Terça de Tarde

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Encaro Filipe que bufa de raiva. Estamos no hospital, particular, pra ver o nosso baby.

Ele está bravo porque todas as mulheres que estão aqui, tão secando ele. Meu neném é tímido.

── Calma, amor. ── falo mansa e ele bufa.

── Tô enxergando a aliança daquela mocreia daqui, e ela tá mordendo os beiço me encarando. ── chega tá vermelho de raiva ── Pô mano, essas mina é chata pra um caralho.

── Não julgo porque eu te secaria tambem. ── pisco e ele me olha.

── Tá doidona é? ── gargalho.

Isa caminha até nós dois com copinhos de plástico nas mãos. A mesma me entrega um com água e agradeço.

── Obrigado, pretinha. ── ela me mostra um sorriso gigante e beija minha testa.

── Cadê minha água, pretinha? ── Filipe pergunta enjuriado e deita a cabeça na minha perna.

── Aqui, paipai. ── entrega outro copo.

── Valeu pô. ── eles faz um toque deles e Isa se senta na cadeira ao meu lado.

── Tá demorando, muitcho. ── faz um biquinho.

── Relaxa, amor. ── a puxo pra deitar a cabeça em meu peito.

── Maria Mariana Cavaleiro da Silva.
── a médica chama.

── O nome feio da porra. ── Filipe resmunga e tive que rir me levantando.

Nem sei se a Isa podia entrar, mas tá aqui, toda ansiosa ao lado de Filipe que tá mordendo a unha.

── Qual foi a última vez que tiveram relações sexuais? ── meu rosto esquenta.

Abro a boca pra responder mas Filipe me atrapalha.

── Ontem. ── diz convicto.

Solto uma risada baixa e toco na minha barriga plana, já que estou deitada na maca.

── Tudo bem... ── ela murnura ── Podem se sentar ali. ── aponta para as duas cadeiras e os dois logo estão sentados ── Quando descobriu que estava grávida, dona Maria?

── Anteontem. ── ela concorda com a cabeça anotando algumas coisas.

Depois de fazer diversas perguntas, ela passou o gel na minha barriga e eu sentir um arrepio. Coisa gelada.

── Estou vendo. ── diz olhando para a tela.

Olho na mesma direção vendo o pequeno caroço. Solto um soluço sem ao menos perceber. Sinto minha mão ser apertada e vejo Filipe olhando pra tela fixamente.

── Cadê? ── pergunta o moreno.

── Aqui, vejamos um pequeno limãozinho.

── Aí meu Deus! ── choro descontroladamente.

── Meu irmão! ── Isa grita animada apontando.

── Pô, mano. Eu ainda não enxerguei. ── Filipe diz bravo e só sei rir e chorar.

── Para ouvirem o coração do bebê é a partir das seis semanas. ── anoto tudo mentalmente ── Você está de três semanas, parabéns!

── É muito pequeno. ── Filipe diz ainda desacreditado.

── É o nosso bebê, amor.

── Você gosta de me avisar tudo de última hora. ── acerto um travesseiro no rosto da criatura.

── É o México, preta! Era pra tu tá feliz! ── acerto outro travesseiro.

── Era pra ter me avisado semanas antes! Eu preciso comprar biquínis, roupas, cabelos e...

── Pra que cabelo se nois vai pra praia? ── se senta na cama.

Só de bermuda com o peitoral exposto. Perdição.

── A gente vai levar a Isa? ── pergunto mais calma e me sento ao seu lado.

── Eu só penso em nois transando na areia pros peixes ver. ── beija minha boca e faço cara de nojo ── É sério, preta. Transar e transar.

── Rum. ── bufo e ele rir.

Sua mão passa na minha coxa já subindo pelo vestido soltinho que estou usando.

── Preciso de roupas novas. ── falo e fecho os olhos quando sinto seus lábios em meu pescoço.

── Tua barriga ainda não cresceu, preta.

── Mas vai crescer. ── o mesmo deixa um chupão em meu pescoço e gemi em resposta.

28.12