um gênio impactante

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Jamais esquecerei aquele domingo. O calendario marcava 24 de maio de 1863. Guardo bem a data poerque nesse dia que teve inicio a maior aventura da minha vida. Eu estava em casa,sossegado, quando meu tio chegou, muinto antes do horario de costume. E bom deixar claro que meu tio não e muinto comun, mas o célebre professor otto lidenblock, um dos maiores mineralogistas do munto. Para uma pessoa metodica como ele, chegar fora de hora era sinal de que algo exttaordinario avia acontecido ou estava pra acontecer.
Mas oque poderia ser? Morávamos no numero 19 da rua köning, uma das mais antigas de hamburgo, e nada de espantoso ocorria por ali, principalmente num domingo. Os domingos da rua köning deviam ser os mais aborrecidos de toda a alemanha. A chegada inesperada de meu tio quebrou a monotonia e nos encheu de inquietações.
Marthe, a empregada, ficou de cabelo em pé porque o almoço não estava pronto e ela sabia muinto bem que meu impaciente tio era dado escândalos quando estava com fome e não havia comida a mesa.

-por que sera que o professor esta voltando mais cedo senhor axel?- perguntou ela, dobrando a barra do avental com as mão nervosas-não tenho a menos ideia, marthe. Quem sabe ele mesmo nos explique...

-eu vou para a cozinha! não quero ouvir explicação nenhuma. O senhor se entenda com ele.

Vacilei por alguns segundos. A curiosidade me prendia ali, mas quem sabe o motivo daquele regresso repentino não fosse uma de suas súbitas mudançasas de humor? meu tio do contentamento à irritação com facilidade. E, quando se irritava, tornava-se insuportavel. Mais prudente era me refugiar em meu quartinho no sótão e pra la me dirigi.

Tarde demais! Mal pisei o primeiro degrau da escada e meu tio entrou como um foguete pela porta da sala de jantar. Correu para seu gabinete. Pelo caminho, jogou pra longe a bengala e o chapéu. parecia movido por uma agitação incontrolável. Assim que me viu, e sem interromper sua esbaforida carreira, ordenou-siga-me axel!- nem tive tempo de me mexer e ele ja estava berrando na maior impaciência.

-ainda não esta aqui?-corri como uma bala em direção ao seu gabinete. embora possa parecer o contrario,otto lidenbrock não era má pessoa. tais arroubos sempre fizeram parte de sua natureza excêntrica, e quanto a isso aposto que jamais mudará.

Ele tbm dava chiliques homericos no johanneum(uma das escolas mais antigas de hamburgo), onde era professor de mineralogia. não que ele estivesse muinto preocupado com os alunos. Pouco se importava se eles faltavam as aulas ou se não prestavam no que dizia ou mesmo se não aprendiam absolutamente nada do que ensinava. meu tio e aquele tipo de sabio egoista que se contenta com os próprios conhecimentos. azar de qem n sabia aproveitar sua sabedoria.

O motivo de seus ataques era a dificuldade que tinha de pronunciar certas palavras quando falava em publico. abri a boca, mas parecia que elas ficavam entaladas na garganta. engasgava, gaguejava, bufava e nada. para piorar, existem na minetalogia palavras e expressões complicadas, como cristalizações romboedricas ou titanato de zicônio, que fazem qualquer pessoa enrolar a lingua e que eram um suplício para meu tio. irritado e exausto, em vez da palavra reprimida, acabava pronunciando um sonoro e pouco cientifico impropério.

Todos na cidade conheciam esse embaraço do meu tio e riam dele. alguns alunos assistiam a aula so pra se divertir com os engasgos, seguidos de explosões de fúria.

Nada disso diminuia a adimiração que eu tinha por ele. sempre o considerei um grande sabio e não era só eu qe pensava assim. cientistas do mundo inteiro vinham visita-lo em busca de suas opiniões e de seus conhecimentos. e verdade que as vezes, quebrava algumas amostras de minerio quando as examinava com sua impetuosidade de gênio, mas era invencível no uso do martelo, do buril de aço, da agulha magnetica, do macarico e dos frascos de acido nítrico. era capaz de classificar um mineral entre as 600 espécies conhecidas apenas com um bater de olhosou então pelo tato, pelo ponto de fusão, pelo som, pelo cheiro e até pelo sabor.

Era autor de um importante livro sobre cristais e curados de uma coleção de minérios do embaixador da Rússia na Alemanha, muito conhecida em toda a europa por seu inestimavel valor. por isso tudo, o nome "lindenbrock" era respeitado por associações científicas internacionais e sempre citado em revistas especializadas.

Pois era exatamente esse mosntro sagrado da ciencia que, naquele momento, com tanta aflição. imagine um tipo alto, magro e com uma saúde de ferro. seus cabelos louros disfarçavam bem os fios brancos, oq dava a parencia de quarentão quando na verdade tinha chegado aos 50. seus olhos sagazes não perdiam nada e estavam sempre se movimentando de lá pra ca por tras das grossas lentes do óculos. Seu nariz comprido e fino parecia uma lâmina afiada. os mexeriqueiros, com inveja de seu sucesso, espalhavam que o naris dele tinha imã e atraia çimalhas de ferro, mas esta claro que isso sempre foi uma calúnia.

Se eu acrescentar que cada um dos passos de meu tio madia matematicamente um metro, nem um milimetro a mais ou a menos, e que, ao caminhar, mantia sempre os punhos fechados-sinal de um temperamento impetuoso, terei dito o suficiente para ninguém faça muinta questão de sua companhia.

Para um professor alemã, ate que meu tio podia ser considerado rico. morava em casa própria e nunca lhe falto nada na mesa. se bem que o sobrado, apesar de um aconchegante, era um pouco inclinado para um lado e seu telhado parecia que ia desabar a qualqier momento. a construção não inspirava lá muinta confiança. por sorte, uma velha árvore do jardim, de tronco bem grosso e forte, dava sustentação à casa e impedia que ela se desmanchasse como um castelo de cartas.

com ele moravam sua encantadora afilhada graüben, de 17 anos, marthe e eu, tornei-me assistente de meu tio graças a minha dlupa condição de orfão e sobrinho. mas não e que acabei gostando daquilo? eu sentia como se o sangue de mineralogista corresse em minhas veias, e quem podia negar isso? afinal, eu era o sobrinho do grande otto lidenbrock e, por razões geneticas ou não, a verdade e que jamais me aborreci por passar a maior parte do tempo na companhia de preciosos pedregulhos.

Apesar do temperamento explosivo, da impaciencia e do jeito de cientista maluco, sabia que meu tio gostava de mim. eu era feliz naquela casinha da rua köning.

Exatamente por conhecer seu gênio intempestivo, de quem não sabe esperar por nada.tinha mania de puxar as folhas das plantas do jardimpra apressar seu crescimento!. corri para atender seu chamado.entrei ofegante em seu gabinete.

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⏰ Última atualização: Dec 28, 2021 ⏰

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