Prólogo

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Ano novo, vida nova.
Esse é o meu pensamento, pelo menos desde que a minha melhor amiga me arrancou da cama, me obrigou a tomar banho e me arrumar para curtir uma festa de réveillon com ela, basicamente no nosso penúltimo dia em Cancún. Uma festa na qual fomos convidadas por um cara no qual ela passou o dia pegando depois da praia, que aconteceria no hotel em que estávamos.

Falta apenas duas horas para as pessoas começarem a desejar um ¨Feliz Ano Novo!¨entre si. Acho que até vi uma garota com um top minúsculo desfilando com isso escrito nele, estava cheia de glitter dourado por todo o seu corpo, parecia chapada.

Apoio o queixo na mão ao me apoiar na bancada do bar observando ao redor. Meus plano eram estar fazendo muito sexo com meu marido na virada de ano novo, e talvez depois sair um pouco do quarto para ver as comemorações. Eu devia ter uma plano B, eu sempre tenho um mas parecia tão certo que o plano A seria o único. Como também achei que era a única na vida dele, pelo menos ele era na minha. Eu devia ter escutado a minha mãe, que ele não era o cara certo, até o papai concordou. E eles raramente concordam com algo.

- Angel! - Ada parou ao meu lado saltitando, estava feliz graças a alguns drinques que tinha tomado mais cedo, tinha dançado a noite toda. - Então, já tem alguém em mente para curtir a virada? Se quiser, ele tem um amigo pra te apresentar que parece estar na mesma situação que você...

Nas entrelinhas da frase percebi que ela disse ¨Pretendo virar o ano fazendo sexo mas não quero deixar você sozinha nesse bar enquanto me divirto.¨. Eu sabia que se eu falasse ¨Não¨ ela largaria o carinha e ficaria comigo. Mas eu arrastei ela para cá comigo prometendo que seria divertido, e até que foi no inicio mas agora desanimei por lembrar do plano A.

- Estou bem. - Afirmei virando o restante do meu drinque, sorri para ela. - Vá curtir! E feliz ano novo adiantado, sei que não vou te ver até amanhã de manhã.

Ela me observou por alguns segundo antes de pular em cima de mim em um abraço. Cochichou no meu ouvido que talvez dormisse no quarto do carinha. Eu ri da forma que ela se esfregou em mim e depois saiu puxando o cara para a posta de dança. As músicas que o DJ tocava agora era pura luxúria e sedução. A festa só tinha adultos, não era uma festa familiar onde podia se levar crianças, segundo a Ada era uma festa para os solteiros curtirem. Fiquei passando o indicador pela borda do copo distraída, o som tocava mais baixo agora, talvez eu tomasse mais um drinque ou talvez voltasse logo para o quarto...

- Mais uma piña colada para ela e um whisky puro sem gelo para mim. - Um homem parou ao meu lado apontando para o meu copo e fazendo o seu pedido ao garçom que passava. - Oi, quer companhia? Meu amigo falou que talvez fosse querer companhia.

Franzi a testa por sua aparição repentina, depois relaxei ao observar ele dos pés a cabeça, ele é bonito. Talvez fosse o amigo do carinha que a Ada estava se pegando. Ombros largos e corpo definido de quem faz exercícios, boca carnuda, olhos claros que combinam com o tom escuro do seu cabelo, preto ou castanho escuro? Ele também me observou, em menos tempo do que eu fiz com ele, pelo jeito já tinha me observado antes de se aproximar.

- Depende do tipo de companhia que pretende oferecer. - Me virei no banquinho em que eu estava sentada, ficando de frente pra ele cruzei as pernas. - Não quero saber o seu nome e muito menos falar o meu.

- Então o que posso perguntar? - Boa pergunta, eu não queria saber o seu nome, por que se essa noite fosse forrada de sexo, não queria ter pensamentos no dia seguinte sabendo o seu nome. - Que tal saber de onde você é?

- Sou de Nova York. - Falei, precisava de uma distração da raiva e magoa de ser largada no altar, e ele parecia ser uma ótima forma de se distrair. - E você? Da onde é?

- Sou de Seattle. - Respondeu ao receber sua bebida, tomou um pouco e se virou totalmente para mim. - Quais são as chances de você ser comprometida com alguém?

- As chances são nulas, o único compromisso atual que eu tenho é com o meu trabalho e em ser feliz. - Ou pelo menos tentar depois do que aconteceu, completei mentalmente, mas ele não precisava saber disso. - E você..?

- Sou comprometido somente com o meu trabalho e com mais ninguém. - Tomei a minha bebida enquanto ele falava. - Por que não posso saber o seu nome ou você o meu? Estou apenas curioso.

- Passei por uma situação nada legal recentemente. - Dei de ombros observando a festa se desenrolar a nossa volta. - Então decidi que não quero conhecer ninguém, especificamente homens. Curtir com eles? Talvez, mas não quero nenhum tipo de vínculo.

- Certo, então você toparia curtir comigo essa noite? - Perguntou dando um sorriso de molhar calcinhas, incluindo a minha. - Seria muito grosso da minha parte dizer que te achei linda, além de gostosa e que quero passar a virada de ano dentro de você? Prometo que vai ser a melhor noite de sexo da sua vida.

Quase engasguei com a bebida ao escutar a sua declaração. Era disso que eu estava precisando ouvir e fazer. Aqui estava o meu plano B. Pelo menos eu não iria passar a virada deprimida no quarto e sim fazendo sexo com esse estranho lindo além de gostoso. O meu lado racional diz que é melhor ter juízo, mas o meu lado irracional diz pra mim aproveitar essa noite. Terminei minha bebida com um sorriso sedutor.

- Depende... - Levantei do banquinho e segurei a sua mão a colocando na minha cintura, descendo e subindo ela pela lateral do meu corpo, isso o fez levantar com os olhos pesados de desejo e luxúria sobre mim. - Depende do quanto você é grosso.

- Tenho certeza de que você vai gostar. - Ele sussurrou com sua voz rouca aproximando a boca do meu ouvido, apertou a minha cintura me puxando para perto dele, me fazendo sentir o quanto ele me queria. - Então, o que me diz?

Um arrepio tomou conta do meu corpo, um arrepio de prazer garantido, o puxei pela mão enquanto o guiava até a pista de dança que o hotel tinha montado perto da piscina com um bar. Ada estava se divertindo nos braços do novo amigo dela, enquanto eu puxava o carinha comigo. Fiquei de costas para ele, puxando suas mãos para me envolver e comecei a dançar me esfregando nele no ritmo da música. Por um momento fui uma pessoa sem preocupações, uma mulher livre e solteira que poderia aproveitar aquele momento, aquela noite. Eu podia sentir o quanto ele tinha ficado duro contra minha bunda, ele estava excitado, eu também tinha ficado. Mas ele não forçava a barra querendo chegar nos finalmente. Parecia ser paciente.

- Imagino que não possamos fazer o que queremos aqui. - Segurei sua mão o levando dali, passamos pela recepção com ele sempre tendo um braço ao meu redor. - Onde fica o seu quarto?

Não demorou muito para entrarmos no seu quarto, ficava na cobertura, ainda se podia ouvir a música tocando lá embaixo, caminhei com ele até a varanda observando, ele me puxou novamente para os seus braços me deixando de costas para ele. Ele sabia onde pegar e apertar, aonde acariciar e dar beijos. Seus beijos começaram por meus ombros, subindo para o meu pescoço e nuca ao afastar os meus cabelos, caminhando para o meu maxilar até me virar para ele e colar sua boca com a minha. Eu sentia falta, fazia meses que eu não sabia o que era ter prazer, dar e receber. Desci as mãos por seu abdômen até o volume da sua calça. Eu precisava de alívio, ele precisava de alívio. E nessa noite teríamos alívio.

Na manhã seguinte tive que admitir: Foi a melhor noite de sexo da minha vida!

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⏰ Última atualização: Aug 24, 2022 ⏰

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