Vivendo com você, Livro dois

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Novembro estava chegando, e com ele a minha ansiedade aumentava. Finalmente o meu projeto estava pronto o suficiente para que eu mostrasse a Will, e é claro, eu estava super nervosa. Eu não fazia ideia do que meu marido, super crítico quando quer, iria dizer e isso fazia meu estômago revirar.

Apesar de estar nervosa eu estava super feliz. Isso é algo que eu sempre quis fazer e agora finalmente consegui, era a realização de um sonho, eu só precisava colocá-lo em prática agora. Maria e os outros funcionários da loja haviam adorado a minha ideia e já estavam pirando para ver tudo pronto. Eles me ajudaram com algumas opiniões, mas a maioria eu que fiz, e isso me deu um certo orgulho, agora só faltava a parte mais difícil.

Depois do jantar, fui para o meu “escritório” arrumar tudo, enquanto Will colocava as crianças para dormir, o que não era difícil já que os dois estavam exaustos. Tom e Claire viram para cá e os quatro brincaram até cansarem, iriam dormir rapidinho.

Como eu previa, não demorou muito tempo até que Will aparecesse na porta.

_Eu estava procurando você – ele diz.

_Estou aqui.

_Eles dormiram bem rápido, não vão acordar até amanhã – ele sorri satisfeito – o que está fazendo.

Me levanto e me posiciono no meu lugar, respirando fundo para me controlar.

_Quero mostrar a você uma coisa, e quero que seja sincero.

_Você sabe que eu sempre sou – ele diz entrando mais no quarto – até quando não quero. O que é?

Bem isso era verdade. Will não conseguia controlar sua boca afiada nem quando queria, apesar de ele nunca querer muito esconder sua opinião.

_Isso é algo que eu estou planejando a algum tempo, e não te contei por que queria que estivesse pronto primeiro.

_Agora está me assustando Clark, o que é?

Decido parar de enrolar e respiro fundo, virando as partituras para ele e mostrando meus desenhos. Eu havia desenhado uma coleção inteira de roupas, de diversos formas e cores, todas criações minhas. Eu desenhava Roupas quando era adolescente, mas nunca havia feito isso profissionalmente, ainda por cima para a minha própria loja.

Will estava quieto e isso me deixou nervosa. Ele se aproximou e olhou os desenhos um a um, com um rosto inexpressivo, o que me deixou mais aflita.

_Will, diga alguma coisa pelo amor de Deus.

_Você que fez todos eles?

Solto o ar que estava prendendo. Não era uma opinião, mas pelo menos ele disse alguma coisa.

_Sim. Alguns sozinha, outros os meninos da loja me ajudaram. O que acha?

Ele ainda ficou alguns minutos calado, apenas observando. Eu já estava prestes a explodir quando finalmente ele abriu a boca e começou a falar.

_Sabe o que eu vejo aqui Clark? – ele pergunta. Apenas nego com a cabeça – Potencial.

_Você já me disse isso uma vez.

_Sim – ele sorriu – e digo de novo, isso está muito bom, são ótimos desenhos.

Todo o meu corpo relaxou e eu sorri.

_Você acha mesmo? Não está muito... Eu?

A maioria das peças eu havia desenhado inspirado em coisas que vi, como o por do sol em Seattle, ou uma paisagem chuvosa, coisas desse tipo, e a maioria eram roupas no meu estilo. Eu amava o meu jeito de vestir, mas não era todo mundo que gostava dos mesmos tipos de roupas que eu.