O Lago Estrelado(Beta)

Prólogo

    Eu na verdade apenas uma criança; nascido de uma família bem feliz e agradável. Havia apenas algumas pessoas em nossa família, nunca brigávamos por nada. Não havia motivo. Não havia pobreza. Não havia crimes. Sinceramente, não havia nenhum traço de tristeza, nem em relação aos vizinhos. Sim, morávamos no paraíso, sem dúvida. Mas, tão grande alegria, normalmente, não dura muito tempo.

    Era uma noite tempestuosa, mas eu não tinha tanto medo, eu gostava do barulho da chuva no telhado. Eu dormia com a minha irmã gêmea: Ryoko. Ela normalmente ficava perto de mim para se aquecer do frio, ela tinha um pouco de medo da chuva também. Eu tinha mais três irmãos: Kentaro(o mais novo), Emi(minha irmã um ano mais velha que Kentaro) e Maki(a mais velha). Eles dormiam em quartos separados. Seus pais dormiam com os mais novos, mas nessa noite Eles não estavam lá; por algum motivo haviam saído.  

    Katsuo acordou com espanto por causa de um trovão, e tenta desesperadamente achar alguém para ajuda-lo. Mas, por algum motivo Ryoko não estava lá naquele momento; mas ainda estava de noite. Onde poderia ter ido? Então Eu fui procura-la - Não que eu seja um "stalker" nem nada do tipo, eu sou apenas uma criança certo? Eu então desci até onde ficava a cozinha, pois ela deveria estar com fome ou sede, mas nada. Ela não sairia na chuva nem no escuro por ter medo de ambos. Então, comecei a procurar pela casa, mas ela não estava lá, em nenhum canto; e a chuva só aumentava - nunca havia chovido tanto daquele jeito. 

     - Katsuo, o que você ta fazendo a essa hora? - Perguntou Sua Irmã mais velha.

     - Eu estou procurando a Ryoko, o que você está fazendo também? 

     - Eu estou procurando algo para os dois, Eles acabaram acordando mas nada dos nossos pais acordarem. - Diz Maki enquanto procurava algo nos armários e irritada com o choro das crianças que dava para ouvir de longe. - Ah Será que Ela não está sonambula? Ontem ela também acordou de noite e... 

     - O que é isso?

     -Depois eu explico, mas trate de achar Ela lá fora, vai que Ela cai em um lago ou... deixa, vá logo - Diz Ela pegando uma capa de chuva para Katsuo.

     Eu então abri a porta e sai bem rapido, mas parei um pouco para pensar onde iria procurar. Nós moravamos em um vilarejo na orla de uma floresta, cada casa era bem longe da outra, apenas no centro do vilarejo haviam umas 10 casas proximas e Eu me aproximei de lá para saber se alguém tinha visto a minha irmã, mas antes de andar Eu havia percebido algo estranho. A floresta e algumas casas estavam pegando fogo, haviam várias pessoas correndo e as aves se refugiavam para outro lugar. Essa era uma sensação diferente: Eu estava com medo. Mas nunca lidei com esse sentimento e não soube o que fazer de cara, então Eu voltei o mais rápido possivel para casa para alertar a minha irmã mais velha:

    - Maki! A floresta está pegando fogo!

    - Que? Como assim... - Maki anda até a porta achando ser uma brincadeira ou algo do tipo mas ao ver Ela arrepia - Katsuo encontre a sua irmã na floresta o mais rápido possível, não venha para cá até eu achar vocês entendeu?

     Maki então amarra o cabelo e corre para o centro com uma faca na cintura. Eu só concordei e corri para a floresta apesar de estar assustado.

     Eu corri tanto naquela noite que minhas pernas simplesmente cansaram e eu cai no chão. O que era aquilo? O que estava acontecendo? Eu não entendia nada. Minha irmã não aparecia e eu comecei a não aguentar mais andar. Naquele momento, até as aves voando com medo de mim ou do fogo me davam medo, então eu levantei mesmo que cambaleando para pelo menos não ficar parado. Ela não aparecia de jeito nenhum. O fogo se aproximava, as arvores caiam ao ponto de quase cair uma em mim. Eu estava já sem forças. A fumaça estava me deixando tonto, então me escondi rapidamente em uma mini caverna próxima. Eu estava cansado, não havia água então desmaiei, talvez fosse só um sonho ruim... 

    No mesmo momento que eu desmaiei eu estava de pé. De inicio eu não entendi. Eu estava sem nenhum cansaço para falar a verdade, mas em contrapartida não sentia o meu corpo nem o cheiro da fumaça. Então desesperadamente tentei andar, mas também não senti o chão. Ao olhar para os meus pés eles não estavam lá; nem minhas mãos apareciam. Eu olhei ao meu redor na esperança de entender o que estava acontecendo e eu vi... Eu mesmo? Essa  versão de mim estava estirada no chão, mas ainda respirava, então fiquei menos aflito naquela hora. Eu não estava entendendo nada naquele momento mas já tinha uma pequena ideia lá no fundo do meu subconsciente. Assim, apareceram vários pontos de luzes que lembro já terem aparecido alguma vez na minha vida que sairam repentinamente da caverna e comecei a segui-los, pois Eu tinha esperança que Eles fossem me mostrar o paradeiro de Ryoko.

    A floresta estava pegando fogo até aquele tempo, mas o meu corpo estava seguro. Eu podia atravessar as arvores e era maravilhoso voar naquela altura. Já havia esquecido do meu medo naquele momento e tudo a minha volta. Quem poderia julgar uma criança nesse estado? Mas eu na verdade voei bastante indo atrás daquelas luzes o que estava fazendo eu pensar que eles não me levariam até a minha irmã...Porque Ela teria ido tão longe? Mas ao pensar nisso eu vi uma pessoa, era uma garota. Parecia a Ryoko, mas as cores de seu cabelo não batiam, mas eu ainda estava longe para tirar qualquer conclusão.

    Eu então parei ao seu lado e acenei para o seu rosto. Era definitivamente minha irmã, mas Ela não me ouvia. Então eu tentei decorar o lugar para voltar para o meu corpo e nesse momento Ela caiu no chão e começou a chorar. Eu havia tomado um susto e comecei a me perguntar  de novo: Porque Ela estava ali? E analisando o lugar, haviam ao menos 4 corpos espalhados por ali... de crianças... E as mãos de Ryoko estavam repletas de sangue... Eu dei um passo para trás chocado. Eu não estava acreditando que Ela havia feito aquilo então procurei o culpado... Mas não havia ninguém. De repente, Ryoko olhou para o mesmo lugar que Eu estava com uma expressão de alivio e medo ao mesmo tempo.

    - Irmão? - Diz Ryoko chorando.

    Eu tentei toca-la mas ao piscar já estava em outro lugar. No vilarejo...

    - Solte Ele! - Diz Maki.

    - Não adianta fazer nada. E você também vai junta!

    Alguém estava me segurando. Minha cara estava quase no chão. Nesse momento eu já conseguia me mover e tentei me soltar o mais rápido possível, e eu até que consegui, e me levantei o mais rapido possivel até onde estava a minha irmã, mas a pessoa me puxou pelos pés, fazendo eu bater de queixo no chão, mas dessa vez eu podia ver o que estava acontecendo, e me arrependi um pouco, pois haviam várias pessoas de mascara, o que me fez ter um horrivel medo. Mas esse não era o pior. O pior era o que estavam fazendo: Destruindo tudo. Haviam varias pessoas cheias de sangue no chão. Então mesmo que tentando me segurar eu comecei a chorar.

    Maki vendo que eu estava em um local seguro, pegou uma pedra e jogou contra a pessoa que me segurava. Mas a pedra parecia que tinha ficado mais rapido e atravessou o corpo do homem que me segurava. Então simplesmente corri cambaleando um pouco, até a minha irmã. 

    - Droga, o que é isso? Eu não sabia que lutaria contra alguém assim... - Diz o homem caindo no chão - Alguém joga uma cura para mim?

    - Idiota, você sabe que deve estar atento, pode sempre acontecer algo assim - Diz uma segunda pessoal curando o homem. Coisa que eu nunca havia visto na minha vida. - Mas isso é interessante, talvez a patroa aumente a gente por essa façanha. A criança também deve ter algo assim.

     O homem curado com raiva tenta jogar uma lança contra a minha irmã, mas a segunda pessoa segura a mão dele.

     - Você ouviu o que eu disse por acaso?

    - Calado...

    Uma pessoa de repente aparece. Não foi teleporte, mas apareceu como um ladrão á noite. Era uma mulher de cabelos vermelhos bagunçados. Suas roupas que pareciam de um certo jeito formais, também eram bagunçados. Como se soubesse que algo havia acontecido ali ela encarou nós dois no chão. Maki fica perplexa mas consegue reagir e levanta. Suas pernas estavam sangrando e seu braço esquerdo também. Mas com o braço esquerdo Ela pega um pouco de terra e joga contra a mulher, e como na outra vez em uma velocidade assustadora. Que dessa vez não é afetada, mas devia e dá um chute na barriga de Maki fazendo Ela bater contra uma arvore que quebra. Katsuo esquece como respirar e não move nenhum musculo.

    - Levem os dois, não matem Eles nem por brincadeira!

     Os dois apenas confirmam e Ela toca em mim fazendo eu desligar na mesma hora.