Depois de muito choro, algumas reclamações da minha família, voltamos para o Rio. Confesso que não é nada fácil viajar com uma criança e um cachorro no banco de trás do carro. Agradeço aos céus por minha irmã estar comigo, caso o contrário eu teria ficado maluco. Chegamos em casa por volta das duas da tarde. Abro a porta do apartamento com Dummy pulando sem parar. apesar do meu cachorro ficar bem na casa dos meus pais, ele sabia que aqui era a casa dele. Assim que abri a porta, dei uma olhada rápida, estava tudo no lugar. Me lembraria de mandar uma mensagem para minha amiga depois.
— o Senhor mora nesse lugar enorme com a Tia Dani? — Perguntou com uma boneca de pano na mão, encantada com o tamanho do lugar.
— Agora tem você... — Ela esboçou um sorriso enorme enquanto corria para olhar pela varanda do lugar. Suspirei aliviado pela rede de proteção, caso contrário já estaria tendo um ataque cardíaco no primeiro dia dela em casa, só de vê-la tão próxima aquele parapeito.
— Papai, olha! Um foquetinho de pelúcia. Que fofininho... — Apertou o objeto em um abraço — ... Uh, cheiroso! — Constatou. — Posso ficar com ele? — Eu paralisei na hora. Aquele tinha sido um presente de uma fã que eu mantinha em casa por causa do perfume que colocaram nele, apesar de agora já estar bem fraquinho. Cheguei a guardar ele uma vez, mas acabei pegando de volta. O foquetinho passou a ter um valor sentimental para mim. Dani olhou para minha cara rindo.
— Pode ficar... — Disse já imaginando que logo mais ela esqueceria dele e eu pegaria de volta. Uma atitude infantil da minha parte? Sim! Mas eu ainda faria? Também! Fiz uma nota mental para me lembrar de comprar outro depois. Sorri para mim mesmo.
Levei ela para conhecer o resto do apartamento, deixando seu quarto por último. Tampei seus olhos enquanto abria a porta a direcionando para dentro do lugar.
— Espero que você goste... — Disse tirando a mão do seus olhos — ... Tudo que está aqui planejei para você.
— Meu Deus! É lindo! Nunca vi tanto briquedo... Olha, Titia... — Falava com as mãozinhas na boca — Tudo meu? Vedade? — Corria ainda mais pelo espaço. Não sabia o que pegar primeiro. As bonecas, os jogos, os livrinhos... — Tem um escorregador... — Correu até as escadas para ter acesso a parte de cima. — É perfeito. — Veio correndo de volta com olhinhos já marejados — Obrigada, papai! Eu amei! — Falou me abraçando. Ver a felicidade dela tinha válido cada centavo gasto.
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O Amor Não Tem Fim
Fiksi PenggemarArthur Picoli e Carla Diaz, viveram um romance intenso dentro de um programa de reality show de confinamento. Esse relacionamento acabou sendo julgado de diversas formas possíveis e chegando ao mundo real, percebem que apenas o sentimento que nutre...