Perdas.

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Respirei fundo ao sair do avião. Puxo todo o ar que consigo, o ar da minha querida Atlanta. Finalmente eu havia recebido alta daquele maldito hospital e agora estava indo ter notícias do meu homem. Recebi uma série de broncas e tudo mais, fora que se eu me estressar posso ter um aborto espontâneo. — Então estou tentando ser mais calma. Dois dias sem falar com jeongguk e já me sinto uma completa merda. Me sinto sozinha sem seu amor ou qualquer forma de amparo seu. 

 — Vamos? O carro chegou. - Suho diz ao meu lado. Afirmo colocando os óculos escuros e o sigo até o carro preto que nos esperava. Nossas malas já estavam no carro. Suspirei olhando a janela. — Quer ir logo ao…- corto-o.

— Ao hospital! - digo rápido. Aperto minhas mãos na barra da minha saia, estava suando igual uma verdadeira idiota. Estava sentindo que dentro de mim faltava toda aquela serenidade que eu tinha. Algo em mim estava faltando…

Depois de alguns minutos irritantes finalmente chegamos ao hospital. Desci tão depressa do carro que senti o mundo girar,me apoiei no carro voltando ao normal. Segurei minha barriga sorrindo baixo, e sem muita demora adentro no hospital. - Mordo os lábios nervosa enquanto me apoiava em Suho que estava olhando pra frente, com aqueles óculos escuros exalando serenidade, tal coisa que faltava em mim. 

— Olá bom dia. - Chamo a recepcionista. — Os pacientes, Jeongguk e Stefan Cooper. 

— A senhora é algum familiar dos dois? 

— Mulher e filha. - Respondo com a voz arrastada batendo minhas unhas sem cor, no mármore preto. 

— Ah claro. Senhorita Cooper. Os dois estão no andar três o elevador está ali, fiquem a vontade. - ela diz tudo muito rápido me fazendo franzi o cenho. Agradeço com um sorriso mínimo e vou até lá com suho. 

Quando finalmente estávamos no andar três, minhas pernas travaram. Meus olhos encheram de lágrimas. Paro um pouco respirando fundo apertado o braço de Suho. Saímos do elevador e caminhamos pelo corredor onde tinham algumas pessoas falando baixo, respeitando os pacientes do local. De longe consigo ver o cabelo chamativo vermelho de Hoseok, ele estava acompanhado de mais três pessoas. 

Engulo em seco.

— Hoseok. - o chamo com um fio de voz. Ele se virou vindo me abraçar sem pensar muito. Fecho meus olhos segurando as lágrimas. — Deus…Ele está bem? - pergunto com a voz rouca por conta do choro.

— Não. - a voz me cortam como navalhas afiadas. Meu coração chega a doer com as batidas rápidas que aquela palavra dita por ele, repetisse várias e várias vezes na minha cabeça. — alexie… eu… Nós, não podemos perdê-lo…- ele dizia. O mesmo estava chorando igual a mim. Eu não queria viver em um mundo em que ele não fizesse mais parte de mim, eu o amo tanto que doía.

Hoseok soltasse de mim limpando as lágrimas.

— Lexie, esses daqui são a família de jeongguk. - mordo meus lábios. Agora sim, finalmente conheci minha segunda família. A minha sogra vem de encontro a mim me abraçando.

— Sinto muito nos conhecermos em um momento como esse. - ela diz e afirmo como se estivesse tudo bem. Depois de conhecer toda a família Jeon eu podia me senti um pouco mais com ele. 

— Qual é o estado dele? Já o viram?

— Não. Eles mal vem nos dá notícias. - Senhor Heng diz frustrado. Suspiro. Repreendo negando. 

— Não se preocupem iremos vê-lo em instantes. - Falei revoltada. Todo final de ano eu dou uma boa quantia para esse hospital, eu e minha mãe. Conhecemos o diretor desse hospital, o senhor Guzmán uma pessoa maravilhosa que cuida de todo esse hospital maravilhoso. Já vi fazer também algumas visitas na ala de pediatria e acabei me encantando com as crianças dali. Depois disso foi impossível não querer ajudar o hospital.

Inebriante - Jeon jungkookOnde histórias criam vida. Descubra agora