#eitabbs
Boa leituraMaya para no mesmo instante, estava ajudando-o, esfregando com uma esponja amarela, o braço esquerdo no mesmo. Sua curiosidade vinha, do fato, de ela sentir diversas cicatrizes no corpo do mesmo, mas, por educação, não olhava.
— Qual o problema? Nunca viu um homem nu?
Ele parecia até mesmo irônico, porém, ele ainda não tinha retirado a mão de seu rosto, e estava a encarando seriamente. Por alguns segundos, a mesma perdeu-se naqueles olhos azuis, mas logo acorda, lembrando que estava perto demais do rapaz.
— São… as cicatrizes…— Ela fala um pouco receosa.
— Eu já falei, pode olhar.
Ela imediatamente desviou seus olhos do rosto do rapaz e analisa o corpo do mesmo, ela não queria ter segundas intenções, mesmo que sentisse uma pontada de vontade daquilo, mas, preferiu focar nos machucados, que eram muitos, nas pernas, braços, até mesmo, na virilha.
— Isso tudo é obra dele? — Pergunta, voltando a terminar o banho do mesmo.
— Me pergunto porque ele ainda não arrancou meu pênis fora.
— Não se preocupe, ele não vai mais machucar você.
— Como pode ter tanta certeza?
— Eu estou aqui. — Disse, abrindo um sorriso meigo, e ligando o chuveiro gelado para retirar o sabão de seu corpo.
Nada mais foi dito, ela o ajudou a se vestir, e chamou os funcionários para ajudar a levá-lo dali, Ramon passou por eles, segurando o braço de Jeff, com certa brutalidade. Maya tenta se aproximar, mas, Ramon a cortou.
— Nem pense em falar alguma coisa. Está na hora de você ir para o dormitório, e ele, vem comigo.
— Eu quero ir com você.
— Infelizmente, é aqui que seu expediente acaba.
Maya cerrou os punhos, via Jeff lançar olhares para trás, em direção a ela, mas, ela não podia fazer nada. Foi tomar um banho, e, depois para o dormitório dos funcionários, aconchegando-se em uma das camas, e adormeceu.
Algumas horas mais tarde, ela acordou ouvindo algumas vozes, mas, não abriu seus olhos, eles pareciam estar falando de algo importante, e evitavam falar quando ela estava por perto.
— Foi o primeiro experimento que acabou mal, nunca vi tanta gente morrer de uma vez. — Falou uma voz feminina.
— Pois é, somente o demônio, e outras três pessoas sobreviveram, não sei como eles aguentam tanta coisa…
— Vamos evitar conversas perto dessa garota, eu acho que ela vai acabar virando um experimento também.
— É, vamos sair antes que ela acorde…
As pessoas se distanciaram do local, e Maya ficou perplexa, pessoas estavam morrendo de verdade ali, e ela já imaginava a quem eles se referiam quando falavam "demônio", talvez pela sua grande capacidade de resistência, sendo até chamado de algo não humano, mas, isso ainda não estava certo para ela, e ela procuraria mais respostas.
Principalmente, a hipótese de tornar-se um experimento também, "ele utiliza qualquer pessoa que lhe for interessante então?", A cabeça da moça estava enlouquecendo, com tantas questões novas. Pensou, "e se também houver pessoas inocentes aqui também?"
Isso não poderia ser descartado, já que, a mesma nunca cometeu crime algum, e seria suspeita de tornar-se um experimento. Levantou sorrateiramente, indo banhar-se. Tomou seu café, e foi levar o café de Jeff, em uma bandeja de silicone, o mesmo de sempre, sopa e água.
Os outros funcionários mantinham distância da moça, uma espécie de "bullying", mas, ela já entendia o motivo de tudo isso, e sabia muito bem que seu único objetivo ali, era cuidar de seu paciente.
Jeff estava na cama, parecia ainda estar dormindo. Um funcionário bate com algum tipo de metal na porta, fazendo o mesmo assustar-se, Maya encarou o funcionário de forma medonha, e o mesmo foi embora. Maya põe a bandeja perto do colchão, e senta-se ao lado do mesmo.
Ela percebe que ele estava um pouco fraco, e não saudável como estava ontem, e o alimenta. A mesma estava pensando numa abordagem interessante, já que ele estava diferente, tentaria arrancar o que pudesse.
— O que ele fez com você ontem?
Jeff a encarou por alguns segundos, e depois, olha para a câmera no teto. Maya entendeu exatamente o recado, nada poderia ser falado ali, não se sabia ao certo, quais seriam as consequências. Por esse motivo, preferiu ver pessoalmente durante o banho.
Eles continuaram com a terapia, chamou os funcionários para que trouxessem folhas e giz de cera. Era a melhor forma de se comunicar com ele, e descobrir as lacunas de sua mente.
— Sei que já passamos por isso, mas, ainda estamos em tratamento. — Colocou as folhas em frente ao mesmo, junto com os giz. — Mostre algo que você queria muito ter, mas, por algum motivo, não teve.
Jeffrey a encarou, como de costume, mas, começou a rabiscar algo. Maya senta-se para observar. Alguns minutos depois, ele concluiu o desenho, e começou a rabiscar outra coisa, e não permitia que Maya visse.
Maya olhou o primeiro desenho, uma mesa, com várias pessoas ao redor, uma representação de família, como ela esperava, ela gostaria de fazer algo para ajudá-lo, mas, infelizmente, não estava ao seu alcance ainda.
Tentou aproximar-se para ver o desenho que Jeff estava fazendo, mas o mesmo não deixou. Ele guardou o desenho inacabado, e sentou no colchão para receber a medicação, que não demorou muito a chegar.
A rotina era um pouco chata, mas, Maya não importava-se, planeja descobrir mais coisas enquanto boa parte dos funcionários estão dormindo ou ocupados. Ela reuniria provas o suficiente para acabar com aquele lugar, se necessário.
A hora do banho chegou, e os funcionários levaram Jeff até o banheiro como de costume, e o trancaram com Maya ali dentro. Maya não tinha expressão certa para esses momentos, sentia-se em uma situação constrangedora.
Após Jeff estar totalmente despido, pôde ver o que Ramon havia feito na noite passada, haviam hematomas por todo o corpo, e na cabeça, um furo, então imaginou que isso foi fruto de sua experiência, mas também, tortura.
— Não sei como consegue suportar tudo isso.
— Eu apenas sei que, mereço toda essa dor… — Aproxima-se da mesma com um olhar intenso. — Mas também quero fazê-los pagar, por mexer com uma alma do mais podre inferno.
Maya estava estática, ele estava a centímetros de seu rosto, rindo de maneira assustadora. Tenta dar um passo para trás e perde o equilíbrio, caindo junto com o mesmo.
O corpo de Jeff choca-se com o de Maya, mas ele tentou evitar boa parte do impacto com seus braços ao redor dela. O chuveiro gelado encharca as roupas da mesma, e passeia por seus corpos, os longos cabelos negros encostam no rosto dela, e os dois permanecem com expressões indecifráveis.
— Estou...machucando você? — Jeff pergunta, olhando nos olhos da mesma.
— Eu... — Maya não conseguia responder, era como se houvesse perdido sua fala.
— Shhh…
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The Experiment
FanfictionCONCLUÍDO Até onde um psicopata iria para conseguir aquilo que quer ? Até quando, ele torturaria as pessoas, e retiraria aquilo que lhe fosse útil, e depois jogasse fora? Como poderia agir, de tal forma, uma mente insana? FanficObsession