava, e eu achava tão fofo quando falava em um tom manhoso.

- Eu fui muito ruim? Não entendi o motivo de... - O garoto olhou para baixo, onde percebeu que eu já estava duro e corou de uma maneira que eu nunca havia visto na vida.

Pensei que ele iria sair de cima de mim e fingir que isso nunca tinha acontecido, mas ao invés disso o filho da puta me encarou e começou a rebolar na minha ereção por cima do tecido.

- Gatinho, desse jeito você vai me matar.

- Você quis dizer "mamar"? Porque se tiver sido isso, saiba que eu adoraria - Ele agora tirava sua camiseta e a jogava para longe.

- O que aconteceu com o garoto de alguns minutos atrás que tinha vergonha até de respirar perto de mim?

- Também não sei, deve voltar quando amanhecer. Tira isso - disse passando uma de suas mãos pela minha cueca - Quero experimentar outra coisa nova hoje.

- Pode deixar. - Assim que ele saiu de cima de mim e me levantei para tirá-la, alguém bateu na porta.

- Simon? Você tá dormindo?

- Porra, é minha mãe - Sussurei para ele - Se esconde, rápido!

Wille entrou embaixo da minha cama e eu tentei me vestir na maior velocidade que conseguia, mas escorreguei ao tentar colocar minha calça e caí de cara no chão.

- Que barulho foi esse?! Simon, eu tô entrando.

O loiro também se assustou com o barulho, esqueceu que estava embaixo de uma cama e bateu a cabeça, saindo dali automaticamente e reclamando da dor logo em seguida.

Em alguns segundos minha mãe havia destrancado a porta e a situação não ajudava nem um pouco: o filho dela quase nu, caído no chão ao tentar vestir uma calça, com outro garoto sem camisa em um quarto trancado e apenas com a luz de um abajur. Eu não tinha nenhuma explicação para isso.

E o pior é que nem consegui receber meu boquete.

- Antes que tentem: não quero ouvir nada, o que eu vi já foi suficiente. Garoto, vista uma camisa e vá pra casa, eu e o Simon vamos ter uma conversinha.

Eu tinha medo de poucas coisas na vida: 1-) Ratos - eles são aterrorizantes com aquelas patinhas, não me julgue; 2-) Minha mãe brava. E ela com certeza estava muito brava agora.

Nunca vi alguém colocar uma camiseta tão rápido como Wille fez, e nem preciso dizer que saiu da casa em uma velocidade maior ainda.

Eu já estava me preparando mentalmente para a bronca gigante que iria levar.

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☆ Notas do autor: Voltei, galerinha. Agora talvez eu consiga atualizar com mais frequência já que estou de férias 💖

Eu te odeio tanto que acho que te amo - Simon e Wilhelm (Young Royals)Onde histórias criam vida. Descubra agora