capítulo 01

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É só uma conversa.

Repito mentalmente ao chegar na recepção , que fica a poucos metros da sala de estar. Esperei minha entrada ser confirmada— difícil quando se passa das uma da manhã — coloco minhas mãos no meu bolso e busco a escadaria que leva aos quartos. 

Dou três toques na porta. 

— Sempre mal-humorado. Eu sei que é do seu costume fazer essa cara emburrada, mas o'que caralho aconteceu dessa vez ? Arrumou alguma briga ou perdeu o carro ? 

Das diversas situações da minha vida,  dizer as coisas no momento que me der na telha , sempre foi um privilégio. Em nenhuma circunstância sinto peninha , e muito menos arrependimento. Posso soar como : arrogante , metido e sem coração. Porém , fingir empatia não é comigo. Prefiro magoar do que esperar ser magoado. 

— Espero que essa seja a última vez que presencio suas " visitas" ao meu apartamento — dou um passo à frente— sem meu consentimento. Não faço a menor ideia de onde estava com a cabeça, quando insinuou um relacionamento aos meus pais , logo eles... iludidos por pouca merda.

Suas mãos agarram a gola da minha camisa social e ouço a porta trancando, automaticamente, atrás de nós. Espero uma resposta por alguns segundos , mas vejo seu olhar predominar cada comprimento do meu corpo. 

— Uma última transa.

O aroma doce torna-se perceptível agora com nossos corpos colados, isso deixa estampado na minha testa que eu era o único que tinha intenção de dialogar… 

Esquece quem eu sou.

                                ღ

Os gemidos ecoavam por todo o quarto. Só esperava algum funcionário ou segurança bater na porta a qualquer instante , por causa do barulho dos nossos corpos. Coloco minha mão em sua boca para abafar um pouco , enquanto ajudava na penetração com uma das mãos na sua cintura. 

Sua bunda balança em minha frente com as tapas que recebe por fazer todos os vizinhos escutarem. 

Aquele cabelo liso e azulado, enrolado em minhas mãos, ficavam mais atraentes sendo puxados para trás, enquanto meu corpo inclina para beijar seu pescoço. 

A hyuuga começa a me instigar, querendo me satisfazer e receber sua recompensa.

— fica quieta, puta! 

Ergo suas mãos e coloco acima de sua cabeça. Posicionando a glande do meu pau na entrada de sua vagina devagar , sem intenção de penetrá-lo rapidamente. A hinata, em resposta, contraí , implorando para que eu avisasse quando chegasse perto do ápice. 

—Goza na minha boca.

Largo seus dedos a deixando ficar de joelhos. 

Olho a sua Língua para fora e começo a bater punheta em sua frente. Arremesso todo orgasmo em sua boca. Penduro minha cabeça para trás logo depois que vejo-a passar seu dedo na última gota, colocando na boca com seu olhar fixamente em mim. É estranhamente excitante quando engolem meu semên.

— Pensei que duraria mais hoje — puxa o lençol cobrindo seus seios.

—Duraria se fosse minha intenção ao vim nesse lugar. Porém, deixamos tudo no seu devido lugar. Não ouse atrasar mais minha vida, nunca estivemos em um status civil e se continuar invadindo minha casa ou minha privacidade…não irei responsabilizar por minhas ações. 

 Levanto da cama pegando minha calça jogada no canto da quarto.

— O arrependimento não vai ser meu — sorri desconcertada — o banheiro continua no mesmo lugar. O suor está escorrendo em sua testa , Narutinho. 

Entro no banheiro abafando a voz da hyuuga que não parava de provocar e ironizar minhas palavras. Ligo o chuveiro para aquecer um pouco e vou olhar se ainda havia roupas minhas no gabinete abaixo da pia. Por sorte encontrei algumas coisas minhas. Separo as que eu vou usar e entro no box molhando meu rosto na água gelada. 

O perfume da Hinata escorria por todo meu corpo , sendo levado pelo líquido. Passo mais alguns minutos debaixo do chuveiro, evitando trocar sequer uma palavra mais. 

 Passo a toalha entre meus cabelos retirando o excesso de água.

Encontro ela deitada sobre a cama , encolhida com seus cabelos jogados no seu rosto. A hyuuga encontrou uma posição confortável em seu sono. 

O quarto quente por causa do sexo não "terminado", me deu calafrios, causando um pequeno choque. Pego meu tênis perto da porta e ponho a camisa em meus ombros. Dei uma última olhada antes de sair, contemplando o estado que havia deixado o lugar e a hyuuga.

— Acorda porra! , preciso de você agora —passo entre o enorme portão da mansão — estou querendo umas bebidas, o estoque lá do meu apartamento acabou e quero virar a noite hoje ou — confiro o relógio — começar o dia bem — reformulo minha fala ao ver que está quase amanhecendo. 

— Não me diga que foi na casa dela— Sai bufa— te encontro na esquina , tenho algumas garrafas lacradas aqui.

Desligo a chamada. 

Depois de alguns minutos sai chega permitindo a minha entrada no seu carro. 

Durante todo o caminho não trocamos nem sequer uma palavra e não insistimos em puxar assunto , pois tenho certeza que me descontrolaria só de lembrar daquela pessoa e das ações que tomou para chegar nisso.  

Ao observar que estava próximo ao Condomínio , pego o pacote cheio de álcool e tiro uma quantia da carteira. 

— Está achando que vai beber sozinho? Vamos , vaza do carro , daqui a pouco a madame acorda me procurando. Só vou estacionar, pode ir na frente. 

Com a resposta que recebi reviro os olhos , pois esperava nada mais que essas palavras.

                                ღ

Observo uma mão impedindo de fechar o elevador para que eu pudesse entrar. Nenhum agradecimento saiu de minha boca , apenas continuei encostado no vidro esperando meu andar chegar. 

O frio chegou em uma parte aberta da minha roupa. Evitei entrar em contato visual , com a sua presença,  mas senti seu olhar me predominar sem ao menos disfarçar. Essa atitude me deixou completamente invulnerável, coisa que nunca aconteceu comigo, Naruto Uzumaki.  

Ao sair, tento enxergar seu rosto, mas tudo que consigo identificar é o lugar que seus passos direcionaram. Jamais negarei que minha curiosidade despertou em querer saber quem é essa moça!

                                

Submissos - Naruto UzumakiOnde histórias criam vida. Descubra agora