Seth POV
Sam teve pesadelos aquela noite.
Acordei com a movimentação na cama e a envolvi em meus braços, conversando baixinho para acalmá-la, agradecendo por ela não ter acordado para uma crise violenta do pânico ou de ansiedade.
Em compensação, eu não consegui dormir nem mais um segundo aquela noite, preocupado, então fiquei ao seu lado, acariciando suas costas, tentando tomar conta do seu sono enquanto cantarolava baixinho, até ela acordar com o barulho do despertador.
- Bom dia – sorri. Por favor, que ela não perceba que eu não dormi!
- Bom dia, Seth – falou, sua voz arranhando minimamente na garganta. Não precisei de mais do que isso para perceber que os pesadelos não cessaram e que ela tá prendendo o choro só pra não me preocupar.
Com carinho a puxei para mim e a apertei em meus braços, sentindo seu corpo estremecer levemente. Eu não vou falar nada. E não vou pedir para que ela fale. A gente não precisa. Eu não preciso. Tudo o que eu quero nesse momento é que ela seja capaz de esquecer toda a dor e o sofrimento que aquele... que o pai dela a fez passar. E que consiga esquecer o medo que ela tá sentindo agora também.
- Eu te acordei, não é? – perguntou por fim, erguendo o rosto do meu peito para poder me fitar. – Você tá com umas olheiras horríveis e eu sei que você sabe que eu não dormi bem...
Dei de ombros.
- Eu não sei do que você tá falando – me fingi de desentendido. – Eu acordei pouco antes do seu celular despertar por pura coincidência.
- Sei... Eu sei que sim... – revirou os olhos, nem um milímetro sequer convencida do que eu falei. Sorri. Ela me conhece bem até demais. E eu aposto que eu estou fazendo caretas de preocupação sem nem sequer perceber. – Você dormiu bem? – desafiou.
- Ao lado da mulher mais incrível do mundo? Como eu poderia não dormir? – devolvi, galante, arrancando uma risadinha dela. Ótimo. Mesmo que seja um pouco, eu espero conseguir distrair você...
Sam sorriu e se esticou, apoiando o peso do seu tronco no cotovelo, para poder alcançar minha boca. O beijo não passou de um selinho demorado, o que rendeu alguns grunhidos e protestos da minha parte. Como ela acha que eu vou aceitar só isso?
Levei minha mão à sua nuca, colando seu rosto ao meu novamente, clamando com necessidade a sua boca com a minha.
Sorri ao sentir sua mão se enroscando em meus cabelos, completamente entregue ao beijo.
- Eu deveria me arrumar – falou contra a minha boca, mas ela mesma voltou a me beijar, sua língua me explorando com ferocidade.
Deslizei minha mão pelas suas costas, sentindo sua pele quente, até chegar às suas nádegas, onde apertei uma, fazendo-a arfar, e então me afastei.
- É melhor eu te deixar ir antes que eu faça você se atrasar – murmurei, minha voz saindo muito mais grave do que o costume, só porque eu estou excitado pra caralho e não consigo parar de pensar em possuí-la agora, em sentir o seu calor me envolvendo, de ouvi-la gemer meu nome... Grunhi sentindo meu pau latejar. Porra!
- Eu conheço um atalho... – sorriu maliciosa. – E hoje eu tenho os dois primeiros tempos livres – me beijou de novo. – Mas eu continuo esquecendo de criar um alarme separado.
- Acho que eu posso agradecer a isso, então – a puxei para cima de mim, sentando ela em cima do meu membro, que já me incomoda na boxer.
Levei minhas mãos ao fecho do seu sutiã, pra logo em seguida envolver seus seios macios com as minhas mãos, tomando cuidado para não acabar machucando ela por apertar demais.
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Transições
RomansaSam é uma garota com um passado complicado e marcado por traumas familiares e pessoais, que foi obrigada a virar as costas para toda uma vida e começar tudo de novo ao precisar se mudar para um lugar completamente novo. Movida pela paixão por esport...