•Capítulo 11•

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Eles andaram pelo deserto, já não suportando o calor e sem uma gota de água. Estavam cansados, e por isso fizeram uma pausa. Todos dormiam, Thomas se remexeu e ao abrir os olhos, notou algo. Eram como luzes, se movendo, na direção deles, mesmo que ainda estivessem distantes.

— Levantem-se! — Thomas disse acordando os amigos. — Levantem! Caçarola! Aris! Estou vendo uma coisa.

— O que foi? — Newt levantou-se com os outros ainda desnorteado.

— Está vendo aquilo? — Thomas perguntou apontando na direção. — Luzes.

— Estão vindo. — Newt percebeu o que o amigo queria dizer.

Do lado contrário das luzes, se aproximava uma tempestade, raios e mais raios eram projetados do céu. Estava escuro e os raios se aproximavam, todos começaram a correr na direção das luzes.

— Vamos! Precisamos ir, venham.

Cada vez os raios caíam mais perto dos jovens, Thomas continuava gritando para não pararem de correr, eles atravessaram alguns carros parados, e chegaram ao prédio, Hayley abriu a porta depressa quando escutou um som estrondoso e ao olhar para trás, viu Minho ser atingido por um raio, Thomas havia sido jogado um pouco distante do amigo e, a considerar pela proximidade do raio, seus ouvidos estavam sensíveis. Mas ainda assim, Thomas se levantou indo até o asiático que estava no chão. Saía fumaça do peito do jovem, Aris e Newt correram para ajudar Thomas com o amigo ainda desacordado. Rapidamente o apoiaram sobre seus ombros e começaram a ir depressa até a porta, Hayley entrou às pressas, Caçarola segurou a porta pelo lado de fora enquanto Teresa e os demais passaram por ela. Hayley acendeu a lanterna, Thomas pegou nas vestes do garoto e começou a chacoalhá-lo.

— Minho! — Thomas balançava o amigo insistentemente.

— Qual é, vamos! — Newt pediu baixo.

— Minho! Minho! — Thomas o chamou mais uma vez segurando o rosto do jovem, todos estavam apreensivos. Até que o asiático gemeu, acordando aos poucos.

— Levanta, você está bem? — Thomas questionou o amigo, preocupado.

— O que aconteceu? — perguntou Minho ainda desnorteado.

— Você foi atingido por um raio. — Thomas contou, e eles começaram a rir. O garoto estava inteiro, embora confuso. — Vamos levantá-lo.

— Pessoal... — Hayley chamou os amigos enquanto olhava ossos pelo chão, sendo iluminados por sua lanterna.

— Que cheiro é este? — Teresa perguntou.

— Teresa, cuidado. — Hayley se aproximou vendo o Crank avançar e o afastou com o taco.

Todos gritaram desesperados com o ataque da criatura, Hayley iluminou mais ao chão vendo que a criatura estava presa por correntes. Mas estavam rodeados de Cranks, não era somente um, eram vários. Todos presos sobre as correntes. O grupo se juntou em um círculo pequeno, até ouvirem uma voz feminina.

— Vejo que conheceram os nossos cães de guarda. — disse a garota sendo iluminada por luzes e caminhando até o grupo de Thomas.

— Quem é? — perguntou Caçarola, curioso. Tentava ver entre as luzes da lanterna o rosto da menina de cabelos curtos.

— Vocês estão detonados. — disse ela após ficar frente a frente com o grupo.

— Venham, sigam-me. A não ser que queiram ficar aqui com eles.

Eles a seguiam desconfiados, para onde estavam indo? E quem era aquela garota? Hayley se aproximou do irmão e sussurrou para o mesmo.

— Hey, Thomas. Não acho que devíamos estar aqui, tem algo errado com este lugar. — Hayley dizia baixo e o irmão a encarou.

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