Designo.

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Como é o amor? O amor é complicado, é caprichoso, é cruel, e egoísta? O amor é injusto? O amor é possessivo e ciumento? O amor é angústia todos os dias? É um desencontro permanente? O amor é traiçoeiro? O amor dói? O amor desilusiona? O amor é solidão? Ou o amor vai e vem?

Qual é a verdadeira natureza do amor?

Todos nos preocupamos que nos amem. Fazemos qualquer coisa para que nos amem. Mas, é mais importante ser amado ou amar? O que ama não será mais feliz do que aquele que só quer que o amem?

Se algo dá errado, aquele que ama não se importa, vai contra vento e maré, custe o que custar, o que ele quer é amar.

Quando alguém ama, o outro é mais importante do que ele mesmo. Quando amas, fazes qualquer sacrifício pelo outro, e nada te faz mais feliz do que ver o outro feliz e nada te faz mais triste do que ver ao outro triste.

Quando amas, amas até o ponto de renunciar a teu amor, por teu amor. E quem de nós faria algo assim? Não, porque nada nos basta, queremos que os outros renunciem a tudo, que se sacrifiquem, que sejam heróis para nós, e se isso não é assim, significa que não nos amam?

Se dão conta? Nada nos basta.

Porque aquele que ama, ama.

Ama aquilo que gosta, aquilo que não gosta, aquilo que nunca vai gostar. O que ama não é como aquele que sempre está aí procurando cabelo em ovo, uma falha para dizer: "Vê? não me amas tanto quanto me falas, não me amas como mereço, não me amas até o infinito."

O amor é entregar-se, é que o outro seja mais importante que você.

Você não encontra o amor, é o amor que te encontra. E quando te encontra, te arrasa, te dá voltas, te tira o ar, e o único que te importa é amar. Amar de frente, sem razões, sem especulações, amar e só amar porque essa é a verdadeira natureza do amor.

Yeh Shuhua possuía uma personalidade completamente espontânea, portanto era fácil de agradá-la, dificilmente se aborrecia por coisas superficiais e sempre tentava manter bons ânimos com todos ao seu redor. Na faculdade, era nomeada como a queridinha dos alunos e professores, fazia amizade fácil e era querida por todos ao seu redor.

Se considerava uma boa pessoa, e ela era, apesar de seus defeitos. Mas sabia que havia algo, uma única coisa em sua personalidade que incomodava não apenas a si, como suas namoradas do passado.

Dificilmente se apaixonava, embora sempre estivesse cercada de mulheres. Trocava de namorada como quem troca de roupa, mas nunca de fato se considerou além do limite. Shuhua não procurava por diversão, ela buscava por amor em cada mulher que conheceu e namorou.

Nunca entendeu o porquê de nunca conseguir sentir o que seus amigos já sentiram em relacionamentos. Chegava a pensar que o problema, de fato, era ela, e não as garotas com quem se relacionava.

E isso se perdurou por um longo tempo. Mas isto, é claro, até que o clichê deliciosamente prazeroso entre nossas duas personagens principais se fizesse presente.

Demorou um tempo para que encontrassem o caminho uma para a outra, mas agora que haviam encontrado e estavam finalmente juntas, seria difícil separá-las. Sem mais.

Quando abriu os olhos na manhã seguinte as confissões feitas sob o efeito dramaturgo do álcool, Shuhua não se assustou por se encontrar na grande cama de casal e quarto totalmente distinto ao de hóspedes.

Desceu seu olhar distorcido para as próprias vestes, finalmente se surpreendendo ao se ver apenas de calcinha e uma blusa branca social, que obviamente não era sua. Levantou a cabeça, sentindo-a pesar pela quantidade de álcool tomada na noite anterior. Sempre fora muito fraca para beber, desde que se entendia por gente, não ficou surpresa por sentir seus neurônios fervendo.

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