Corte de Asas Perdidas. CONCLUÍDO.

23

A Reunião dos Grão-Senhores estava ocorrendo em Velaris daquela vez, todos haviam chego havia um dia e a verdadeira reunião já havia ocorrido, agora entretanto tudo o que restava era fazer a corte, jantares, almoços, bailes. Aquela reunião havia se tornado um grande evento e muito esperado por toda Prythian, afinal, um novo costume de dar uma festa na cidade cede para os povos de todas as cortes de tornou muito popular e bem vista. 

Feéricos e Grão-Feéricos de todas as partes estavam em Velaris para aproveitar o verão estrelado da linda cidade e festejar com várias outras cortes, era um momento de paz e alegria. Nyx observava a cidade lotada de turistas e as festas, era lindo, todas aquelas pessoas, toda aquela energia positiva que parecia deixar o ar até mesmo perfumado, era uma delícia. Ele sorriu casto escorando os cotovelos no parapeito do terraço na Casa do Vento e abriu um pouco as asas, estava relaxado.

Sentiu o peso de uma mão em seu ombro direito e olhou para aquele lado vendo Raphael, o macho subiu e desceu as sobrancelhas com um sorriso malicioso nos lábios, desde o começo da reunião ele tinha em mente levar Nyx para a farra, para aproveitar os três dias com tanta gente de fora, fêmeas de fora, mas claramente Nyx não iria e quando ia dizer não mais uma vez, uma luz prata forte iluminou os céus noturnos chamando a atenção de todos na festa na Casa do Vento e por toda Velaris. 

Nyx arregalou os olhos vendo aquela estrela cadente prata com uma calda de chamas caindo, indo em direção ao norte. Múrmuros começaram a ser ouvidos, alguns assustados, outros supressos, mas o futuro Grão-Senhor quase não conseguiu manter o coração dentro do peito e talvez por puro impulso abriu as asas batendo com extrema força levantando voo, ele escutou as vozes de deus pais e tios os chamando, escutou ao longe a voz de Raphael dizendo que ia segui-lo, mas não importava, nada importava, era aquela estrela que Nyx estava esperando por cinquenta anos, aquela maldita estrela e não iria perde-la de vista.

Os dois machos voavam o mais rápido que podiam seguindo a estrela cadente, estavam agora muito longe de Velaris e mais próximos das estepes illyrianas até que enfim o corpo celeste prateado colidiu com o chão fazendo uma onda de choque ser liberada junto de chamas prateadas. Nyx e Raphael foram repelidos pelo impacto e protegeram seus rostos com os braços, foram levemente feridos tendo partes de suas roupas pretas rasgadas pelos estilhaços e quando terminou, ambos ofegantes olharam em direção a cratera rodeada por chamas azuis e prata, a fumaça não os permita ver o que tinha no meio, mas Nyx não a esperou se dissipar e avançou para ali.

— Nyx! — chamou Raphael o seguindo para o solo abaixo. 

Quando os dois machos se aproximaram batendo suas grandes asas de envergaduras impressionantes a fumaça se dissipou e ambos pousaram vendo o que havia ali e um ar de decepção emanou de Nyx, mas ele logo sorriu largo vendo o pequeno pigga que aos poucos acordava do impacto.

— Forkas... — disse Nyx baixinho se aproximando do pequeno feérico e o queixo de Raphael caiu. 

Forkas, que estava vestindo uma bermuda verde, camisa rosa, uma gravata borboleta preta e suspensórios aos poucos fora focando os pequenos olhos escuros e a imagem embaçada de Nyx começou a ficar mais nítida.

— Nyx! — exclamou o pequenino se levantando num pulo e indo para os braços de Nyx que o abraçou com força. — Deu certo! Deu certo eu consegui!

— Mas que caralhos? — disse Raphael vendo o amigo cujo as asas estavam esparramadas no chão e abraçava Forkas com todo amor e carinho. Nyx então separou um pouco o abraço vendo a face suja e com pequenas escoriações do pequenino.

— Você está bem? Como conseguiu voltar? E Hela? — perguntou o macho fazendo com que Raphael erguesse as sobrancelhas.

— Hela? — perguntou o filho de Azriel e Nyx apenas o olhou por alguns segundos e depois voltou a atenção para Forkas que começou a soluçar, estava chorando e aquele choro fez o coração de Nyx quase parar no peito.