CRIMINALS | l.s

✯ forty.

Episode: Lie to Live.

Porque era necessário matar Luke Withlock para dar um fim em tudo.

Não só parecia, era o que se deveria fazer.

Desde os mínimos detalhes que foram pegos até agora, algumas coisas já apontavam que era preciso deixar Withlock morto.

"Era preciso matar o líder para matar o plano." "Você precisa matar Luke Withlock."

Mas não deveria ser tão fácil assim, não. Ele nunca deixaria de ser tão fácil. A esse ponto, eu não duvido que Luke tenha dado um jeito de deixar a pele a prova de balas. Nada mais do que vinha de Luke estava me surpreendendo.

Quando abri meus olhos hoje já havia percebido que meu dia começou melhor que muitos outros. Eu não enxergava nada além da parede à minha frente, minhas pálpebras ainda estavam cansadas e eu as fechei outra vez. Senti um braço em minha barriga, envolvendo-a com força e um ar quente sendo deixado em meu pescoço.

Não foi de imediato que eu me arrepiei, mas sim aconcheguei. Parecia que eu estava acostumado com a sensação então apenas aproveitei aquilo.

Tive que dar um jeito de me virar, logo dei de cara com Harry, seus olhos fechados e sobrancelhas franzidas – talvez por eu ter me afastado. Suas mãos quentes ainda estavam em minha cintura nua, minha blusa um pouco levantada. Encaro até que Harry começa a se aproximar, parecia estar procurando por minha nuca, tudo o que ele encontra é minha bochecha.

Seu nariz acariciou aquela parte do meu rosto suavemente, me coloquei de barriga pra cima enquanto isso. Por debaixo do lençol sua perna voou para cima da minha cintura, uma forma de ficar mais confortável.

— Eu gosto do seu cheiro de manhã — Harry disse preguiçoso e manhoso.

Suspiro e passo meu braço em suas costas.

— E eu gosto de você — Contei.

Sei que não estou de olhos abertos agora, porém consigo ter noção de que ambos estamos sorrindo da mesma forma. Harry afasta o rosto para me olhar e não demoramos muito para juntarmos nossas bocas mutuamente. Não é mentira quando digo que gosto de Harry, também não é novidade – eu poderia falar isso exageradamente sem me importar. E, às vezes, acredito que seja o mesmo para ele quando me beija.

Quando sua boca está selada na minha e isso nos impede de falar bobagens, posso ter certeza de que algo sério está rolando e realmente rolou entre nós dois. De que não são só beijos temporários ou um encobrimento do espaço vazio que nossa vida nos deu.

— Deveríamos... — Harry começa a falar, acabo sendo tomado pelo sentimento de continuar beijando-o e não dou tempo de terminar.

— Continuar aqui até o resto de nossas vidas? — Brinco arfando no final. — Eu não me importaria...

— Eu gostaria disso. Muito — As mãos de Harry tocaram minha bochecha. Meus olhos estão fechados. — Deveríamos levantar e começar a planejar.

Bufo para mim mesmo. Irônico considerando que eu iniciei tudo isso.

— Começar a planejar o que faremos esta tarde, noite, e amanhã, nós dois juntos. Se for isso, concordo completamente.

Harry se intriga com minhas palavras de forma engraçada. Ele ainda me beija quando me dá espaço para colocar meu corpo para mais pro meio da cama e passar a perna para que as duas fiquem ao lado de minha cintura. Adoro quando Harry está por cima, adoro Harry.

Minhas mãos encontram seu cabelo, eu poderia me acostumar com a falta de seus fios longos. Eu me acostumaria com qualquer coisa dele. Afinal, é Harry.