Naquela noite, enquanto voltava para casa eu não esperava presenciar uma morte e também não esperava ter que ajudar uma garota a fugir dos assassinos.
E nos dias seguintes, não esperava que eles iriam aparecer na minha escola e que minha vida não ir...
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Meu coração batia descompensado enquanto eu acelerava mais e mais pelas ruas, olhando pelo retrovisor podia ver um carro me perseguindo. Quase gritei de ódio quando vi que estava ficando sem gasolina, bati no volante com força e acelerei mais ainda.
Avistei um posto de gasolina um pouco mais a frente, não pensei duas vezes antes de acelerar mais e logo parar na frente do posto. Sai do carro e o tranquei, caminhei até a loja de conveniência e ouvi o sininho de cima da porta tocar quando eu abri ela.
Peguei um salgadinho qualquer e uma bebida na geladeira da loja, me aproximei do balcão no mesmo momento que a porta foi aberta de novo. Não precisei olhar para saber quem estava entrando, senti alguém parando do meu lado e vi uma mão ser estendida e ele entregou uma nota de cinquenta para o cara que estava atrás do balcão.
- Fica com o troco._ Matteo falou, antes de me segurar pelo braço e me puxar dali.
- Valeu por pagar pra mim._ revirei os olhos quando saímos da loja e vi o carro prata que me perseguia estacionado atrás do carro da Ayla_ Estava sem dinheiro mesmo.
- Cadê ela?_ perguntou me prensando no carro.
- Ela quem?_ perguntei me fazendo de desentendida.
- Skaylar._ ele praticamente rosnou pra mim, me prendendo entre seus braços.
- O que quer com ela?_ perguntei abrindo o pacote de salgadinho.
- O que você acha que eu quero?_ perguntou ironicamente_ Cadê ela?
- Não faço ideia._ peguei um pouco de salgadinho e levei até a boca, vendo ele morder os lábios com raiva.
- Não me teste, Skaylar._ ele falou com raiva.
- Olha só, ela não está aqui._ apontei para o posto a nossa volta e ele revirou os olhos_ Sei o que querem com ela e também sei que ela não vai falar nada. Ayla é medrosa demais para isso.
- Como pode ter certeza?_ perguntou olhando em volta e eu suspirei.
- Tendo. É sério Matteo, ela não vai falar._ garanti pegando mais salgadinho_ Agora, pode me deixar ir e parar de perseguir a Ayla?
- Então ainda posso te perseguir?_ perguntou sorrindo, me encarando nos olhos agora.
- Bom, se você conseguir._ dei de ombros e ele abriu um sorrisinho de lado, descendo seu olhar para minha boca_ Tenho que ir.
O empurrei de leve para trás e me aproximei da bomba de gasolina, mordi o lábio quando lembrei que não trouxe meu cartão.
- Matteo._ chamei me virando para ele, que parou de andar e se virou pra mim_ Me faz um favor?
