Em Destruição

Capítulo 76: Personalidade nascisista.

—O que você está dizendo, Hannah? —Amber se afastou de mim, se virando para me encarar com uma expressão assustada. —Você... você a conhece?

—Sim. —Balancei a cabeça afirmativamente, abrindo um sorriso. —Ela se chama Lara, não é? Eu a conheço, sim. Ela está muito bem e está segura.

—Como? Onde ela está? —Amber segurou minhas mãos com força, como se precisasse de qualquer informação que eu tivesse. —Onde ela está, Hannah? Ela ainda está com o pai?

—Sim, Hogan cuidou muito bem dela. Os dois estão em um lugar seguro. —Afirmei, me surpreendendo quando Amber me abraçou apertado, sem conseguir controlar as lágrimas. A abracei de volta, sem acreditar naquela coincidência e ao mesmo tempo feliz por poder dar alguma coisa boa a Amber.

—Quando você a ver de novo, pode dar um recado meu a ela? —Questionou, me fazendo morder o lábio, antes de balançar a cabeça negativamente. —Por quê?

—Você vai dar o recado a ela pessoalmente, Amber. Vai reencontra-la ainda. Prometo isso a você. —Apertei as mãos dela, antes de Amber me puxar para outro abraço, parecendo ter recebido a melhor notícia de todas.

Amber conseguiu se acalmar depois de alguns minutos e logo caiu no sono. Esperei um tempo, antes de deixar o quarto e fechar a porta para não acorda-la, indo encontrar Cold na sala. Ele estava sentado em um dos sofás, encarando o chão com o rosto inexpressivo, como se nem mesmo estivesse respirando.

—Como ela está? —Questionou, erguendo os olhos quando me aproximei.

—Ela vai ficar bem. Só precisa descansar. Não tem perigo do presidente aparecer aqui atrás dela? —Cold negou com a cabeça, antes de afastar os braços quando me sentei em seu colo, me aninhando contra seu peito. —Você sabia que ela tinha uma filha?

—Sabia, mas não faço a mínima ideia de quem seja . —Cold deu de ombros, passando os braços ao redor de mim, enquanto escorava o queixo no topo da minha cabeça. —Nos dois não falávamos muito sobre isso e nem sobre minha mãe.

—O nome dela é Lara. Ela trabalhou aqui no complexo, na área de segurança. —Ergui a cabeça, vendo Cold franzir a testa, como se reconhecesse o nome.

—Eu sei quem é. Ela me enviou uma mensagem depois que você e Ethan foram presos. —Murmurou, fechando os olhos por um longo segundo. —Se eu soubesse que era ela, teria dado um jeito de Amber a encontrar. Teria as ajudado.

—Acha que eles sabem que ela se casou com o presidente? —Cold riu ao me ouvir, balançando a cabeça negativamente.

—Para todos os efeitos ela está morta. Foi isso que o presidente fez todos acreditarem. Amber não passa de um fantasma. —Cold afirmou, com certo tom de raiva e eu me encolhi. —Mas isso não importa mais. Temos coisas a nos preocupar. Quando o derrubarmos, ela vai poder reencontrar a filha.

—E o que fazemos agora? —Questionei, vendo Cold me lançar um olhar demorado.

—Ryder me respondeu. Ele estará esperando a gente amanhã, na entrada dos túneis de esgoto. Quer você de volta, o que já era esperado. —Cold deu de ombros, antes de soltar um suspiro pesado. —Ele quer que eu de as caras também. Quer saber quem é o Traidor. Então, amanhã, acho que vamos descobrir o que vai acontecer.

—Como assim? —Questionei, vendo Cold abrir um sorriso.

—Eu vou levar um tiro no meio da testa ou seus amigos vão decidir confiar em mim. —Cold estalou a língua, com uma risada baixa. —Aposto na primeira opção. Eu provavelmente vou morrer antes de conseguir falar algo.

—Eu não deixaria ele fazer isso. E também não acho que Ryder faria isso. —Falei, vendo que Cold parecia um pouco cético sobre isso. —Ele não faria nada que me magoasse.