Era uma manhã fria e cinzenta, não haviam sinais que mostravam um dia bom pela frente. Afinal, inverno era sua estação detestada.
Adrian bate com força no chão após a corda que está enrolada em seu pescoço se romper. Ao cair ele começa a chorar e diz.
—Eu não sirvo nem mesmo pra me matar!
Adrian se levanta e olha para o relógio, nele, o horário marca 06:30AM. Sem dúvidas estava atrasado para seu primeiro dia de aula do ensino médio. Ele levanta num pulo, fazendo com que seu dedo mindinho bata no pé da cama. "O meu dia sem duvidas será uma merda!". Ele deduz.
Adrian vai ao banheiro e se olha no espelho. Ele desliza as mãos sobre seus cabelos curtos e liso. A luz do dia destaca sua pele clara que ressalta o tom negro dos seus fios que cobriam seu olhar.
Adrian abre a porta do seu quarto que produz um rangido irritante, ecoando pelo corredor da casa velha. Ele anda devagar pelo piso de madeira do andar de cima. Mesmo com os pés leves, seus passos causam um ruído alto.
Adrian desce as escadas deslizando a mão sobre o corrimão empoeirado até chegar na sala. Ele anda suavemente sobre o tapete vermelho em que ali habita em direção a cozinha. Ao chegar lá, Adrian vê uma mulher baixa, com uma aparência jovem, o tom azul de seus olhos eram vivos, assim como os dele. Seus cabelos ruivos e curtos realçam as poucas sardas em seu rosto pálido. Era Lara.
Ela estava sentada em uma cadeira, tomando café em uma xícara avermelhada.—Bom dia, garoto.
—Bom dia, Lara.Lara afasta a manga comprida de sua blusa do punho, procurando o relógio. Quando vê a hora, levanta sua cabeça e lança um olhar de frustração diretamente para Adrian.
—Acho que tem alguém atrasado aqui. Daria pra você andar mais rápido? Não estou afim de te dar uns tapas agora! Seus livros estão na cômoda do quarto.
—Ok, Ok! Srta. Certinha. Já estou saindo.Toma um gole de café, coloca sua xícara na mesa e sai da cozinha num pulo, dando uma risada exageradamente irônica.
"Que mané." Lara pensa.
Adrian entra em seu quarto e pega seus livros. Localiza seu tênis ao lado do criado mudo. Enquanto colocava seu tênis, ele repara um papel velho. Curioso com o que havia no papel, Adrian o abre rapidamente. Nele, estava escrito:Para Adrian.
Querido filho,
Você já deve ter 16 anos e eu creio que já estou morto.
Eu te deixei com minha amiga Lara quando você tinha apenas 2 anos, ela cuidou de você, assim como eu pedi que fizesse.
Eu tive que te deixar, porque eu sou uma pessoa ruim, nada do que eu faço é bom, eu tive que te manter longe da minha vida para que não se machucasse assim como sua mãe. peço perdão por ter passado sua infância inteira sem saber de mim e de sua mãe. Eu fiz isso por você porque eu te amo, não esqueça disso jamais!
Agora é a sua vez de fazer aquilo que eu não consegui. Não me decepcione! Eu acredito em você.Havia uma explosão de fúria e confusão em sua cabeça. Os olhos de Adrian se encheram de raiva, ele desceu das escadas correndo com seus livros abaixo do braço e a carta em sua mão. Chegando na cozinha, ele lança seu olhar esbugalhado para Lara. Com o tom alterado, Adrian pergunta furiosamente:
—MAS QUE BABOSEIRA É ESSA!?
—Oque aconteceu garoto? Você tá doido?
—ACHEI ESSA CARTA HOJE DE MANHÃ NO MEU QUARTO, E ODIEI ESSA BRINCADEIRA DE MAL GOSTO QUE FIZERAM SOBRE MEU PAI!
—Deixe-me ver essa carta resmungão!
Adrian... Érr... Parece que chegou a hora de você saber.
-SABER O QUÊ, LARA!?
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Esperança ardente
FantasyAdrian é um garoto tímido, rebelde e totalmente desligado de tudo, que vive com sua tia adotiva. Cansado de tudo e de todos Adrian tenta suicídio, que acaba falhando após a corda se partir ao meio. Em sua comôda ele acha uma carta que mal sabe mas v...