Red Queen - A Rainha Vermelha

65

Um ano e alguns meses depois...

Saí de trás da árvore, olhando em redor.
Saíra de Arcadia apenas para dar uma volta, para refrescar a cabeça.
Elena crescera bastante nesse último ano, ficando uma mistura equilibrada entre mim e Beta. Já começava a querer dizer algumas palavras e já dava alguns passos.
Lydia estava encantada com a irmãzinha e passava bastante tempo em Arcadia, apesar de sempre regressar a Alexandria por causa do Carl.
Parei de andar, escutando, tinha algo no meio da floresta e estava vindo em minha direção, bastante rápido para ser zumbi.
De repente, Dog surgiu, correndo de língua de fora e parando do meu lado.
- Dog! Que susto. - Falei, fazendo carinho nele. - O que você está fazendo aqui?
Depois percebi movimento na frente e ergui o olhar, vendo Daryl se aproximando, segurando a besta no ombro.
- Por isso você saiu correndo que nem louco. - Disse ele para o cachorro.
Sorri. - Oi Daryl.
- Oi. Sozinha?
Assenti. - Precisava pensar.
Ele franziu o cenho ligeiramente. - Problemas?
- Nao. Sabe como é, você ás vezes também precisa ficar sozinho por um tempo. - Dei de ombros. - No meu caso só posso algumas horas, por causa da Elena.
- Como ela está?
Sorri. - Enorme. Quer vir em Arcadia? Lydia também sente saudades suas.
Daryl franziu o cenho. - Também?
Revirei os olhos. - Eu também sinto sua falta. Tem coisas que não dá para falar com o Beta ou o Dário.
Ele sorriu. - Em relação ao Dário, já pediu a Connie em casamento?
Eu ri. - Estão chegando lá. - Me afastei um pouco e depois olhei ele. - Vem?
Daryl assentiu e caminhou do meu lado, enquanto me falava o que estava acontecendo por Alexandria e Hilltop.
Os fazendeiros já tinham reconstruído Hilltop, e tudo parecia de volta ao normal. Maggie, Glenn e o pequeno Hershel, tinham ido em Oceanside, deixando a liderança da comunidade com Tara e Jesus.
Assim que entrámos em Arcadia, Dário, que estava junto do celeiro, se aproximou, sorrindo.
- Daryl, por aqui?
Daryl deu de ombros. - Lydia deixou saudades.
Dário riu. - Ela já estava falando em regressar de novo a Alexandria, acho que sua vinda teve outro motivo. - Piscou o olho para mim e acaricou o Dog. - Oi Dog, bom ver você!
Revirei os olhos. - Cadê o Beta?
Dário sorriu e indicou a casa grande.
Olhei e vi Beta, sentado no chão, brincando com Elena, segurando ela pelas mãos, emquanto minha filha esticava a perna para dar um passo.
- Ela herdou a forma de gigante do pai? Está enorme. - Disse Daryl.
Sorri e me afastei, indo em direção deles.
Beta ergueu o olhar para mim e sorriu.
- Olha quem chegou! - Ele disse para a menina. - Dá um oi para a mamãe.
Abaixei junto deles e Beta me deu um selinho.
Sorri. - Oi pitica.
- E aí, chegou a alguma conclusão?
Olhei Beta. - De quê?
Ele deu de ombros. - Do que quer que você foi pensar.
Suspirei e toquei na mãozinha de Elena.
- Nem por isso.
- E trouxe o Daryl? - Ele indicou o caipira.
Olhei na sua direção e depois de novo para o Beta.
- Não, na verdade foi ele quem me achou.
- Ah. Ele veio buscar a Lydia? Porque aquela danada já quer voltar em Alexandria por causa do Carl.
Eu ri. - Deixa ela, Beta, está apaixonada.
- É como uma filha, eu me importo, tá?
Beijei o seu rosto. - E isso é muito legal.
- Mas nesse mundo é perigoso se apaixonar.
Fiz uma careta, olhando ele. - Ah é?
Ele sorriu. - Nosso caso é diferente. Além de vivermos na mesma comunidade.
- Ah tá. - Falei, rindo.
De repente, Beta levantou, levando minha filha junto e me olhou. Tinha algo no seu olhar, e eu não sabia o que era, mas estava me deixando ansiosa.
- Preciso falar com você.
Levantei e assenti. - O que houve?
- Nada. - Sorriu. - Acredita em mim. Posso pedir para a Connie ficar com a Elena?
Assenti e fiquei vendo eles se afastarem, indo junto de Connie e Beta entregou a minha filha. Logo Dário, Lydia e Daryl se aproximaram. Parecia que a menina tinha um íman.
Depois vi Beta se aproximar, passando a mão pelo cabelo e parando na minha frente, pegando uma das minhas mãos.
- Vem comigo, falamos melhor no seu quarto.
Franzi o cenho. - O que você tem, Beta?
Ele beijou a minha cabeça, colocou o braço em cima dos meus ombros e me levou junto.
- Nada, Lexie, apenas precisamos falar. Mas está tudo bem.
Subi no quarto e Beta fechou a porta, me puxando para o sofá, onde sentámos.
Ele ficou na minha frente, segurando as minhas mãos, olhando elas e depois seu olhar se ergueu e achou o meu e ele respirou fundo.
- Me desculpa, de verdade, mas precisamos falar. É sobre o Daryl.