Anjo me diz
Como chegar a você
Pra qual estrela posso te chamar
Em que sonho você está?
Anjo talvez
Meus olhos sequem ao sol
Mais uma noite cai, o que fazer?
Tudo faz lembrar você. — Calypso
N A R R A D O R A
Eros se considerava um romântico incurável.
O Deus do amor, da paixão, do erotismo, se divertia atirando suas flechas e fazendo sua criação gerar laços, conhecendo suas almas gêmeas e criando novas gerações, ele adorava o amor. Adorava igualmente saber quando o indivíduo estava mentindo, poder arrancar deles o quanto estavam apaixonadas, e adorava fazer qualquer um ficar de quatro por alguém.
Até mesmo, um Deus.
E isso havia acontecido duas vezes.
A primeira vez que Eros atingiu um Deus foi acidentalmente, ainda estava aprendendo a dominar as suas flechas. Lembrava-se bem do dia em que seu pai — Ares — estava passeando pela ilha dos puros calmamente conforme observava sua geração, e sem querer acabou disparando uma de suas flechas em direção ao divino, o alcançando em cheio sem que ele percebesse.
Suas flechas não serviam para infligir dor, por isso o ser celestial sequer notou a mudança em seu peito, isso até claro, ter uma vontade surreal de descer à terra para conhecer melhor uma ômega que havia lhe chamado atenção. Ora, seu coração que só servia para bombear sangue quase pulou do peito de tanta euforia. E assim, Ares sumiu por sete dias e seis noites, quando retornou, teve sua primeira briga com o filho pois havia entendido que aquela vontade avassaladora, era trabalho de Eros e suas travessuras.
Contudo, a segunda vez que havia atingido um Deus foi totalmente intencional e não se arrependeu nenhum pouco no primeiro momento.
Apollo estava preparado para descair na terra pela primeira vez a fim de findar a escravidão de seu povo, e certamente, Eros achou uma boa idéia criar uma nova emoção na vida do divino. Por isso, esperou ele crescer e entrar no cio para flechar o alfa que o encontrou nas terras do rei, fazendo-o com que se tornassem almas gêmeas. Assim que teve a oportunidade, flechou o Deus também, e desde então a história de amor entre Apollo e Jungkook estava escrita no livro do destino e ninguém jamais poderia mudá-lo.
No princípio, seria exclusivamente isso e Eros seguiria a sua vida como se nada tivesse acontecido. Até descobrir que Apollo havia sido sacrificado pela sua própria criação. Selvagens! E isso, o fez desenvolver um ódio letal pelo seu próprio povo.
Ele não entendia, definitivamente não compreendia como poderiam ser tão cruéis daquela forma. Viviam com lobos dentro do peito, e agiam como leões famintos prontos para estraçalhar qualquer um que estivessem em seu caminho. Por ele, estavam todos mortos. Não se podia confiar em seres que machucavam sua própria espécie, isso chegava a ser cruel.
E em virtude disso, ele quase fez o olimpo tremer quando descobriu que Apollo retornaria ao firmamento mais uma vez sem ao menos pensar nas consequências. Sua cabeça pesou e pela primeira vez ele se arrependeu de ter lhe dado um motivo para tal ato impensado, não sabia o que se passava na cabeça do Deus, mas com certeza eram coisas distorcidas da realidade.
Apollo não estava pensando direito, óbvio que não. Aquele povo havia provado para o Deus que os lobos não eram doces e puros, e sim seres que viviam na selvageria, com sede de sangue e de mortes, no entanto, ele parecia ignorar tal fato. Iria descer só para morrer novamente tentando lutar por algo que nem ao menos valia a pena, e isso notoriamente era algo que Eros não compreendia.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Marca da Maldição - JK + JM ( LIVRO I )
Fanfiction[ EM ANDAMENTO ] Jimin é um alfa lúpus que acabou sendo amaldiçoado por uma bruxa, se tornando o primeiro ômega lúpus de toda uma linhagem. Ela esperava que ele nunca mais tentasse fugir de seu destino, por isso determinou que a maldição só chegaria...