Naquela noite, enquanto voltava para casa eu não esperava presenciar uma morte e também não esperava ter que ajudar uma garota a fugir dos assassinos.
E nos dias seguintes, não esperava que eles iriam aparecer na minha escola e que minha vida não ir...
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- Anda, Ayla!_ chamei apressada, batendo o pé no chão freneticamente.
- Eu já vou!_ Ayla disse do lado de dentro.
- Eu vou te deixar aqui._ avisei pronta para fechar a porta e vi ela descendo as escadas correndo.
- Tô aqui._ ela fala ofegante, passando pela porta enquanto tentava ajeitar a mochila nas costas, mochila que Audrey pediu uma das empregadas comprar.
Revirei os olhos e fechei a porta ouvindo ela destrancar o carro, guardei a chave no bolso de trás da calça e desci as escadas da frente da casa. Entrei no banco do passageiro e esperei Ayla dar partida, ela ligou o rádio do carro e foi cantando uma música de Camp Rock aos berros.
Quase fiz ela bater o carro só para não ter que escutar ela berrando a letra da música mas logo chegamos na escola, onde eu praticamente pulei para fora do carro. Ajeitei os óculos no rosto e caminhei para dentro da escola, onde diversos alunos corriam de um lado pro outro enquanto falavam super alto, ou melhor, gritavam.
Esbarrei em uns sete alunos até chegar no meu armário, guardei minhas coisas e peguei o livro de biologia no armário enquanto o sinal tocava. Não me apressei ao fechar meu armário e pegar minha bolsa novamente, guardei o livro nela e fechei o armário.
- Mas que porra!_ exclamei assustada, vendo Matteo parado do meu lado_ Quer me matar caralho?
- Desculpe, não foi minha intenção te assustar._ ele falou sorrindo e eu sabia que era um pedido de desculpas totalmente falso.
- O que quer?_ perguntei o olhando desconfiada.
- Sabe que é proibido usar óculos na escola, certo?_ perguntou se aproximando de mim.
- Sei._ dei de ombros me encostando no armário e ele ficou na minha frente.
- Então sabe que não pode usar isso._ ele falou e antes que eu pudesse impedir, tirou meus óculos de uma vez.
Senti meus olhos ardendo e em seguida lacrimejar, tapei eles rapidamente e me escondi na frente do seu peito, tentando impedir que o máximo de claridade entrasse em contato com meus olhos.
- Porra, Matteo!_ esbravejei nervosa, me encolhendo mais sobe ele_ Me devolve.
- O que foi?_ ele perguntou confuso.
- Eu tenho sensibilidade nos olhos!_ exclamei, apertando mais as mãos nos olhos, sentindo eles doerem.
