Capítulo Único -- Seremos só eu e você!

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Notas do Autor:

🧸Bem‐vindo(a) ao início do meu delírio.🧸

Olá, meus amores e novos amores! Tudo bom? Aproveitando a véspera de natal? Trago a vocês uma fanfic sobre o aniversário do nosso lindo e maravilhoso Uchiha Madara como, talvez, um presente.

Avisos: Universo original, menção a morte do Izuna, menção a época de guerra, mortes e solidão.

Essa fanfic não possui shipp, apenas meu amor pela amizade de Madara e Hashirama.

Essa fanfic faz parte do ciclo 3 do @ com tema "aniversário do Madara".

Obrigada a @Uchira_Hinatta por fazer essa betagem maravilhosamente perfeita.

|~ Boa leitura ~|

|~ Boa leitura ~|

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XXX

Madara estava sentado sobre o zabuton meio desconfortável, sua casa estava escura pelas cortinas fechadas e luzes apagadas, não estava muito animado naquele instante, não que geralmente seu ânimo fosse dos melhores, mas naquele dia em específico, seu humor havia diminuído muito mais.

Fazia menos de um ano que Izuna havia morrido, e Madara nunca achou que sentiria falta da empolgação do irmão em lhe preparar algum tipo de bolinho e o oferecer com uma velinha em cima, dizendo para que fizesse um pedido.

Na infância, Madara sempre era arrastado pelo irmão, quando tinham tempo, para fazer algo divertido entre si, mesmo que a guerra fosse dura e, como muitos diriam, a personificação de momentos infernais, ainda eram apenas crianças, as quais mereciam ter um pouco de alegria

Mas não adiantava chorar sobre o leite derramado, Izuna estava morto e nenhum de seus amigos ou parentes se daria o mínimo de trabalho ou esforço para lhe preparar nada qualquer que fosse a ocasião.

Suspirando pesado, Madara olhou o pequeno bolinho que tentara fazer — mas falhara, pois ele queimara e estava preto como carvão, poderia até o usar para escrever na mesa de madeira —, um suspiro entristecido escapou de seus lábios.

A vida até então havia sido dura, tanto período de guerra e metade de sua vida já havia se passado e maior parte das suas lembranças eram de corpos sem vida e sangue sobre a terra ou vagando nos rios. Sentia-se frustrado e perguntava-se com frequência o porquê de ter que viver uma vida daquela.

Cansado de pensar em sua vida meio merda, Madara se levantou pegando o bolo queimado e o atirando no lixo.

— Quanto antes esse dia acabar, melhor! — resmungou, colocando a mão no rosto, não sabia porque aquele dia mexia tanto com ele, mas odiava aquilo.

Caminhava calmamente para seu quarto sobre o Tatami pouco macio, deitando-se sob o colchão posto no chão, Madara fechou os olhos subitamente, apenas procurando um propósito para que aquele dia acabasse mais rápido, porém, fora mais surpreendido ainda por um momento de falta de sono, com o qual foi obrigado a lidar por horas a fio apenas caminhando pela casa. Recusando-se a abrir as janelas, queria a casa daquela forma, escurinha e silenciosa, até mesmo um pouco sombria.

Caminhava de um lado para o outro, não havia muito o que fazer além de beber chá, comer e ler um livro qualquer que encontrara perdido em sua pequena sala.

Enquanto lia o livro, e perguntando quando aquilo havia entrado na sua casa, o som de algo batendo à porta de madeira ecoou, o deixando confuso, geralmente ninguém o procurava para nada, exceto Hashirama, ou Tobirama quando ia em nome do irmão avisar que ele estava o procurando.

Suspirando pesado, Madara deixou o livro no chão e se levantou da almofada onde estava sentado, caminhando silenciosamente até a porta. Ao abrir, ficou surpreso.

Hashirama segurava um pequeno bolo, decorado com uma velinha e cobertura, junto ao seu nome que estava escrito com framboesas. O sorriso que o Senju exibia deixara Madara intrigado, ele nunca havia feito algo assim, por que agora? Naquele dia? Por quê?

— Feliz aniversário, Madara! — Hashirama disse, vendo a expressão do amigo que mexia a boca, mas não conseguia lhe responder nem um som — Um pouco tarde, mas ainda estou aqui. Posso entrar?

Madara, sem conseguir expressar o quanto estava surpreso, assentiu, saindo da passagem. Hashirama fez um pequeno bico ao ver o clima escuro e silencioso demais da casa. Caminhando calmamente, o Senju colocou o bolo sobre a mesa pequena e baixa, abrindo uma das cortinas, apenas para que o cômodo ficasse mais vivo, se Madara fosse desorganizado aquele lugar pareceria o lugar perfeito para fantasmas e serem do tipo assombrarem.

Madara o seguiu logo em seguida.

— Você ficou aqui o dia todo? — Hashirama perguntou, pegando uma faca, garfos e dois pratos, sabia onde ficava tudo, não era a primeira vez que estava ali para levantar o humor do Uchiha.

— Não tinha muito mais o que fazer... — murmurou.

Hashirama o chamou para que se sentasse na almofada ao seu lado, o realizando com calma, vendo Hashirama puxar o bolo e acender a vela.

— Faça um pedido, Mada — disse, empurrando o bolo para ficar na frente dele, o qual olhou o pequeno objeto e sentiu uma sensação boa no peito, confortável, e ao olhar o amigo que sorria e juntara as mãos acima da clavícula esperando ele realizar o ato.

Madara não tinha o que desejar, não acreditava em desejos se realizando, se aquilo podia acontecer, alguma coisa estava errada com sua vida. Mas ao pensar duas vezes, pôde se dar conta que o homem simpático e sorridente ao seu lado era tudo que faltava na sua vida. Talvez... Madara só precisasse daquilo, sentir-se amado. E foi tudo que pediu quando assoprou calmamente a vela.

Hashirama lhe estendeu a faca, ele sorriu vendo o quanto o amigo o admirava fazendo aqueles atos, cortando dois pedaços, ofereceu um ao Senju e colocou o outro no prato ao seu lado.

— Como sabia que hoje era meu aniversário? — Madara não pode conter a curiosidade, ao menos não mais, pois se perguntava aquilo desde o momento que vira o bolo e sua presença na porta de casa.

— Você sempre some nessa mesma data. Então lembrei-me de que há alguns anos você havia mencionado sua data de aniversário e isso me respondia todas as perguntas que tinha quanto a você.

— Então preparou isso para mim?

— Claro, você é meu melhor amigo. Preferia uma festa?

— Não! — Madara interrompeu, poderia dizer que ninguém mais iria, mas a verdade era que a única pessoa que poderia tolerar e melhorar aqueles dias já estava ao seu lado e a outra morta. — Não há mais ninguém que eu queira comemorar meu aniversário. E eu também não as quero ver!

— Tudo bem então... — Hashirama sorriu e se aproximou do amigo — Seremos só você e eu pelos próximos 24 de dezembro. Nunca vou esquecê-la! — declarou, quase que mandando a seu próprio cérebro.

Hashirama era parecido com Izuna, mas ainda era mais animado e brilhante, mais atrativo e por algum motivo, tudo que Madara necessitava.

Notas Finais:

Err, saiu o que saiu e tenham um bom dia! Feliz natal!

🧸Bem vindo(a) ao fim do meu delírio.🧸

Obrigada por ler até aqui, cuidem-se!

Eu nunca vou esquecerOnde histórias criam vida. Descubra agora