Christmas

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Olá, meus queridxs. Como vocês estão? Voltei, depois de um tempo, com um ONE SHOT quentinho para vocês. E este foi escrito especialmente para o Amigo Secreto Rabia, onde os autores do fandom (talentosíssimos, por sinal) trocaram contos de Natal. Massa, né? :) espero que vocês leiam todos os contos, hein?

O meu amigo secreto é alguém muito especial para o fandom. Querido, fofo, gentil e sempre muito alto-astral, ele me trouxe o desafio de escrever um conto sobre duas colegas de quarto que se desgostam - mas, vocês sabem bem, entre o ódio e o desejo há uma linha muito tênue.

Valentin (@Rabia_Tin) espero que goste e se divirta com a leitura, meu amor. Feliz Natal! 🎄

Enjoy it - you all.

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Minha cabeça latejava e meu corpo inteiro doía. Não sabia dizer, àquela hora de manhã, se era ressaca ou arrependimento de ter ido a mais uma festa universitária em plena terça-feira; ou de ter transado - mais uma vez - com garotas nas quais eu sequer lembrava a fisionomia, ou seus nomes. Maldita Tequila Sunrise.

Os raios solares acolhedores de uma manhã de quase-verão entraram como ondas de ouro líquido sobre o meu quarto, iluminando o meu lençol e a minha alma atormentada.

Com a visão turva, inspecionei o ambiente e percebi que estava sozinha. A cama ao lado, como sempre arrumada, exalava uma fragrância floral e convidativa - aquela que eu conhecia tão bem.

O perfume da minha colega de quarto dançou ao vento, e os cinco sentidos do meu corpo se afloraram. Sob a pele de Rafaella Kalimann, o perfume La Vie Est Belle contava uma história banhada a mistério, volúpia, desejo proibido e curiosidade.

Estreitei os olhos para encarar o calendário pendurado à parede e um suspiro profundo rasgou-me ao peito. Já é dezembro. O Natal está se aproximando e, mais uma vez, a solidão é a minha principal companhia. Mas, talvez, se Rafaella estiver por aqui, sozinha como eu também estarei...

Às 8h30 da manhã, meu celular tocou pela terceira vez, me tirando do devaneio. Com a visão ainda turva pelo sono, reconheci, com certa dificuldade, o nome escrito na tela: Marcela McGowan.

Você está atrasada. De novo. Eu já estou no campus e nada da sua ilustre presença. — Sua voz resplandecia impaciência. Um suspiro demorado, como uma súplica de irmã mais velha. — Você vai acabar perdendo a matéria, Bia. E uma segunda DP numa mesma disciplina é de foder, né?

— Bom dia para você também, meu amor — respondi em um resmungo. — Graças a Deus são meus últimos dias nesse inferno — passei os dedos sobre as pálpebras. — Duas semanas.

Você não sabe da maior, Bia. — Ela cortou o assunto, de repente.

— Fofoca? — rebati. — Aceito.

Luiza, a namorada de Marcela, gargalhou ao outro lado da linha.

Sabe a sua roommate, Rafaella Kalimann? — Indagou com uma pitada de malícia. — Parece que ela não vai voltar à Goiânia para o Natal. Vai passar o feriado completamente sozinha na república.

— Ah, é? — A notícia inesperada me fez levantar da cama em sobressalto.

Um repentino acalento acometeu o tom de McGowan, como se ela soubesse a forma em que eu e Rafaella compartilhamos da mesma dor.

Talvez você devesse a convidar para a ceia, já que vai estar por aqui também.

O comentário de Marcela fez meu estômago contorcer. Teria lido meus pensamentos mais privados? Ou eu acabei confessando-lhe em alguma ocasião banal, entre cigarros e álcool? Céus.

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⏰ Última atualização: Dec 27, 2021 ⏰

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Sweet Roommate | RABIAOnde histórias criam vida. Descubra agora