Capítulo Único

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(POV Sasuke)

A ideia de passar o natal viajando a trabalho não era nenhum pouco atrativa, visto que minha família estava neste momento reunida do outro lado do mundo, prontos para comemorarem todos juntos numa grande festa, enquanto eu estava ali preso naquele quarto de hotel.

Felizmente chegaria a tempo para a virada do ano, e poderia matar a saudade dos meus pais e principalmente da minha esposa e filha. A propósito, ainda precisava comprar um presente para Sarada, a pequena Uchiha tinha deixado claro que estava esperando por um.

Olhei para o relógio onde mostrava que passava do meio dia, como não havia nenhuma reunião programada para hoje, só me restava ficar ali deitado lendo enquanto esperava pela hora em que Sakura ligaria. Capítulos depois, escutei a solicitação de chamada de vídeo pelo meu notebook.

— Feliz natal meu amor! — Sakura falou assim que o vídeo abriu, e me deparei com a imagem da minha bela esposa envolta em um robe vermelho.

— Feliz natal, como você está? — Ela colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha e se aproximou um pouco mais da câmera.

— Estou bem, morrendo de saudades, mas bem. Desculpa ter demorado, Sarada estava realmente agitada com o dia de hoje. Ela e Boruto se divertiram bastante com os jogos que o Naruto inventou.

— Queria poder estar junto, também estou morrendo de saudade. Pelo menos estarei logo aí, e poderei finalmente abraçar vocês duas.

— Mal posso esperar. E o seu dia, como está sendo? — Notei como o tecido deslizou por seu ombro e me concentrei naquele movimento. Me lembrava com clareza como meus dedos deslizavam pela pele macia da Uchiha, e naquele momento desejei estar ao lado dela para retirar de vez aquele pijama.

— Desculpe, o que perguntou? — Ela sorriu maliciosamente levando a mão pequena no ombro desnudo, os dedos finos se entrelaçaram na alça da camisola.

— Isso te distraiu? — Assenti sem tirar os olhos de sua boca, ela percebeu meu olhar e mordeu o lábio inferior.

— Queria poder mordê-lo por você. — Senti meu pênis começar a ficar rígido, então o toquei por cima da cueca.

— Eu também queria, mas acho que precisamos ser criativos com essa distância. — Olhei atento ela se levantar e pegar o not e colocar sobre a cama.

— Tenho certeza que somos capazes de lidar com a situação. — Falei e como resposta ela voltou a morder o lábio.

— Algum pedido em especial? — Sakura ficou de joelhos em frente ao notebook esperando por minha resposta.

— Adoraria vê-la sem esse lindo robe. — Conforme ela retirava a peça, lentamente diga-se de passagem, meu pênis ficava ainda mais rígido. Segundos depois a peça jazia jogada em um dos cantos do quarto longe do alcance da câmera.

— Eu esperava usar essa camisola apenas no dia que você chegasse, mas achei que hoje poderia ser uma ocasião especial. O que achou? — Ela agora estava ajoelhada de costas e me olhava por cima do ombro. A camisola, bom, era um espetáculo à parte, onde contornava cada curva do corpo perfeito de Sakura e o tecido um pouco transparente revelava uma minúscula calcinha e nenhum sutiã.

— Achei maravilhosa, mas sinto informar que ainda assim ela não chega aos pés da perfeição que é seu corpo meu amor. — E então a cereja do bolo. Apesar dos anos de casamento, Sakura ainda corava com meus elogios e isso deixava tudo sempre mais surreal.

— Sempre um bobo. — Ela riu envergonhada, em seguida voltou a ficar de joelhos na frente do notebook. Enquanto uma mão pousava sobre a coxa, a outra suavemente deslizou a alça pelo ombro até que revelou um dos seios que eu tanto amava. — O que você faria agora, Sasuke?

— O que vou fazer quando puder estar aí? Me parece uma forma melhor de perguntar. Hum.. Vou beijar seu pescoço fazendo você suspirar, deixar uma trilha quente até seu colo enquanto percorro sua pele com o meu nariz, inspirando seu cheiro até que finalmente vou chegar em seu seio exposto e me deliciar com a maciez da sua pele e a rigidez do seu mamilo.

Ao mesmo tempo em que eu descrevia a situação, ela tirou a camisola me dando a visão privilegiada de seu colo exposto por completo. Se Sakura soubesse como eu queria me enterrar em seus seios e fazê-la minha...

Tirei meu membro completamente rígido para fora da cueca e o acariciei enquanto apreciava a visão do paraíso. Apesar de não ser um dos meus preferidos, o sexo virtual era sempre muito bem-vindo depois que passei a ter que viajar regularmente por conta do trabalho. E aos poucos Sakura e eu fomos descobrindo nosso ritmo nessa nova modalidade.

— Eu vou adorar sentir sua boca bem aqui. — Os dedos finos apertaram os mamilos ao mesmo tempo que ela voltou a morder o lábio segurando um gemido.

— Não me prive dos seus gemidos, por favor.

— Se não o que? — Ela provocou.

— Se não, vou precisar puni-la quando nos encontrarmos. — Sakura massageou os seios, uma expressão pensativa no rosto que me fez ter certeza que tentaria ao máximo segurar os gemidos para me provocar. — Preciso da sua boca, do seu corpo, de você todinha aqui comigo. — Ela parou de acariciar os seios e levou o indicador até a boca, o chupando enquanto encarava a câmera.

— Você gostaria que eu chupasse seu pênis dessa forma? — Talvez gostar não abrangesse todo o potencial daquela situação, movimentei minha mão sobre meu membro tentando imaginar a boca dela ao redor da glande. — A propósito eu o proíbo de gozar antes de mim.

— Bom, então acho melhor você apressar por aí. — Ela me olhou incrédula. — Não me olhe assim, faz dias que não nos vemos.

— Eu sei disso, mas achei que... bom você tivesse se aliviado sozinho, sabe. — Ela riu. — Eu me masturbei deliciosamente durante esses dias. Até comprei algumas coisas para usarmos quando você voltar. — Eu adorava o fato dela ficar toda envergonhada com elogios, mas falar tão abertamente sobre masturbação.

— Parece que você se sai muito bem sozinha.

— Não se preocupe, querido, com você eu me saio muito melhor. — Observei atento ela tirar a calcinha e deitar sobre a cama com as pernas abertas. — Muito rápido?

— Está perfeito. — Salivei ao vê-la se tocar tão intimamente.

Sakura conhecia o próprio corpo de forma minuciosa e eu adorava vê-la tão entregue aos próprios prazeres. Mesmo quando transavamos eu sempre me deixava guiar até cada um de seus pontos eróticos, o que resultava em muitos orgasmos em uma única noite.

— Sasuke... — Ela gemeu meu nome, e apenas isso me fez arrepiar da cabeça aos pés. Eu era absurdamente sortudo por tê-la, e sabia disso desde sempre, mas era em momentos como aquele que eu percebia como era ainda mais sortudo por ser capaz de escutá-la gemer o meu nome.

Conforme ela se masturbava eu seguia da mesma forma desse lado da tela. A conversa ficou escassa, mas não era realmente necessária, já que os gemidos e os movimentos dos nossos corpos falavam por si só.

Ao introduzir seus dedos em sua vagina o corpo dela respondia instantaneamente, rebolando na própria mão de forma ritmada e deliciosamente excitante, enquanto isso a outra mão se dedicava em seu clitóris que mesmo não sendo possível ver daquela forma, eu sabia estava inchado pulsando pela excitação.

Eu não demorei a gozar, mas não falei, apenas observando ela atingir o próprio clímax pouco tempo depois. A respiração ofegante de ambos era o único som audível e para mim isso bastava.

— Eu tenho um presente de natal muito especial, então volte para a casa em segurança. Por nós três. Eu te amo. — Ela falou depois de um tempo e desligou antes que eu pudesse responder que também a amava.

— Nós três? — Perguntei em voz alta segundos depois quando me dei conta do que ela havia falado. Será que ela estava...?

Natal à distância - SasuSakuOnde histórias criam vida. Descubra agora