THUR (LOUD) | Concluída ✔
Tiana sempre amou a chuva. Sempre amou as gotas escorrendo na sua janela, o toque melancólico e poético que ela trazia e a sensação de aconchego em meio ao caos. Ela gostava tanto ao ponto de passar horas encarando o céu, d...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
─── Mãe, pai, vocês queriam falar comigo?
Entrei na sala após o café. Meus pais estavam sentados lado a lado no sofá, conversando entre si.
─── Sim. Senta aqui, por favor.
Sentei na poltrona em frente a eles, colocando minhas mãos no colo já nervosa. Meus pais nunca foram ruins ou pais que brigavam sem motivo. Eles sempre preferiram e usaram a filosofia de que conversar era sempre a melhor opção, por mais que as vezes fosse difícil. No entanto, eu não conseguia imaginar o que tinha feito de errado.
─── Aconteceu alguma coisa?
─── Não sei, isso é você quem vai nos dizer. ─── Mamãe me olhou. ─── Raffael nos contou sobre o que aconteceu ontem. Esse garoto, Arthur, ele está acostumado a fazer parte de um mundo totalmente distinto do seu. Você sabe disso, não sabe? Ontem foi a prova disso.
Raffael, como sempre! Ele ia me pagar.
─── Eu sei.
Murmurei rapidamente.
─── Ok, certo. Sabe também que agora as coisas estarão caminhando para outro rumo. Não vamos te impedir de ficar com ele, se é isso que está pensando. Nós só queremos saber se está tudo bem para você estar no centro das atenções mais uma vez. ─── Meu pai completou. ─── Você vai saber lidar com isso? Estamos preocupados que não.
─── Eu entendo. ─── engoli em seco. ─── Nós já tínhamos conversado sobre isso e ontem falamos de novo. É um pouco estranho, mas acho que posso ignorar. ─── Encolhi os ombros. ─── Não posso negar que não foi ruim ler o que li, de sentir como se tivesse minha privacidade invadida, mas...
Não soube completar. Meus pais se entreolharam por um tempo, como se estivessem conversando pelo olhar antes de minha mãe balançar a cabeça e soltar o ar.
─── Se está tudo bem para você, para nós também está. ─── Respondeu, por fim. ─── Oh, Carlos! Nem acredito que nossa única menina está namorando.
