Prólogo

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Apenas os sons dos meus passos eram ouvidos enquanto eu corria naquela noite escura. Ainda estava tentando entender tudo o que levou à aquele momento.

Mesmo que eu nunca tenha gostado dele durante toda minha vida, não achei que algo como isso estaria acontecendo.

Eu corria como nunca corri tanto na minha vida, maldito Dick Novak.

Olhei pra trás por uns segundos e logo vi que ele estava muito perto de mim, eu estava perdido. Senti meu corpo cair com a força do corpo dele sobre o meu, Dick conseguiu me alcançar e me derrubar.

— Baby, eu sabia que não ia tão longe. – Ele sussurrou.

— Que porra você tá fazendo? Me deixa em paz. – Disse tentando me soltar.

— Sabia que eu sempre tive uma queda por você? Mas eu me contive porque pensava que você era o hétero santinho da família, mais ver você beijando aquele menino me deu esperanças. – Ele diz, eu sinto que vou vomitar.

— Somos primos Dick, isso é nojento. – Digo.

— Qual é baby, você sabe que muitos primos se pegam e alguns são até casados. – Ele fala.

— Foda-se eu não gosto de você assim. – Falo.

— Porque?! Eu não sou suficiente pra você? – Dick começa a gritar e eu vejo seus olhos vazios e um arrepio toma meu corpo.

— Sai de cima de mim! – Grito também o empurrando.

— Castiel eu vou ter você, por bem ou por mal. – Ele rosna.

Começo a me debater e gritar, não é possível que não apareça uma pessoa pra me ajudar.

— Adoro quando gritam. – Ele sorri.

Que nojo, e pensar que eu não fui o primeiro a sofrer nas mãos dele faz meu sangue ferver.

— Você é tão gostoso. – Ele diz e começa a abrir minha calça enquanto eu luto contra ele.

Entro em desespero ao vê que ele é mais forte que eu, mas não vou ser estuprado por um maníaco, não mesmo.

Começo a tatear o chão e seguro uma coisa que acho que é uma pedra, com toda minha raiva e coragem acerto sua cabeça e ele cai do meu lado.

— Desgraçado! – Ele grita.

E é minha vez de o imobilizar no chão.

— Fala! Quantas pessoas você já estuprou Dick?! – Grito com fúria.

— Algumas querido Cassie, sabe aquele nerd que não fala com ninguém na sala? Ele era uma delícia. – Dick sorrir.

— Desgraçado! – Grito e volto a acertar sua cabeça com a pedra.

— Isso é por mim! – Mais uma pancada — Isso é por ele! – mais uma — Isso é por todas as pessoas que você feriu! – O acerto de novo e perco o controle, quando dou conta de mim, minhas mãos tremiam e o rosto de Dick estava irreconhecível.

Me afasto bruscamente e arfo pesado.

Dick estava morto, eu o matei.

Saio correndo dali e vou em direção a minha casa sem me preocupar com a minha situação. Assim que abro a porta vejo meus pais na sala e eles vem até mim chocados.

— Castiel, o que aconteceu? – Meu pai pergunta alarmado.

— Dick... eu-eu matei o Dick. – Sussurro e vomito ali sobre os olhares de choque dos meus pais.

A poison called sin - DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora