O amor... a coisa que faz qualquer um querer mudar. Ele invade o sistema nervoso com essas substâncias químicas e impregna a mente, apaga a visão e deixa a boca seca. O amor não muda tudo, o amor muda a pessoa atingida e a pessoa muda tudo. — Fint.
Dois dias passaram. Dave já conseguia andar e Zac já ficava de pé também. Todos os itens já haviam sido recolhidos por Sabrina e Jasper. Owen ajudou Alessandra a cuidar dos dois feridos e isso fez toda diferença.
Eles iniciaram a caminhada logo após o café, a jornada para chegar em Nova Iorque e entrar no complexo da zona azul. Não estava sendo uma caminhada rápida porque as costas de Zac ainda não estava cicatrizada, Jasper estava ajudando ele a caminhar e se manter firme de pé.
Owen naquela manhã se lembrou da mãe e sentiu um pouco de culpa. No fim das contas ela estava longe demais para ter salvo a mulher que mais a amou no mundo. Ela se perguntava se a mãe de Zac ainda estava viva, talvez as duas estivessem juntas.— você está bem? — Dave perguntou.
— estou. — Owen respondeu.
— por que não parece sincera?
— eu lembrei da minha mãe. — Owen admitiu — não posso deixar de cogitar que ela está morta há muito tempo. — Owen olhou para Zac sendo carregado por Jas a uns passos a frente — a minha sogra também era muito importante para mim, ela era tão boa... queria saber se elas estão bem.
— é uma pena eu não poder te dar uma carona até São Paulo. — Dave falou.
— seria ótimo voltar e abraçar ela. — Owen disse — eu sinto que não demonstrei o meu amor o suficiente.
— a esperança só morre quando não houver mais um amanhecer. — Dave falou e sorriu — você vai ver a sua mãe de novo.
Jasper parou de andar e o resto do grupo parou também. Ele olhava alguma coisa na rodovia. Owen se aproximou e olhou para onde Jasper olhava, era um carrinho de mão que tinha caído de uma picape.
— segure ele. — Jasper pediu a Owen.
Owen passou a mão pela cintura de Zac e tentou sustentar metade do peso dele.
— você sempre diz que devemos evitar a rodovia. — Owen falou.
— aquilo será útil para carregar seu namorado e o Dave quando ele se cansar. — Jas falou — se afastem para terem chance de correr caso um helicóptero da Helix se aproxime.
Os jovens se afastaram e Jasper correu até a rodovia vigiando o céu o tempo todo. Ele pegou o carrinho de mão e arrastou de volta para as árvores.
— acho que tem um mork no carro, eu escutei os barulhos estranhos que saem da garganta deles. — Jas falou — eu conheço essa rodovia, já passei por aqui várias vezes para visitar minha sogra. Logo a frente tem um posto de gasolina e uma lojinha, lá deve ter água.
— então vamos nos apressar, Nova Iorque não está mais tão longe. — Dave falou.
Owen ajudou Zac a se sentar no carrinho de mão, Jasper seria o primeiro a empurrá-lo e depois revezaria entre Sabrina e Owen.
Era a vez de Alex vigiar Dave. Ele tentava ao máximo fingir que estava bem, mas todos sabiam a verdade.
Depois de uma caminhada o posto que Jasper comentou surgiu no campo de visão deles. Não era uma imagem nada bonita, carros tombados e barris azuis espalhados por todo o espaço da frente do estabelecimento. Tinha outra coisa preocupante, morks por toda a área.— vamos limpar a área. — Sabrina falou.
Ela e Owen saíram do meio das árvores e correram para o outro lado da rodovia. Owen estava com a espada de Dave, ela tinha mais habilidade que ele para usar a ninjato. Sabrina estava com o facão de Zac, elas deviam evitar armas de fogo a todo custo.
Os morks quando viram as garotas partiram para atacar a carne fresca delas, as duas atacaram os mortos sempre na cabeça e depois de um esforço considerável, mataram todos os morks do posto.
Owen empurrou a porta de vidro da lojinha e um sino soou pelo lugar, Sabrina seguiu ela inspecionando cada canto escuro.
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Casa de Vidro
Science FictionOwen sonhava com a faculdade, nem a pandemia tinha impedido ela. Mas a liquidação não era um lockdown, era algo mais assustador com poder e assassinato envolvido.