Arte

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Oi, esse capítulo é mais curtinho do que eu costumo escrever, só tem 6k e eu achei desnecessário escrever mais coisa então...

• Na mídia existem desenhos que eu cito aqui e outros que não citei, é mais pra vocês entenderem que o Lucien desenha de várias formas e jeitos diferentes, uns mais realistas e outros não.

• Capítulo não revisado!

Boa leitura!

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Pela Mãe, eu sentia como se minha mão fosse cair a qualquer momento. Já era o terceiro desenho que eu estava esboçando sem dar sequer uma pausa para descansar minha destra. A verdade era que eu estava muito ansioso para colocá-los no papel pois havia ganhado inspiração e estava receoso de perdê-la antes de concluir no mínimo um esboço.

Acabou que a inspiração foi tanta que já estava esboçando meu terceiro desenho, tudo o que sobrara do pobre do lápis era apenas um cotoquinho.

Minha nuca doía e minha coluna reclamava por eu estar de cabeça abaixada há muito tempo e ainda por cima em uma péssima postura.

O sol já estava se pondo no horizonte e eu tinha me sentado ali no jardim para desenhar na hora do almoço, inclusive tinha uma tigela e um copo em cima da mesa ao meu lado junto de umas balinhas de caramelo porque eu sentia que pensava melhor se estivesse mascando algo e mantendo a boca ocupada.

Suspirei e relaxei contra o encosto da cadeira, admirando o último desenho em que estava trabalhando em meu pequeno caderno de couro. Estava feliz por ter conseguido voltar a fazer o que eu mais gostava, me sentia inútil e um pedaço de estrume se não estivesse fazendo algo que gostava, e eu não só gostava de desenhar como tinha por paixão desde meus quatorze anos.

Passei um tempo sem produzir nada. Certo, artistas nem sempre estão inspirados e blá, blá, blá. Acontece que eu não sentia vontade de desenhar e pintar desde que fugi com Feyre da Corte Primaveril, não sabia bem o porquê, talvez os acontecimentos que sucederam-se após aquilo tenham me desanimado e ao invés de enxergar o mundo com olhos de artista eu acabava o enxergando como alguém vazio e ao mesmo tempo em que era alguém cheio, mas de frustrações.

Minha inspiração voltara havia algum tempo, e bem... Tinha nome, asas, e olhos sérios, porém lindos. Eu podia dizer que ele era minha musa, ainda que não estivesse ciente disso. No início, quando senti aquela repentina vontade de registrar seu perfil, em um daqueles jantares que Feyre organizava, não acreditei que realmente estivesse com vontade de desenhá-lo, todavia a primeira coisa que fiz quando cheguei em casa tarde da noite foi correr para meu quarto e saltar em frente a última gaveta da cômoda, atrás de meu caderno já esquecido há mais de anos.

Arranjei um lápis e fui rabiscando tudo muito rapidamente, com medo de que aquela pequena fagulha de repentino interesse se dissipasse tão rápido quanto surgira. No fim, passei a noite acordado fazendo vários rabiscos, alguns dele, outros de paisagens e mais alguns de um sol. Se eu tinha outra fascinação, além dele, essa fascinação era o sol, eu o amava e desenhava-o desde que me entendia por gente, sempre tive essa conexão de desenhar coisas que eu achava bonitas ou no mínimo interessantes, as vezes era apenas vontade de registrar algo que ficara guardado apenas em minha mente, como memórias por exemplo.

Terminei de detalhar as tatuagens dos ombros do illyriano e então o desenho estava pronto, o olhei atentamente, procurando qualquer errinho eu eu pudesse ter cometido para então apagá-lo e refazer, ainda não conseguia desenhar as asas dele, ainda estava aprendendo a desenhar a ossada e estrutura sem que ficasse desproporcional. Decidi que aquele desenho dele seria o primeiro que eu levaria até a tela, mas não naquele dia, minhas costas já estavam pedindo arrego.

Corte de Artes e Paixões •LURIELOnde histórias criam vida. Descubra agora