Quando tudo começou. -sariette

Cap 1- Acelera.

oi, gente! como vocês estão?
vou começar essa nova fic se vocês gostarem, deem o feedback de vocês, se devo ou não continuar a história e se vocês gostaram. se tiver algum erro me perdoem, eu não revisei o cap.
espero que gostemmmmmm💞
e feliz ano novo!🤍 boa leitura.
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Pov Juliette.

Que noite! Eu juro, que noite incrível! Eu poderia ter bebido mais, mas como eu vou embora sozinha, preferi não abusar.
Agora, infelizmente a noite já acabou e são 3 da manhã... confesso que tô morrendo de medo de ir embora sozinha, mas não tem jeito, nenhum uber vai aceitar nesse horário e e nessa rua perigosa.

Sinto algo estranho enquanto tô caminhando, não sei, um sentimento de perseguição, olho para trás e não vejo nada, então, continuo o meu caminho, deve ser coisa da minha cabeça.
Viro em uma rua e agora falta um pouco menos pra chegar na minha casa, ainda seria melhor ir de carro, mas Deus não dá asa a cobra e se der, ele tira o veneno...

Agora serio, eu realmente tô sentindo algo me seguindo e quando olho para trás, só queria que fosse um cachorrinho indefeso, mas era um bruta monte de 2 metros e a primeira coisa que eu consigo fazer é correr.

- Meu Deus, eu não posso morrer agora, eu não posso. -falo baixo enquanto corro. -Me dá uma luz, por favor, uma luz!

Quando chego no final da rua, vejo um carro, um Jeep Compass da cor preta e dentro dele, meu Deus, dentro dele...
tinha uma loira, mas não era uma loira, era A loira.

-Juliette sua tonta, para de ficar babando a mulher, você precisa pensar em algo pra se livrar desse idiota que tá cada vez mais perto. -digo para mim mesma enquanto olho para trás vendo que o bruta monte está cada vez mais perto de mim.

Eu só acho que esse cara não correu porque na cabeça dele eu não ia ter uma ideia pra fugir ou que eu não ia achar uma solução. Mas ele não me conhece mesmo!
Corro até o carro que está parado no final da rua e por sorte a porta estava aberta.
Eu to completamente suada e afobada, nunca corri tanto!

- Quem é você????? -a loira bonita e muito gostosa por sinal, me pergunta e a única coisa que eu consigo dizer para ela é:

- Acelera.

Pov Sarah.

Que dia mais estressante, aquela empresa ainda vai me deixar louca!
Maldita hora que eu resolvi abrir filiais, parece que ninguém é competente o suficiente! isso me irrita!
Pra piorar, a loira que eu havia contratado para passar a noite comigo, desmarcou sem mais nem menos, bom, pelo menos ela me indicou uma amiga ruivinha, bem bonita. Mas ainda estava puta, quem ela pensa que é pra desmarcar assim? Negócios são negócios!

Eu nunca senti a verdadeira magia do amor e tenho medo dela. Só pelo o que vejo as pessoas passando já tenho a convicta certeza de que não quero um amor, um casamento, seja lá o que for. Isso definitivamente não é pra mim. E também não acho que tenha alguém nesse mundo esperando por mim, porque eu não estou esperando por ninguém. (ou estou?)

Enfim, agora eu tô aqui, parada no meio de uma rua deserta, às 3 da manhã, tentando entrar em contato com essa ruiva pra saber se já posso ir buscar ela. Geralmente a boate em que elas trabalham fecha esse horário e falando nisso, já era pra ela ter me respondido!

- Que inferno! Esse dia não pode ficar pior, não mesmo! -dito isso eu vejo a porta do meu carro sendo aberta e o banco do passageiro sendo tomado por uma morena linda, dos cabelos grandes e dos olhos castanhos.

- Quem é você????  - eu pergunto assustada.

E a única coisa que a maldita me diz é:

-Acelera.

- Perai, como assim?? acelerar para onde? quem é você? o que tá fazendo no meu carro? eu nunca vi você na vida! - Que pena, se tivesse visto antes... Que merda, Sarah! se concentra, vai que ela é uma assassina, uma bandida, se concentra.

- Moça por favor, eu vou responder todas as suas perguntas, só acelera esse carro, por favor, eu to sendo seguida por um bruta monte de 2 metros de altura, me ajuda.

Nessa hora eu quis rir, mas não por ela estar sendo seguida e sim pelo "bruta monte de 2 metros de altura".
Eu olhei pro retrovisor e vi literalmente um homem enorme vindo na direção do meu carro e eu resolvi fazer o que ela me pediu, acelerei o carro, meio que sem rumo, até que ela começou a me guiar para onde eu deveria ir.

- Você pode entrar nessa rua moça, por favor. -ela disse com a voz mais tranquila dessa vez. - Me desculpa ter entrado no seu carro assim, foi a primeira coisa que eu pensei em fazer, me desculpa de verdade eu não queria incom...

- Tá tudo bem, que bom que era eu dentro daquele carro, imagina se fosse outro tarado? não pode andar sozinha na rua essa hora, ainda mais naquela rua deserta. -eu disse com calma.

- Eu sei, eu não vou mais fazer isso, literalmente, depois de hoje, nunca mais! -ela disse e eu ri.

- Pra onde eu vou agora? -eu perguntei.

- Pode ir até o final dessa rua, o meu apartamento é o último dela. -ela disse e assim eu o fiz, segui até o final da rua e parei na frente do apartamento dela, não era difícil saber qual era, ele era realmente o último apartamento dali.

Um silêncio ensurdecedor se instalou no carro, até que ela resolveu falar:

- Obrigada, de verdade, eu não sei o que seria de mim se não fosse você. Eu poderia estar morta agora, muito obrigada, de verdade.

- Não tem do que agradecer, não fiz mais do que deveria, tome mais cuidado agora. -eu disse e um sorriso se formou nos lábios dela.

- Pode deixar. - ela ia sair do carro, mas voltou. - Qual é o seu nome, minha heroína?

"Minha heroína" aquilo mexeu comigo de uma forma que nem eu fui capaz de explicar, eu nunca senti isso antes, que coisa estranha, mas eu até que gostei, não me importaria de sentir isso sempre.

- Gostei de minha heroína e eu me chamo Sarah, e você?

- Você é a minha heroína! e o seu nome é lindo, Sarah. Eu me cha...

Pov Juliette.

Quando eu ia abrir minha boca pra dizer meu nome, o celular dela toca.

- Com licença. -ela pede.

Antes dela pegar o celular eu consigo ver a foto de uma mulher ruiva e suponho que seja sua namorada, pela forma íntima que ela atendeu a ligação.
Percebo que já é o meu momento de sair do carro e ir para minha casa. Não vou ficar ali escutando toda aquela melação "oi gata" "só estava esperando você me ligar para ir até voce" e blebleble.
Juliette o que é isso???? Você está com ciúmes de uma desconhecida???
Tá, mas agora ela nem é tão desconhecida assim, ela salvou a minha vida e eu sei o nome dela.
Mas ela tecnicamente continua sendo uma "desconhecida".

Foi tão insignificante minha saída do carro, que quando eu cheguei na portaria e olhei para trás, ela estava na mesma posição conversando com aquela ruiva estranha, a ruiva era feia cara, não vou mentir!
Ou será que eu só tô dizendo que ela é feia por ciúmes? Não, ela é feia mesmo.

Antes de virar para entrar de vez, eu sussurro:

- Adeus, minha heroína.