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Não é fácil controlar a emoção que borbulha no peito de Luo Binghe ao ver o pingente em suas mãos. O jade é pequena, mas não menos bonito e autêntico, perfeito para sua mãe. Ele guarda-o muito bem nas roupas e continua caminhando na neve. Os deuses foram misericordiosos com eles, pois durante meses eles puderam se estabelecer em outro país e em uma cidade chamada Yilling. Sua mãe demonstrou seus verdadeiros talentos na cozinha, conseguindo um emprego em uma pousada enquanto ele ajudava na limpeza e em tarefas domésticas.
Ele pode nunca saber, mas seu halo dourado como protagonista deu a ele um teto seguro, comida quente e um meio de vida para comprar aquela pequena jade. Ele está orgulhoso, sua visão foi muito útil para distingui-la de uma autêntica. Ninguém poderia roubá-lo. O artefato é simbólico para ele, é a retribuição pelo cuidado e amor de sua mãe, além disso, a cor é uma lembrança das roupas do homem que o salvou. Apesar do clima, ele nunca conseguirá esquecer aqueles olhos ou as roupas verdes claras.
Às vezes, quando ele está desesperado, a memória daqueles olhos pode acalmá-lo.
A cabeça de Luo Binghe levanta ,saindo de seu devaneio ao ouvir um grito infantil. Ele anda mais rápido até chegar a uma parede de pedra onde os mercadores costumam deixar seus resíduos. Sentindo um frio repentino em seus ossos seu rosto empalidece ao ver uma pobre criança sendo mordida por cães. O menino está encolhido, chorando, enquanto seu braço esquerdo cobre o rosto e o direito agarra um pedaço de pão mofado. São vários cachorros, famintos e magros, cravando os dentes nas pernas e nas costas da criança.
Não há tempo para hesitações, Luo Binghe corre e chuta um cachorro sem se preocupar com sua segurança. O animal uiva, os outros estão prestes a lançar um ataque, mas para quando Binghe chega com um pedaço um galho e começa a afastá-los. Enquanto os cachorros correm, Binghe larga o graveto e se vira para olhar o corpo do menino. Ele fica horrorizado ao ver o sangue nas múltiplas mordidas do menino. Ele cuidadosamente se aproxima do outro que estremece e soluça.
"Você...você pode se levantar?",ele sussurra lentamente, tentando não entrar em pânico. Ele ainda não é fluente na língua deste lugar, mas faz o melhor que pode entre balbuciar. Aos poucos o braço do menino desce e mostra o rosto inchado de tanto chorar.
"E-eles foram embora?"
Luo Binghe acena com a cabeça e estende a mão.
"Eles comeram...",diz o garotinho, olhando para a mão direita. Seu punho já está aberto e apenas algumas migalhas permanecem nele. "Mas...",o menino, apesar de estar com o rosto banhado em sangue, sorri genuinamente. "Você os afugentou, obrigado."
Luo Binghe fica sem palavras, uma pobre criança desnutrida, ferida por mordidas, completamente faminta e ainda ... Mesmo assim ... Ele sorri.
Se você tiver a chance de salvar alguém, não hesite, apenas salve.
As palavras de sua mãe ecoam em sua mente, assim como a imagem daquele cultivador com roupas verdes e leque.
A decisão é relativamente fácil. Ele estende a mão, formando um sorriso suave.
"Venha...mamãe vai te ajudar...com as feridas e...comida quente."
O menino olha para ele inclinando a cabeça, e seu sorriso se espalha ainda mais.
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NOTA DO AUTOR:
Muito obrigado pelo apoio desta fic. Isso realmente me anima muito. Estou tentando o meu melhor para manter os capítulos curtos.
Spoiler para o próximo capítulo: uma memória, um nome.
[🐼]:Uhuu primeiro irmão encontrado!! \ (•◡•) /
É uma pena que o autor queira escrever capítulos pequenos.
Irei tentar alcançar o autor nas atualizações.ᕙ('▽')ᕗ
Obrigada por ler e até o próximo capítulo! （‐＾▽＾‐）
