Corte de Asas Perdidas. CONCLUÍDO.

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Como não conhecia aquele mundo, Nyx não poderia atravessar o grupo até os limites do colossal acampamento do exército maioral e assim iriam voando do esconderijo que aos poucos seria evacuado obrigando os combatentes rebeldes e migrarem para um lugar mais seguro, até a costa do Mar de Goliah, precisamente ao redor do Calabouço, um grande castelo construído sobre as rochas cujo as ondas quebravam com extrema violência. A construção era totalmente torta e desnivelada, com torres pontudas feito lançado, algas e musgo grudados nos tijolos pretos úmidos. Haviam algumas paredes caídas, partes das pontes que ligavam um setor ao outro do castelo, as torres de vigia totalmente envoltas por lanças de ferro corroídas e enferrujadas pela maresia áspera do mar violento e de águas escuras.

Os dois forasteiros de cima de um alto morro um pouco afastado olhavam a paisagem do enorme castelo torto onde gaivotas e corvos rodeavam. Os pássaros negros em si praticamente tomavam os céus escuros de nuvens espessas e num cinza azulado impedido que a luz do sol chegasse a aquelas terras. Nyx e Rapahel olharam do castelo até o mar de barracas cinza espalhadas por quilômetros a perder de vista. Haviam chego a pouco e o som ainda estava no céu, mesmo que aos poucos caísse no horizonte.

- Eles tem armazenagem de bombas de enxofre - disse Arón para Hela que estava com Forkas ao seu lado. Nyx olhou para a companheira vendo um para feito de magia verde entre ela e Arón, havia todo o terreno ilustrado em alto relevo ali. - E são em cinco pontos espalhados um bem longe do outro no acampamento, para evitar que algum acidente ocorra e os leve e perder todo o material.
"Em uma noite temos que implantar as bombas mágicas nós armazéns e fazer com com que explodam e assim todo o acampamento vai ser dizimado pelo poder da explosão. A estimativa é que varra tudo."

Hela assentiu e então apontou o dedo para o castelo torto.

- Sabe da ocorrência de soldados do Soro Negro? Se há deles, quantos são - a voz de Hela era dura e áspera, a voz de uma guerreira.

- Tem uma boa quantia no meio - disse Arón farfalhando as asas, os outros dois machos alados sabiam que ele havia feito aquilo por que de certa forma se sentiu desconfortável, de alguma maneira.

- A pressão das explosões vai chegar ao castelo? - questionou Hela sem tirar o olhar sério e se sobrancelhas franzidas de cima de Arón.

- Sim e provável que esse lugar amaldiçoado caia...

- Há crianças lá dentro? - interrompeu Hela fazendo os dois machos forasteiros ficarem mais atentos. - Ainda há crianças lá dentro?

Arón ficou em silêncio e olhou para Forkas que o encarava semicerrando os olhos redondos.

- Sim.

Rapha e Nyx rapidamente olharam para a construção horrenda e ao horizonte raios despencaram no ar e o trovão soou forte e valente até os ouvidos de todos.

- Certo, me escutem - disse Hela chamando a atenção dos machos. - Vamos fazer esse plano em etapas, primeiro de tudo, vamos tirar aquelas crianças de lá.

- Alteza, me perdoe - disse Arón. - Mas isso poderia nos revelar ao inimigo.

- Então acha melhor sacrificar crianças? - perguntou Nyx afiado como uma faca recém amolada. Arón estalou a língua e as asas abriram levemente nas costas.

- Ninguém nunca conseguiu entrar no Calabouço durante esse tempo, não sabemos quantas crianças tem ali dentro, e se são apenas crianças - explicou o harpeu. - Tirar elas dali iria colocar o plano em perigo.

- São crianças - disse Nyx entre os dentes e Raphael colocou a mão rapidamente em seu ombro segurando ali com força.

- Bom, Senhor - a voz de Arón saiu ríspida e debochada, no rosto um sorriso preguiçoso e orgulhoso que fez com que o sangue de Nyx fervesse ao ponto de fumaça sair de suas mãos. Um dos poderes herdados de Feyre. - Se acha que consegue tirar mais de duzentas crianças e adolescente dali de dentro, então, faça um plano. Mas aviso, com essa armadura que veste eu acho muito difícil qualquer coisa dar certo com você.