Quando a renomada empresária Arizona Robbins recebeu uma ligação de sua mãe no meio da manhã, não poderia ter notícia pior:
Festa em família.
Que contaria com a presença de sua ex que nunca superou com o seu irmão trairá que roubou o amor...
Callie olhava no relógio impaciente. Levantou-se e caminhou de um lado para o outro, com os olhos sempre voltados para o corredor. Será que o idiota iria demorar mais? Odiava atraso, sempre era pontualíssima em seus compromissos. Até mesmo atendeu os seus clientes do dia mais cedo para que desse tempo, por tanto, o imbecil ainda não tinha dado ás caras.
Respirou fundo como se isso fosse liberar o seu descontentamento, olhou para a sua esposa.
Arizona estava sentada como uma pata na cadeira reconfortante de espera.
Parecia não se preocupar muito com o atraso do Christopher, também pudera... Todas as suas atenções estavam para uma barra de chocolate que recebeu um minuto atrás. Era mesmo uma fominha.
— Será que a Princesa vai demorar mais? — Callie perguntou á ela. — Assim, só pra saber mesmo.
Depois de três abocanhadas de chocolate, e a expressão de prazer que isso lhe causou, a Arizona finalmente olhou para a Callie .
— Acho que não. Ele mandou uma mensagem dizendo que estava estacionando.
— Isso foi á quase uma hora! — Callie exclamou irritada.
Não queria se irritar. Era pra ser uma tarde feliz, iria descobrir o sexo do bebê. Nas outras ultrassonografias, a Arizona nego-se saber. Depois de muitas conversas, a loira cedeu. Estava todo mundo ansioso pra saber se seria menina ou menino. Porém, a sua animação estava se transformando em raiva por conta do pamonha do Christopher, que estava atrasado.
— Eu não me importo de fazer a ultrassonografia sem ele. Juro á você. — Callie disse. — Ainda temos que pegar a estrada para San Francisco, não quero chegar lá muito tarde.
Arizona pensou um pouco com mais algumas mordidas no chocolate. Nossa... Era muito bom.
— Eu acho que o Christopher ficará chateado, querida.
— E quem se importa com ele mesmo? — Callie estralou a língua.
Arizona riu, sentindo muita vontade de beijar á Callie. Amava quando ela ficava bravinha. Cinco minutos depois, o Christopher chegou todo envergonhado e cheio de desculpas.
— Desculpa a demora. Peguei um trânsito horrível! — Ele dizia.
— Pensei que estava se preparando pra casar. — Callie retrucou. — Se tivesse se programando tinha chegado no horário como eu e a Arizona.
Christopher fez uma cara feia.
— Você não sabe o motivo do meu atraso.
— E nem quero saber. — Callie o olhou. — Quando se trata do nosso filho, não pode haver nenhum atraso!
Arizona abriu um sorriso ao escutá-la falar "nosso filho", desde o tempo que tinham retornado, nunca tinha se referido assim. Isso deixou a loira emotiva. Christopher não teve tempo de responder, a Arizona foi chamada pra ultrassonografia.
Com auxílio de Callie, deitou-se na maca e levantou à batinha.
— Pode comer o resto do chocolate. — A médica disse. — Terá uma linda surpresa.
E assim, a Arizona fez. Terminou de comer o chocolate e jogou o papel no lixo. Callie ficou ao seu lado, segurando a sua mão, e o Christopher ao lado de Callie. Na expectativa, porque a médica ligou o monitor, passou o gel na barriga de Arizona e começou a passar o aparelho.
Os três ficaram de olho no monitor.
A cena que viram fizeram os olhos encher de lágrimas... O bebê estava todo marrom, dava para ver nitidamente a sua feição e isso surpreendeu muito á eles, como também emocionaram. Era a coisa mais linda do mundo.
Arizona não acreditou que carregava aquele pequeno anjinho dentro do seu ser. Lindo. Muito lindo. Ela levou a mão na boca e chorou emocionada. Callie também estava chorando, e o Christopher parecia um bobão sem conseguir nem piscar.
O bebê estava sorrindo! O primeiro sorriso, dentro da barriga da mãe.
Arizona não sabia se ria ou chorava. Trocou olhares para Callie que apertou a mão da loira em resposta.
— Oh, ainda está dando língua... — A médica falou e os três riram.
Essa era uma das melhores surpresas que poderia ter na vida. A médica mexeu em um ponto da barriga de Arizona o que ocasionou algumas caretinhas do bebê. Arrancando mais risos.
— Esse menino será muito marretinho mesmo. — A médica informou.
— É um menino? — Arizona perguntou surpresa.
— Sim. Um menino. — A medica respondeu.
— Yes! — Christopher gritou emocionado. — Eu sabia que meu filho seria um menino, um Verdadeiro Gavigan! Meu garotão. Olha só que lindo, puxou o pai. — Se gabou orgulhoso.
Callie e Arizona reviraram os olhos, mas sorriram depois.
— Um irmãozinho para Sofia. Ela vai amá-lo muito. — Callie disse e deu um selinho em Arizona. — Iremos amá-lo muito.
— Sim... — Arizona sorriu para ela e voltou a olhar para o monitor.
A médica disse que o bebê estava ótimo. Como estava com oito meses já tinha se posicionado para o parto. Se continuasse assim, nasceria firme e saudável. Ela entregou as fotos da ultrassonografia para Arizona.
Depois de limpar a barriga, abaixar a blusa e sair de cima da maca com auxílio. Arizona deu uma foto para o Christopher, que ficou mais bobo que nunca.
— Eu vou ensiná-lo a jogar bola. Será um ótimo jogador de futebol. — O Christopher dizia. — Também vou ensinar como paquerar as meninas. Será um pegador como o pai. Um Gavigan! — Dizia com muito orgulho.
Arizona e Callie andavam com os braços dados.
— Um pegador ou um bailarino. — Callie provocou, escondendo o sorriso.
Christopher não entendeu. A olhou meio confuso.
— Bailarino? Como assim?
— Você sabe que o gene de Arizona é bem gay né? — Callie falou prendendo o riso.
Arizona ria com a fisionomia do Christopher que tinha mudado completamente. Ele parecia que não tinha percebido nesse pequeno detalhe, fez uma cara de desolado, Arizona e Callie não se aguentaram e caíram na gargalhada.
Christopher deu de ombros.
— Não me importo. Se for um bailarino, vai ser muito bonitão e pegador também. — Christopher disse por fim. — Vou amá-lo de todas as formas e jeitos.
Isso a Arizona e Callie acharam bem bonitinho.
— Bem. Vamos buscar a Sofia e ir para San Francisco. Quero aproveitar o final de semana naquele paraíso! — Callie falou.
Concordaram. A Sofia estava com o Steve, mas não iria com ele, e sim com as mães. O Christopher também ia, por que bem... Não dava para se livrar do Christopher.
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